Partícula semelhante ao Gráviton é encontrada em material quântico

Um artigo recentemente publicado na revista Nature pode representar um avanço significativo na busca pela comprovação experimental dos grávitons, as partículas elementares teoricamente responsáveis pela transmissão da força da gravidade. O estudo, liderado pelo professor de física Lingjie Du da Universidade de Nanjing, China, focou em excitações coletivas chamadas modos grávitons quirais (CGMs), realizando testes em um material semicondutor.

Os CGMs, partículas similares aos grávitons, foram observados em uma espécie de matéria condensada conhecida como líquido de efeito Hall quântico fracionário (FQHE), composto por sistemas de elétrons bidimensionais sob condições extremas. A equipe utilizou luz circularmente polarizada para interagir com essas partículas, observando mudanças no spin dos fótons que sugerem a existência dos CGMs.

Embora não seja uma confirmação direta dos grávitons, o estudo representa um importante passo na compreensão da física de altas energias e da física da matéria condensada, podendo eventualmente contribuir para a unificação das teorias da mecânica quântica e da relatividade geral de Einstein.

Estudo revela conexão entre níveis de CO2 e pandemias do passado

Um estudo publicado na revista científica Nature Communications apresentou descobertas intrigantes sobre o nosso passado, revelando uma surpreendente ligação entre os níveis de dióxido de carbono atmosférico (CO2) e pandemias globais ocorridas ao longo da história. Cientistas analisaram núcleos de gelo coletados na Antártica, considerados como preciosos registros do passado do planeta, capazes de preservar bolhas de ar contendo amostras de gases atmosféricos de milhares ou até milhões de anos atrás.

Esses núcleos de gelo, extraídos do Law Done e do Manto de Gelo da Antártica Ocidental (WAIS), revelaram uma queda notável nos níveis de CO2 durante períodos de pandemias históricas, como a sífilis e a peste-negra. Os pesquisadores observaram que, à medida que a população humana diminuía devido a doenças, áreas anteriormente povoadas eram abandonadas, permitindo o crescimento da vegetação, que absorvia grandes quantidades de CO2 da atmosfera.

Embora algumas divergências tenham sido identificadas nos dados dos núcleos de gelo do WAIS, a análise de um terceiro núcleo confirmou a tendência de redução dos níveis de dióxido de carbono durante períodos de pandemias. Essas descobertas proporcionam uma visão fascinante das interações entre eventos históricos, o comportamento humano e os ciclos atmosféricos do nosso planeta.

Amazônia corre risco de entrar em colapso em 2050, diz artigo

Um estudo liderado por cientistas brasileiros e publicado na revista científica Nature revelou uma preocupante perspectiva para o futuro da Floresta Amazônica. De acordo com a pesquisa, se medidas urgentes não forem tomadas, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução significativa na cobertura florestal da região.

A pesquisa, que reuniu 24 cientistas de todo o mundo, sendo 14 deles brasileiros, destaca a importância de combater o desmatamento como uma medida crucial para evitar um possível colapso parcial da floresta. A cientista Marina Hirota, uma das coordenadoras do estudo e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ressalta a necessidade de restauração ecológica e governança eficiente para proteger esse ecossistema vital.

Além disso, o estudo aponta para a urgência de lidar com as mudanças climáticas, que já afetam drasticamente a região amazônica. O aumento das temperaturas, secas extremas e o desmatamento são fatores de estresse que podem levar a um colapso irreversível da floresta. Os pesquisadores estabeleceram limites críticos, como o aumento da temperatura global e o volume de chuvas abaixo de determinados valores, que, se ultrapassados, podem acelerar esse processo de colapso.

Diante desses alertas, a pesquisa destaca a necessidade de ações imediatas para preservar não apenas a floresta, mas também as comunidades que dependem dela para sua sobrevivência. A mensagem é clara: é preciso agir agora para garantir um futuro sustentável para a Amazônia e para o planeta como um todo.

*Com informações de Agência Brasil