Nova tarifa anunciada nesta terça-feira (4) começará a valer em 10 de fevereiro. Estados Unidos aplicaram taxa de 10% sobre todas as importações da China.
Na terça-feira (4), a China anunciou novas tarifas sobre produtos dos Estados Unidos, em uma resposta direta às taxações impostas por Donald Trump na última sexta-feira (31). O presidente dos EUA havia implementado tarifas sobre produtos chineses, alegando que a China não estava tomando medidas suficientes para combater o fluxo de drogas ilícitas para o país. As novas taxas de 10% sobre as importações dos EUA entraram em vigor imediatamente, intensificando a guerra comercial entre as duas maiores economias globais.
Em resposta, o Ministério das Finanças da China anunciou tarifas de 15% sobre carvão e Gás Natural Liquefeito (GNL) dos EUA, além de 10% para petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis. As novas tarifas entrarão em vigor no dia 10 de fevereiro. Além das taxas, a China iniciou também uma investigação antitruste contra a Alphabet Inc, proprietária do Google, e incluiu empresas como a PVH Corp e a Illumina em sua lista de “entidades não confiáveis”.
Enquanto isso, no início da semana, Trump suspendeu sua ameaça de tarifas de 25% sobre o México e o Canadá, após os dois países aceitarem uma pausa de 30 dias, com a condição de fortalecerem o controle de fronteiras e o combate ao crime. No entanto, não houve alívio para a China, e um porta-voz da Casa Branca informou que Trump não teria conversas com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta semana.
A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China teve início em 2018, quando Trump acusou Pequim de manipular o comércio, resultando em tarifas recíprocas que afetaram centenas de bilhões de dólares em bens. De acordo com a Oxford Economics, a situação da guerra comercial ainda está em estágios iniciais, com grandes chances de novas tarifas, o que pode impactar negativamente o crescimento econômico da China.
Trump também ameaçou aumentar ainda mais as tarifas sobre a China, caso o país não interrompesse o envio de fentanil, um opioide fatal. Apesar das tensões, a China afirmou que desafiaria as tarifas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e adotaria outras medidas, embora ainda deixasse a possibilidade de negociações abertas. O cenário de incerteza persiste, e especialistas indicam que as tarifas podem continuar a ser uma ferramenta importante na relação comercial entre os dois países, o que pode gerar volatilidade nos mercados.