Um estudo recente liderado por Agustín Camacho, da Universidade de Madri, revela as conexões vitais entre a tolerância térmica e a migração de animais em todo o mundo, em meio às preocupações crescentes sobre as mudanças climáticas. A pesquisa, que contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Biociências da USP, identificou uma variável crucial, denominada Temperatura Voluntária Máxima (Tmáx), que indica os níveis de calor suportáveis pelos animais. Essas descobertas têm implicações significativas para a compreensão do impacto das mudanças climáticas na sobrevivência das espécies.
Ao analisar dados sobre a distribuição geográfica das espécies e suas tolerâncias térmicas, os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre a Tmáx e os limites geográficos das espécies. O estudo destacou a importância da adaptação das espécies às mudanças climáticas e ressaltou a necessidade de medidas de conservação para proteger as populações vulneráveis. Os resultados foram publicados na revista Science of the Total Environment e oferecem insights valiosos para a preservação da biodiversidade em face das alterações climáticas iminentes.
*Com informações de Jornal da USP