Entenda a ‘E. coli’, bactéria responsável pelo surto no McDonald’s

O McDonald’s nos Estados Unidos está enfrentando uma investigação devido a um surto de contaminação pela bactéria Escherichia coli, ou E. coli. Esse surto resultou em uma morte e afetou 49 pessoas em dez estados, levando a um alerta sobre os riscos dessa bactéria.

A E. coli é uma bactéria comum no intestino humano e geralmente é inofensiva. Ela ajuda na digestão e protege contra germes nocivos. No entanto, algumas cepas dessa bactéria podem causar doenças graves, como diarreia e infecções urinárias, transmitidas por alimentos ou água contaminados, além do contato com animais e pessoas infectadas.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) está investigando o surto, que teve relatos concentrados em estados como Colorado e Nebraska. Embora o ingrediente específico contaminado ainda não tenha sido identificado, o McDonald’s já retirou cebolas em tiras e hambúrgueres de sua venda.

Os sintomas de uma infecção por E. coli incluem diarreia (às vezes com sangue), vômitos, cólicas estomacais e febre. Em casos mais graves, pode ocorrer a Síndrome Hemolítico-Urêmica (SHU), que pode levar à insuficiência renal.

As principais fontes de contaminação são alimentos mal preparados e água contaminada. Também é importante ter cuidado com o contato com fezes de animais e de pessoas infectadas.

Os grupos mais vulneráveis à infecção incluem crianças pequenas, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido. Este surto ressalta a necessidade de atenção à segurança alimentar e à preparação adequada dos alimentos.

Estudo liga bactérias intestinais ao desenvolvimento de Alzheimer

Pesquisadores dos Estados Unidos, utilizando o maior estudo de associação genômica da microflora intestinal humana, encontraram evidências adicionais da relação entre a composição das bactérias intestinais e a doença de Alzheimer. O estudo, publicado em março de 2023, não apenas identificou uma ligação genética entre diferentes gêneros de bactérias intestinais e o Alzheimer, mas também apontou uma conexão entre esses micróbios e um fator de risco genético para a doença neurodegenerativa.

Ao analisar 119 gêneros bacterianos com base em um estudo envolvendo milhares de participantes, os pesquisadores identificaram 20 gêneros suspeitos de desempenhar um papel no desenvolvimento da doença de Alzheimer. Uma pesquisa mais restrita produziu 10 gêneros mais certos, dos quais quatro pareciam estar relacionados a um alelo genético, conhecido como APOE, que aumenta o risco de Alzheimer.

Entre esses gêneros, destaca-se o Actinobacterium Collinsella, associado não apenas ao Alzheimer e ao alelo APOE, mas também a condições como artrite reumatóide, aterosclerose e diabetes tipo 2. Os pesquisadores suspeitam que a capacidade do Collinsella de promover a expressão de hormônios inflamatórios e tornar o intestino mais permeável possa desempenhar um papel nos danos neurológicos associados ao Alzheimer.

Essas descobertas destacam a complexa relação entre a microbiota intestinal, fatores genéticos e a função cerebral, abrindo novas perspectivas para entender e potencialmente tratar doenças neurodegenerativas.