Daniel Alves é condenado por agressão sexual em Barcelona

O ex-jogador da seleção brasileira de futebol, Daniel Alves, foi condenado a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual em Barcelona, ​​segundo sentença proferida pela juíza Isabel Delgado Pérez, da 21ª Seção da Audiência de Barcelona. A decisão foi anunciada após um julgamento que se estendeu por três dias no início de fevereiro.

A sentença impõe a Daniel Alves uma série de penas, incluindo quatro anos e seis meses de prisão efetiva, além de cinco anos de liberdade vigiada após o cumprimento da pena. Além disso, o ex-jogador deve manter uma distância mínima de um quilômetro da vítima e está proibido de entrar em contato com ela durante nove anos e seis meses.

A condenação também inclui uma desqualificação especial para o exercício de emprego, cargo público, profissão ou ofício relacionados com menores de idade durante cinco anos após o cumprimento da pena na prisão. Daniel Alves também foi ordenado a pagar uma indenização de 150 mil euros por danos morais e físicos à vítima, além de enfrentar duas multas financeiras.

Segundo a sentença, o tribunal considerou provado que o ex-jogador agrediu sexualmente a vítima, apesar de seus protestos e recusa, o que caracteriza ausência de consentimento e uso de violência.

Embora tenha sido condenado, Daniel Alves pode deixar a prisão antes do cumprimento total da pena, com base nos mecanismos da justiça espanhola. O jogador já cumpriu 13 meses em detenção preventiva e poderá solicitar a liberdade condicional após cumprir mais da metade da pena. Além disso, ele pode receber o chamado “terceiro grau” a partir do fim de abril de 2025, o que permitiria sua saída da prisão em determinados dias.

A sentença considerou como único atenuante a indenização voluntária oferecida pela família de Neymar, que ajudou a reduzir a pena de Daniel Alves. O ex-jogador está atualmente detido no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona.

Tanto a defesa quanto a acusação podem recorrer da sentença, o que ainda pode prolongar o desfecho final do caso. A advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, já afirmou que irá recorrer, enquanto os representantes da vítima estudam uma possível revisão da pena em busca de uma reparação de danos.