Ribeirão Preto intensifica combate à dengue e inicia instalação de armadilhas tecnológicas

Município inicia instalação de 800 Estações Disseminadoras de Larvicidas na zona leste

A Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, iniciou nesta semana a instalação das Estações Disseminadoras de Larvicidas, uma tecnologia desenvolvida pela Fiocruz Amazônia e distribuída pelo Ministério da Saúde. As armadilhas têm como objetivo conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Nesta primeira fase, serão instaladas 800 armadilhas em residências e comércios da zona leste da cidade, região com maior número de casos confirmados da doença: 4.731. Os bairros contemplados incluem Vila Virgínia, Parque Ribeirão, Vila Guiomar e Jardim Piratininga — todos com alto índice de infestação do vetor.

Desde o início do ano, Ribeirão Preto já confirmou 15.872 casos de dengue e registrou seis mortes em decorrência da doença. A zona oeste aparece em segundo lugar, com 3.853 casos confirmados. A nova tecnologia chega como reforço às ações de controle já em andamento.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Mauricio Godinho, a estratégia alia ciência e inovação para proteger a população. A segunda etapa da implantação está prevista para julho, com armadilhas sendo distribuídas em outros pontos críticos definidos por análises epidemiológicas.

Preço dos repelentes cai em Ribeirão Preto, mas diferenças de valor ainda são significativas

Pesquisa do Procon-SP revela variação nos preços dos repelentes e orienta consumidores sobre cuidados na compra.

O Procon-SP divulgou recentemente sua pesquisa sobre os preços dos repelentes em várias cidades, incluindo Ribeirão Preto, e constatou uma redução de 2,79% no preço desses produtos. Este levantamento é realizado nas cidades com maior incidência de casos de dengue, com o objetivo de orientar os consumidores a fazerem escolhas mais informadas na hora de comprar o item. De acordo com a previsão, a pesquisa será retomada na próxima temporada de verão, com novas atualizações.

Atualmente, Ribeirão Preto registra 10.692 casos confirmados de dengue, além de seis óbitos, conforme dados atualizados pela Prefeitura no dia 7 de abril de 2025. A cidade tem sido um foco de atenção devido ao aumento da doença, e o Procon-SP realiza essas pesquisas para ajudar os consumidores a planejarem suas compras, diante da necessidade de proteção contra os mosquitos transmissores.

Durante a pesquisa realizada no dia 2 de abril, equipes do Procon-SP visitaram seis estabelecimentos comerciais em Ribeirão Preto para comparar os preços de diferentes tipos de repelentes. O levantamento revelou uma discrepância significativa de preços, com uma diferença de até 107,01% no valor do Repelente OFF Kids 117ml em loção. O preço desse produto variou de R$ 44,90 em um local para R$ 21,69 em outro, o que evidencia a importância de pesquisar antes de adquirir o produto.

Apesar da redução de preços no geral, o Procon-SP ressalta que as informações divulgadas não devem ser usadas para criar índices, mas para ajudar os consumidores a planejar seus gastos. A recomendação é que as pessoas prestem atenção em alguns fatores ao escolher o repelente, como qualidade, quantidade e preço. Além disso, o Procon orienta a leitura atenta dos rótulos, verificando a composição e a data de validade dos produtos, para garantir segurança e eficácia.

Além da compra do repelente, o Procon-SP recomenda que a população adote medidas adicionais de prevenção à dengue, como a eliminação de focos de água parada e a vacinação quando disponível. O uso correto do repelente é uma medida importante, mas deve ser combinado com outras ações de controle para reduzir os riscos de contaminação pelo vírus.

Sobe para cinco o número de mortes por dengue em Ribeirão Preto

Cidade tem 8.400 casos confirmados da doença, com a zona Leste sendo a mais afetada; dois óbitos ainda estão sob investigação

A Prefeitura de Ribeirão Preto confirmou na terça-feira (25) mais duas mortes devido à dengue no município, elevando o total de vítimas fatais para cinco em 2025. Segundo a Secretaria de Saúde, as novas vítimas são mulheres, uma com idade entre 20 e 39 anos e a outra com mais de 60 anos.

O Painel das Arboviroses da cidade revela que até o momento foram registrados 8.400 casos confirmados da doença, com mais de 19 mil exames realizados. Durante o monitoramento, 3.568 testes foram descartados. Além disso, dois óbitos ainda estão sob investigação.

A zona Leste segue sendo a área mais afetada pela epidemia, com 2.580 casos confirmados. A região Sul vem em seguida, com 1.861 registros positivos, enquanto a zona Oeste contabilizou 1.781 casos. O Centro e a zona Norte apresentaram, respectivamente, 1.139 e 967 diagnósticos de dengue.

Governo Investirá R$ 1,26 Bilhão na Produção de Vacina contra Dengue e Ampliação de Imunização

O governo planeja oferecer 60 milhões de doses anuais da vacina contra a dengue a partir de 2026.

Nesta terça-feira (25), durante uma cerimônia com a ministra Nísia Trindade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um importante acordo para a produção nacional de uma vacina de dose única contra a dengue. O projeto será realizado em parceria entre o Instituto Butantan e a empresa WuXi Biologics, com a previsão de ofertar 60 milhões de doses anuais a partir de 2026, com o público-alvo sendo a população de 2 a 59 anos.

Embora a vacina ainda não tenha sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ministra Nísia demonstrou otimismo, destacando que a vacina “é uma candidata fortíssima” e que ainda precisa passar pela avaliação da Anvisa. A imunização será voltada para os quatro sorotipos do vírus da dengue e, segundo a ministra, a expectativa é vacinar toda a população elegível no Brasil, excluindo os idosos, em um prazo de dois anos.

Além do anúncio sobre a vacina, o governo informou que a produção será financiada com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e que parcerias público-privadas serão fundamentais para ampliar a oferta no Sistema Único de Saúde (SUS). O investimento estimado para a produção nacional da vacina contra a dengue é de R$ 1,26 bilhão, com outros R$ 68 milhões destinados a pesquisas para ampliar o público-alvo e estudar a possibilidade de vacinação conjunta contra a chikungunya.

O evento no Palácio do Planalto também ocorre em meio a especulações sobre uma possível troca no comando do Ministério da Saúde. A ministra Nísia Trindade, cujas ações no cargo têm sido alvo de críticas dentro do próprio governo, pode ser substituída pelo atual ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O programa Mais Acesso a Especialistas, voltado para ampliar a oferta de consultas e exames no SUS, também tem gerado insatisfação por parte de Lula.

Além da vacina contra a dengue, o governo também anunciou novos investimentos para a produção de insulina Glargina no Brasil, com um aporte de R$ 68 milhões, e a ampliação da capacidade nacional de adaptar vacinas contra influenza. Estes projetos visam fortalecer a produção nacional e garantir o abastecimento de medicamentos e vacinas essenciais para a saúde pública.

Governo de SP decreta epidemia de dengue

O Governo de São Paulo decretou emergência em saúde pública por conta da epidemia de dengue e aumentou o financiamento para internações.

O governo paulista declarou, nesta quarta-feira (19), situação de emergência em saúde pública devido ao avanço da epidemia de dengue no estado. O anúncio foi feito pelo secretário da Saúde, Eleuses Paiva, durante uma reunião do COE (Centro de Operações de Emergências), na capital.

Além da medida, Paiva informou o aumento de 20% no financiamento para internações de pacientes com dengue, por meio do programa MAC (Média e Alta Complexidade). Esse ajuste visa melhorar o atendimento nos hospitais e unidades de saúde conveniadas ao SUS em todo o território estadual.

O secretário destacou que o objetivo da medida é garantir que os municípios tenham a infraestrutura necessária para combater a epidemia de forma eficiente e oportuna. As cidades poderão utilizar essa determinação estadual para decretar situação de emergência local, com base na análise de seus dados epidemiológicos.

Segundo a Secretaria de Saúde, 225 municípios no estado já ultrapassaram os 300 casos de dengue por 100 mil habitantes, tornando a situação alarmante. A medida facilita o acesso a recursos federais e estaduais para auxiliar no combate à doença.

Em Ribeirão Preto, até o momento, foram confirmados 1.106 casos de dengue em 2025, com outros 8.508 em investigação. A cidade também registrou duas mortes pela doença, além de outras três sendo investigadas.

Ribeirão Preto amplia atendimento para casos de dengue

A medida foi divulgada pelo prefeito Ricardo Silva (PSD) durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (28).

A partir desta terça-feira (28), pacientes com sintomas de dengue podem procurar qualquer unidade de saúde em Ribeirão Preto para receber atendimento imediato. A medida, anunciada pelo prefeito Ricardo Silva (PSD) durante uma coletiva de imprensa, tem como objetivo aliviar a demanda nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da cidade.

Segundo o boletim epidemiológico mais recente, de 21 de janeiro, Ribeirão Preto registra 371 casos confirmados de dengue, embora esse número possa ser ainda maior, pois a confirmação dos casos pode ocorrer dias após a notificação inicial.

A medida vale para UBSs (Unidades Básicas de Saúde), NSFs (Núcleos de Saúde da Família) e UPAs. Não será necessário agendamento prévio para o atendimento.

Após a triagem, os pacientes serão classificados em casos leves ou graves. Para os casos mais leves (A e B), o atendimento será realizado por telemedicina, enquanto para os casos graves (C e D), o paciente será encaminhado para atendimento presencial imediato.

A Prefeitura também firmou parcerias com cinco hospitais da cidade para internar os pacientes graves que precisem de cuidados mais intensivos. Os hospitais parceiros são: Hospital das Clínicas, Hospital Estadual, Beneficência Portuguesa, Santa Casa e Santa Lydia.

Casos de dengue no Brasil chegam a 48 mil em 2025, com 4 óbitos confirmados

O Brasil encerrou 2024 com um número alarmante de 6.6 milhões casos de dengue e cerca de 6 mil mortes causadas pela doença, conforme os dados mais recentes do Ministério da Saúde.

O país registrou uma taxa de incidência de 3.122 casos para cada 100 mil habitantes, configurando uma epidemia, já que números acima de 300 são considerados indicativos de surtos. A taxa de letalidade geral foi de 0,09%, mas em casos graves, esse índice subiu para 5,78%, marcando a pior epidemia de dengue da história.

Os números de 2024 superaram as estimativas do Ministério da Saúde, que previam cerca de 4,2 milhões de casos. Em comparação com 2023, o Brasil teve um aumento de 300% no número de ocorrências.

No início de 2025, o país já contabiliza 48.245 casos de dengue, com quatro mortes confirmadas até o momento, além de outros 47 óbitos sob investigação.

Em relação ao perfil das vítimas, 53% dos casos são homens e 47% mulheres. A taxa de letalidade atual é de 0,01% no geral e de 1,63% nos casos graves. Até agora, o coeficiente de incidência de dengue é de 22,7 para cada 100 mil habitantes.

Em 2024, o estado de São Paulo foi o mais afetado, com mais de 2,1 milhões de casos e 2.072 mortes. No início de 2025, o estado já soma 25.827 casos prováveis, com um óbito e 133 pacientes em estado grave.

Um fator preocupante deste ano é a circulação do sorotipo 3 do vírus da dengue, que não era registrado no Brasil desde 2008. O sorotipo 1 foi predominante em 2023 e 2024, enquanto o tipo 2 ganhou destaque ao longo do ano passado, e o sorotipo 3 tem apresentado um aumento expressivo de casos, especialmente em São Paulo, Amapá, Paraná e Minas Gerais.

A Secretaria de Vigilância em Saúde alertou que 80% dos focos de infestação do mosquito Aedes aegypti estão dentro das residências, o que reforça a necessidade de medidas preventivas urgentes para combater a proliferação do mosquito transmissor da doença.

Sorotipo 3 da dengue volta a circular no Brasil; entenda

O sorotipo 3 da dengue voltou a circular no Brasil, com aumento de casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná, especialmente nas últimas quatro semanas de dezembro. Esse sorotipo não era predominante no país desde 2008, o que preocupa as autoridades sanitárias, pois grande parte da população está suscetível ao vírus.

Segundo o Ministério da Saúde, o sorotipo 1 foi o mais comum durante 2024, presente em 73,4% das amostras positivas de dengue. No entanto, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, alertou para a mudança significativa, com o sorotipo 3 ganhando destaque, o que aumenta a preocupação com a saúde pública.

Projeções para 2025 indicam que estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul terão uma incidência de casos acima da registrada em 2024. Fatores como o efeito do El Niño, altas temperaturas, seca e o armazenamento inadequado de água contribuem para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Embora a incidência do sorotipo 3 ainda não tenha sido prevista nas projeções, o Ministério da Saúde está monitorando sua circulação. Nos últimos dias de 2024, a maior parte dos casos de dengue foi concentrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo.

Além da dengue, o Brasil também enfrenta surtos de outras doenças transmitidas pelo mosquito, como Zika e Chikungunya. Nos últimos dias de 2024, 82% dos casos de Zika ocorreram no Espírito Santo, Tocantins e Acre, enquanto 76,3% dos casos de Chikungunya se concentraram em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Secretaria da Saúde alerta população sobre aumento de casos de dengue

A Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto emitiu um alerta à população devido ao crescimento expressivo de casos de dengue na cidade. De janeiro até 26 de dezembro de 2024, foram confirmados 43.444 casos da doença, resultando em 21 óbitos.

IMPACTO DAS CHUVAS

As chuvas recentes agravaram a situação, contribuindo para a proliferação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. As equipes de vigilância têm encontrado diversos pontos com larvas do mosquito espalhados pela cidade.

A Secretaria também chamou atenção para o risco de aumento dos casos em janeiro, período sazonal da dengue, que se estende até maio. O último levantamento mostrou altos índices de infestação do Aedes aegypti.

“Reiteramos a importância da atuação da população nas ações de eliminação desses criadouros em suas residências, locais de trabalho, e pedimos redobrada atenção no descarte adequado de garrafas, caixas d’água, pneus ou quaisquer outros materiais/objetos que possam acumular água se transformando em criadouros do mosquito”, reforçou a secretaria.

Butantan pede registro de vacina contra dengue para Anvisa; entenda

O Instituto Butantan entregou hoje (16) à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os documentos para a aprovação de sua vacina contra dengue, a primeira do mundo em uma única dose. Caso seja dada a autorização, a instituto terá condições de produzir 100 milhões de doses para o Ministério da Saúde pelos próximos três anos.

Foram encaminhados à Anvisa nesta segunda-feira (16) três pacotes de informações sobre o imunizante. Foi a última leva de documentos necessários ao processo de autorização para a fabricação da chamada Butantan-DV.

“É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do país e uma enorme conquista em nível internacional. Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, um órgão de altíssima competência. Mas estamos confiantes nos resultados que virão”, afirma Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan.

O último participante dos ensaios clínicos do imunizante completou o acompanhamento em junho. Foram cinco anos de ensaios e observação. A New England Journal of Medicine publicou recentemente os dados de segurança e eficácia da candidata à vacina. Os números mostraram 79.6% de eficácia geral pra prevenir casos de dengue sintomática.

Já a The Lancet Infectious Diseases publicou os dados da fase três do ensaio clínico, que apontaram uma proteção de 89% contra dengue grave e dengue com sinais de alarme, além de eficácia e segurança prolongadas por até cinco anos.

No caso de aprovação do imunizante pela Anvisa, o Butantan acredita que tem condições de fornecer um milhão de doses no próximo ano. Outras 100 milhões de doses poderão ser entregues nos anos de 2026 e 2027.

As informações encaminhadas ao Butantan nesta segunda-feira (16) detalham os processos de fabricação da vacina. Ou seja, demonstram como os testes de formulação e envase cumprem os requisitos da agência.

A fábrica da vacina, que fica no Centro Bioindustrial do Butantan, foi inspecionada e teve suas instalações aprovadas pela Anvisa. Em caso de autorização para a fabricação do imunizante, o Butantan deve enviar uma solicitação de autorização de preço à Câmara de Regulação de Mercado de Medicamentos.

Depois disso,a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) vai analisar a incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde. É a etapa na qual se verificam pontos como redução de internações e de absenteísmo ao trabalho, benefícios e riscos no longo prazo e para a população brasileira.

Agência Brasil