INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS: saiba como preparar o bolso

A inflação de alimentos pode chegar a 7% este ano, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da FGV. Segundo Carol Stange, especialista em finanças pessoais, esse cenário pode disparar e exige atenção do consumidor.

Para ela, a previsão é preocupante e se baseia em dois fatores principais: a crise climática que assola o Rio Grande do Sul, com inundações que prejudicaram a produção de diversos alimentos, e a chegada do fenômeno La Niña, que tende a reduzir a oferta de produtos in natura.

CONFIRA DICAS PARA PREPARAR O BOLSO CONTRA A INFLAÇÃO:

Planejar as compras: “É fundamental fazer uma lista de compras antes de ir ao supermercado e evitar as compras por impulso”, recomenda Stange. “Pesquisar preços em diferentes estabelecimentos e aproveitar promoções também pode fazer uma grande diferença no orçamento.”

Substituir produtos: “Em tempos de alta da inflação, é preciso ser flexível e buscar alternativas mais econômicas”, aconselha a especialista. “Substituir marcas por similares, optar por produtos da estação e variar o cardápio são algumas estratégias que podem ajudar a economizar.”

Aproveitar ao máximo os alimentos: “O desperdício é um grande vilão do orçamento doméstico”, alerta Stange. “Planejar as refeições, armazenar os alimentos corretamente e reaproveitar as sobras são práticas que podem reduzir o desperdício e, consequentemente, os gastos com alimentação.”

ALTERNATIVAS PARA O CONSUMIDOR:

Em um cenário de preços em alta, é importante que o consumidor busque alternativas para economizar. Stange destaca algumas opções, como:

Feiras e mercados: Nesses locais, é possível encontrar produtos frescos e de qualidade a preços mais acessíveis do que nos supermercados.

Cooperativas de consumo: As cooperativas oferecem alimentos orgânicos e agroecológicos a preços mais justos, além de promoverem o comércio local e a sustentabilidade.

Grupos de compras coletivas: Ao comprar em grupo, é possível conseguir descontos e preços mais baixos.

Carol Stange destaca que a alta da inflação dos alimentos afeta diretamente o poder de compra das famílias, especialmente aquelas de baixa renda, que destinam uma parcela maior de seus rendimentos à alimentação. Além disso, a inflação dos alimentos pode levar à substituição de produtos mais nutritivos por opções mais baratas e menos saudáveis, comprometendo a qualidade da alimentação.

Mercado revisa projeções econômicas: veja como fica inflação e Selic em 2024

Economistas ajustaram suas previsões para a inflação em 2024, com a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subindo de 4,10% para 4,12%, conforme divulgado no Relatório de Mercado Focus nesta segunda-feira (05). Esse número está ligeiramente acima da meta central de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Há um mês, a projeção era de 4,02%.

Para 2025, a expectativa de inflação também foi revisada, passando de 3,96% para 3,98%, em comparação com 3,88% anteriormente.

O Comitê de Política Monetária (Copom) projeta uma inflação de 4,2% para 2024 e de 3,6% para 2025. Em um cenário alternativo, a inflação poderia chegar a 4,2% em 2024 e 3,4% no ano seguinte. A inflação medida pelo IPCA registrou um aumento de 0,21% em junho, acumulando 4,23% em 12 meses, e fechou 2023 com 4,62%.

Em relação à taxa Selic, a mediana das projeções para o final de 2025 subiu de 9,5% para 9,75%, após uma sequência de estabilidade. O Copom manteve a Selic em 10,5% na última reunião, e a expectativa para o fim de 2024 continua em 10,5%. Para 2026 e 2027, o consenso é de que a Selic se estabilize em 9%.

O Relatório de Mercado Focus também ajustou a previsão para o PIB de 2024, elevando-a de 2,19% para 2,20%. Para 2025, a projeção caiu de 1,94% para 1,92%. A expectativa do Ministério da Fazenda é de um crescimento de 2,5% para 2024.

Mercado aumenta previsão da inflação de 4% para 4,05% em 2024

O mercado revisou para cima suas estimativas de inflação para 2024, prevendo que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançará 4,05%, um aumento em relação à previsão anterior de 4%. Esses dados foram divulgados pelo Banco Central, no Boletim Focus desta segunda-feira (22).

Essa estimativa para 2024 está acima da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isso significa que a inflação projetada ainda está dentro do intervalo tolerável pelo CMN, cujo limite superior é de 4,5%.

A política monetária para controlar a inflação tem como principal instrumento a taxa básica de juros, conhecida como Selic, atualmente fixada em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A decisão de manter essa taxa está relacionada ao aumento recente do dólar e às incertezas econômicas globais, que levaram o BC a interromper os cortes de juros iniciados anteriormente.

Além da inflação, as instituições financeiras também ajustaram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024, elevando a expectativa de 2,11% para 2,15%. Para os anos seguintes, a previsão é de expansão de 1,93% em 2025, seguida por um crescimento de 2% em 2026 e 2027.

Em relação ao mercado cambial, espera-se que o dólar encerre o ano de 2024 cotado a R$ 5,30, com uma leve queda prevista para R$ 5,23 até o fim de 2025. Essas projeções refletem as expectativas das instituições financeiras diante das condições econômicas atuais e das perspectivas para os próximos anos.

Informações: Agência Brasil

Centro de Ribeirão Preto registra o maior preço da cesta básica em junho

O centro de Ribeirão Preto lidera como a área com o preço mais alto da cesta básica em junho, segundo pesquisa da Associação Comercial e Industrial local (Acirp). O custo médio dos alimentos essenciais na cidade teve uma queda de 0,55% em comparação a maio, totalizando em média R$ 686,73.

A pesquisa revela que o centro da cidade apresentou o valor mais elevado para a cesta básica, atingindo R$ 737,14, o que representa um aumento de 0,53% em relação ao mês anterior. Por outro lado, a zona Oeste registrou o menor preço, com R$ 655,02, marcando uma redução de 2,41%. A zona Norte teve o segundo menor custo, R$ 660,68, porém com um aumento significativo de 7,01%, o maior entre todas as regiões. Em seguida, aparecem a região Leste, com R$ 667,41 e queda de 1,36%, e a Sul, com R$ 718,95 e redução de 3,40%. Os dados foram obtidos em dez supermercados e hipermercados e quatro panificadoras, distribuídas pelas cinco regiões do município.

ALIMENTOS IMPACTADOS

A pesquisa destacou que, apesar da deflação média de 11,91% no preço do quilo da alcatra, as carnes continuam a representar a maior parte do orçamento da cesta básica (33,39%). Frutas e legumes respondem por 32,73%, seguidos por farináceos (19,7%), laticínios (6,91%), leguminosas (3,78%), cereais (2,72%) e óleos (0,76%).

Alguns alimentos tiveram variações significativas de preço, como o feijão (-10,55%), enquanto a farinha de trigo subiu 21,73% e a banana nanica, 18,93%.

COMPOSIÇÃO DA CESTA BÁSICA

A composição da cesta básica é baseada em treze itens essenciais, conforme o decreto nº 399/1938, que estabelece as quantidades mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um adulto por um mês. Confira:

  • Carne bovina (6 kg de alcatra)
  • Leite longa vida (7,5 litros)
  • Feijão carioca (4,5 kg)
  • Arroz branco tipo 1 (3 kg)
  • Farinha de trigo (1,5 kg)
  • Batata inglesa (6 kg)
  • Tomate italiano (9 kg)
  • Pão francês (6 kg)
  • Café em pó (0,6 kg)
  • Banana nanica (90 unidades)
  • Óleo de soja (0,8 litros)
  • Açúcar cristal (3 kg)
  • Margarina (0,75 kg)

Mercado eleva previsão da inflação de 3,96% para 3,98% em 2024

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,96% para 3,98% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (24), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,8% para 3,85%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Em reunião na semana passada, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 2,08% para 2,09%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 2%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,15 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique no mesmo patamar.

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Inflação de 2024 pesa mais para famílias de renda muito baixa

Ao longo de 2024, as famílias de renda muito baixa têm sentido mais o peso da inflação que os lares de renda alta. De janeiro a maio, a inflação para lares com renda mensal menor que R$ 2.105,99 foi de 2,57%, enquanto a inflação de todas as faixas de renda fica em 2,27%.

Na outra ponta, famílias de renda alta, ou seja, orçamento maior que R$ 21.059,92, experimentam aumento nos preços de 1,9% em 2024.

Os grupos familiares de renda baixa (entre R$ 2.105,99 e R$ 3.158,99) e média baixa (de R$ 3.158,99 e R$ 5.264,99) também vivenciam em 2024 inflação maior que o índice médio: 2,50% e 2,35%, respectivamente.

Lares de renda média (de R$ 5.264,98 e R$ 10.529,96) sentiram impactos de aumentos de preços levemente abaixo da inflação oficial, 2,25%.

Os dados fazem parte do Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento é feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo – conduzido pela pesquisadora Maria Andreia Parente Lameiras – aponta que a maior pressão inflacionária ao longo de 2024 é explicada, principalmente, pelos efeitos climáticos sobre os alimentos no domicílio. A alimentação ocupa mais espaço no orçamento das famílias mais pobres.

12 meses

Já no acumulado dos últimos 12 meses, as famílias de rendas média (4,03%), média alta (4,27%) e alta (4,84%) sentiram inflação maior que o índice médio de todas as faixas de rendimento (3,93%). Domicílios de renda média alta são os que têm orçamento de R$ 10.529,96 a R$ 21.059,92.

Na outra ponta, os lares de renda muito baixa (3,20%), baixa (3,42%) e média baixa (3,66%) perceberam inflação mais suave que o índice médio.

*Com informações de Agência Brasil

Inflação oficial fica em 0,38% em abril deste ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, registrou taxa de 0,38% em abril deste ano. O indicador ficou acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%).

Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxa de inflação de 1,8% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 3,69%, abaixo dos 3,93% acumulados até março e dentro do limite de meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano: entre 1,5% e 4,5%.

Os principais responsáveis pela inflação de abril foram os alimentos e os gastos com saúde e cuidados pessoais. O grupo de despesas alimentação e bebidas registrou alta de preços de 0,7% no mês, puxada por itens como mamão (22,76%), cebola (15,63%), tomate (14,09%) e café moído (3,08%).

Saúde e cuidados pessoais, grupo que teve elevação de preços de 1,16%, os itens com maior destaque foram os produtos farmacêuticos (com alta de 2,84%), impactados pela autorização de reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março.

Entre os medicamentos com maiores altas de preço estão os antidiabéticos (4,19%), os anti-infecciosos e antibióticos (3,49%) e os hipotensores e hipocolesterolêmicos (3,34%).

Por outro lado, os artigos de residência e habitação tiveram deflação (queda de preços) no mês, de 0,26% e 0,01%, respectivamente.

Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas de inflação: vestuário (0,55%), comunicação (0,48%), transportes (0,14%), despesas pessoais (0,10%) e educação (0,05%).

*Com informações de Agência Brasil

Correios anunciam reajuste de tarifas para serviços de entrega

Os Correios anunciaram nesta quarta-feira, 3, um aumento de 4,39% em diversos serviços de entrega oferecidos pela empresa. Esse reajuste, que entra em vigor imediatamente, visa acompanhar a correção da inflação conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023. Destaca-se que essa taxa é menor em comparação aos aumentos dos anos anteriores, como os 5,49% de 2023 e os 9,56% de 2022.

Os valores revisados afetam uma série de serviços nacionais, incluindo envio de cartas e cartões postais, com tarifas agora variando de R$ 2,55 a R$ 13,80, dependendo do peso e do tipo de serviço contratado. Além disso, para os envios internacionais, os preços foram agrupados por região, abrangendo países da América do Sul, Américas Central e do Norte, Europa, Ásia, Oriente Médio, África e Oceania, com taxas que podem variar de R$ 4,30 a R$ 239,60, conforme o destino e o peso da encomenda.

Mercado reduz para 3,76% previsão de inflação em 2024

As projeções para a inflação, os juros e o crescimento econômico do Brasil sofreram ajustes conforme as novas análises do mercado financeiro. De acordo com o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira, 5, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, foi reduzida de 3,8% para 3,76% em 2024.

Para o ano de 2025, a expectativa é que a inflação permaneça em 3,51%, enquanto para os anos subsequentes, 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para ambos os anos. As estimativas estão alinhadas com as metas de inflação definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que visa alcançar uma inflação de 3% para este ano, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em relação à taxa básica de juros, o mercado financeiro projeta uma redução gradual ao longo dos próximos anos. Atualmente em 11,25% ao ano, a expectativa é que a Selic encerre 2024 em 9%. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

O comportamento dos juros é determinante para o controle da inflação e para estimular a atividade econômica. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a taxa básica de juros, busca-se conter a demanda aquecida, o que pode influenciar os preços. Por outro lado, a redução da Selic tende a tornar o crédito mais acessível, incentivando a produção e o consumo.

Além disso, o mercado financeiro revisou suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Para 2024, a expectativa de crescimento econômico é de 1,77%, enquanto para 2025, a previsão é de uma expansão de 2%. Para os anos seguintes, 2026 e 2027, o mercado financeiro também projeta um crescimento do PIB em 2% para ambos os anos.

Quanto à taxa de câmbio, a previsão é de que o dólar encerre o ano de 2024 cotado a R$ 4,93. Para o final de 2025, a estimativa é que a moeda americana atinja o valor de R$ 5. Essas projeções são fundamentais para o planejamento econômico do país e refletem as expectativas e análises do mercado financeiro sobre o cenário econômico futuro.

*Com informações de Agência Brasil

Cesta básica em Ribeirão Preto tem inflação de 3,95% em fevereiro

Os preços dos alimentos em Ribeirão Preto apresentaram aumento pelo quinto mês seguido, com uma inflação de 3,95% em fevereiro em comparação com janeiro de 2024, conforme aponta levantamento da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). O impacto do clima continua sendo um fator relevante no encarecimento dos itens essenciais.

O custo médio da cesta básica na cidade atingiu R$ 702,46, com destaque para a região Central, onde o valor médio alcançou R$ 771,58. A pesquisa, realizada em 16 de fevereiro, abrangeu onze supermercados e hipermercados, além de quatro panificadoras distribuídas nas cinco regiões do município.

O Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) analisa que o impacto do clima continua a afetar o preço final dos alimentos, especialmente os itens in natura. Chuvas de granizo e ventanias recentes afetaram a produção de banana nanica, resultando em um aumento de 10,27% no preço deste item. Por outro lado, o feijão carioca teve uma queda de 4,73% e o óleo de soja de 7,11%.

O levantamento por região revelou que o Centro de Ribeirão registrou o custo mais elevado, impulsionado principalmente pelos aumentos na banana nanica e no açúcar cristal. Enquanto isso, a região Norte manteve o menor custo, embora tenha experimentado um leve aumento. As regiões Leste, Sul e Oeste também registraram aumentos nos preços dos alimentos em relação ao mês anterior.