Janeiro Branco: saúde emocional é aliada ao tratamento contra o câncer, afirmam especialistas

Em 2025, o estado de São Paulo deverá registrar mais de 181 mil novos casos de câncer, segundo a estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os números, divulgados no documento “Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil”, destacam a importância de cuidados integrais, incluindo o fator psicológico.

Com o aumento dos casos da patologia, acende-se um sinal de alerta para os cuidados com a saúde mental. De acordo com um estudo publicado na Frontiers, 25% dos pacientes com câncer apresentam sintomas de depressão e até 45% relatam níveis elevados de ansiedade.

“O diagnóstico de um câncer causa impacto psicológico profundo, afetando o enfrentamento da doença e a qualidade de vida do paciente. Ansiedade, medo e depressão são comuns nesse processo”, diz Mariana Esteves, psicóloga da Oncoclínicas Ribeirão Preto.

A especialista também destaca que, muitas vezes, os familiares se sentem desorientados e inseguros em como agir e oferecer o apoio emocional necessário. “O acompanhamento psicológico é essencial para garantir que todos tenham uma rede de apoio sólida e consigam lidar com as adversidades do tratamento, além das mudanças que ocorrem e as que estão por vir”, complementa.

TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

Na maioria dos casos, a luta contra a doença é exaustiva para todos os envolvidos. Dessa forma, integrar o cuidado com a saúde mental aos procedimentos é imprescindível.

“O suporte psicológico pode ajudar o paciente a ter mais resiliência, melhorar o enfrentamento do estresse e até mesmo otimizar a adesão ao tratamento médico. Cuidar da mente é um passo importante para enfrentar os desafios da doença com mais força e esperança”, destaca a psicóloga.

“Os familiares, igualmente, precisam de orientação psicológica para oferecer o suporte adequado e lidar com o impacto afetivo da situação de uma maneira mais saudável, de forma a minimizar e ampliar o seu bem-estar”, explica.

Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto, destaca que a relação entre corpo e mente é indissociável e a qualidade de vida do paciente oncológico depende de uma abordagem integral, que considere tanto o tratamento físico quanto o emocional.

“Assim como qualquer outra condição de saúde, o câncer exige um tratamento holístico, que integre cuidados médicos e psicológicos, garantindo aos pacientes uma jornada com mais qualidade de vida e bem-estar”, finaliza Fruet.

Janeiro Branco: cuide da sua mente, evite o excesso de celular

Neste mundo cada vez mais agitado, cheio de estímulos e de muitos desafios, precisamos falar sobre saúde mental e emocional. A campanha Janeiro Branco tem como propósito quebrar tabus e também estimular o diálogo, inclusive em torno de questões muito presentes em nosso dia a dia que afetam nossas emoções e podem causar distúrbios psicológicos.

A ideia é promover maior reflexão sobre a importância de cuidarmos da mente, assim como cuidamos do corpo, enfatizando que a saúde mental é um aspecto fundamental para nossa qualidade de vida.

O Janeiro Branco é uma campanha de conscientização. A escolha de janeiro, um mês tradicionalmente associado ao recomeço e à renovação, simboliza a ideia de que esse é um bom momento para refletirmos sobre o bem-estar mental e a adoção de práticas saudáveis para o cuidado emocional. E, dentro deste contexto, é urgente que a sociedade dê maior atenção a um fenômeno crescente e preocupante: a dependência psicológica do celular.

Estudos já comprovaram que o uso excessivo e compulsivo do celular pode afetar significativamente a saúde emocional e psicológica. Como o celular proporciona acesso constante a informações, redes sociais e e-mails, pode gerar sobrecarga cognitiva e aumentar o estresse, já que o cérebro está constantemente processando dados e notificações.

Além disso, a pressão da sociedade para que estejamos sempre disponíveis, com a sensação de que é necessário responder rapidamente às mensagens, ou estar sempre conectado, pode causar muita ansiedade. Atualmente, as pessoas se sentem pressionadas a estar “on” o tempo todo, o que dificulta a desconexão.

Muitos estão, inclusive, desenvolvendo comportamentos compulsivos ao verificar constantemente o celular – o que é conhecido como nomofobia (medo de ficar sem o celular) -, e que pode levar a um ciclo de estresse e ansiedade, afetando totalmente o equilíbrio emocional.

“É importante que os pais, educadores e toda a sociedade estejam atentos para ajudar a combater a compulsão doentia pelo celular. Muitas pessoas estão restringindo o convívio em grupo ou mesmo se isolando, já apresentando alterações emocionais e psíquicas. É preciso reintegrá-los em atividades sociais e esportivas e estimular a busca por tratamentos, com foco na mudança de comportamento, na educação digital, e, em alguns casos, com a ajuda de terapia. Precisamos apoiar e incluir todos para que consigam sair do vício e da dependência, trazê-los de volta a uma vida mais saudável e participativa”, pontua o Defensor Público Federal André Naves, especialista em Inclusão Social.

O Janeiro Branco é, portanto, fundamental para mostrar que qualquer um, atualmente, está sujeito a desenvolver transtornos emocionais. A campanha visa a combater o estigma associado a quem apresenta alterações mentais e de comportamento, estimulando a busca por apoio psicológico.

O autoconhecimento, o equilíbrio emocional e a busca de ajuda, quando necessário, são essenciais. Ao estimular o debate em torno de temas tão presentes na vida moderna, a campanha Janeiro Branco contribui para que as pessoas se sintam mais confortáveis para falar sobre suas emoções, enfrentar seus problemas emocionais de maneira saudável e buscar ajuda profissional sempre que necessário.

Cuidar da saúde mental é fundamental para o equilíbrio e a qualidade de vida. Pense nisso.

Janeiro Branco: Campanha alerta importância da saúde mental

Em meio aos desafios contemporâneos, a campanha Janeiro Branco propõe a criação de uma cultura de cuidado emocional, visando informar e apoiar indivíduos, famílias, instituições e comunidades na prevenção de doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) enfatiza que transtornos de humor, esquizofrenia e transtorno bipolar, muitas vezes, podem levar à incapacidade temporária ou permanente para o trabalho. Os benefícios por incapacidade temporária e permanente estão sujeitos a critérios específicos, sendo necessário agendar uma perícia médica por meio do aplicativo, site ou telefone 135.

Ao conceder o benefício, o INSS proporciona suporte financeiro àqueles temporariamente impossibilitados de trabalhar devido a questões de saúde mental. Além disso, ressalta a importância de cuidados contínuos com a saúde mental, encorajando a cautela nas expectativas, estabelecimento de metas realistas e atenção aos sentimentos diários, promovendo uma abordagem generosa e consciente para o autocuidado. O instituto enfatiza a relevância de viver o momento presente, destacando que o exercício regular da auto-observação contribui para o bem-estar emocional.

*Informações de Agência Brasil/Graça Adjuto