Meta anuncia o fim dos filtros no Instagram; entenda

A Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que os filtros deixarão de existir na plataforma, a partir de janeiro de 2025. Esta decisão, anunciada na última terça-feira (27), significa que os efeitos de realidade aumentada (RA) criados por usuários, marcas e outros criadores deixarão de estar disponíveis. Apenas os efeitos desenvolvidos pela própria Meta continuarão acessíveis.

Os filtros foram introduzidos em 2017 pela plataforma Meta Spark e serviram como uma fonte de receita para muitos criadores. A Meta decidiu encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdos de terceiros após uma avaliação completa, conforme informou em nota oficial.

Embora a empresa tenha mencionado que os filtros RA serão removidos, o comunicado não abordou diretamente os filtros tradicionais que alteram cores, luzes e outros ajustes básicos. Os filtros já aplicados a conteúdos existentes permanecerão visíveis, mas não será possível usá-los em novas postagens.

Governo proíbe Meta de usar dados de usuários para treinar IA no Brasil

O governo brasileiro ordenou que a Meta – big tech responsável pelo Facebook, Instagram e Whatsapp – suspenda, no país, o uso de dados de usuários para treinar inteligência artificial, conforme uma determinação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) publicada hoje. A medida também prevê uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

A nova política de privacidade da Meta, que permitia o uso de dados, como fotos e textos públicos dos usuários, para treinar sistemas de IA generativa, foi contestada por órgãos como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). A ANPD agiu após alertas desses órgãos sobre possíveis violações das leis brasileiras de privacidade.

Em resposta, a Meta expressou desapontamento com a decisão da ANPD, argumentando que sua abordagem está em conformidade com as regulamentações brasileiras e que a prática é comum na indústria de IA. A empresa afirmou que continuará trabalhando com a ANPD para resolver as preocupações levantadas.

“Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA, e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, prossegue a Meta.

O Instituto de Defesa do Consumidor argumenta que o modo como a empresa utiliza dados viola as leis brasileiras, pois não notificou previamente os usuários, a opção para contestar a prática é pouco clara e pode conferir uma vantagem excessiva à empresa.

Dentro de cinco dias após a notificação, a Meta deve fornecer ao governo:

  1. Documentação que comprove a alteração na Política de Privacidade para excluir o uso de dados pessoais no treinamento de IAs generativas.
  2. Uma declaração assinada por um representante legal confirmando a suspensão do uso dos dados.

O uso de dados pessoais para treinar IA chamou a atenção em 4 de junho, quando a Meta anunciou na União Europeia e no Reino Unido uma atualização na política de privacidade permitindo tal prática, decisão que foi adiada na Europa devido à reação negativa, mas não no Brasil.

Instabilidade no Facebook e Instagram custou R$ 16,7 bilhões a Mark Zuckerberg

Na manhã desta terça-feira, 5, milhões de usuários em todo o mundo enfrentaram dificuldades ao tentar acessar as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp Business, todas gerenciadas pela Meta. A instabilidade teve início por volta das 12 horas (horário de Brasília) e persistiu por cerca de duas horas, sendo normalizada no início da tarde.

O período de indisponibilidade representou uma potencial perda financeira de US$ 3,38 bilhões (R$ 16,7 bilhões) para Mark Zuckerberg, fundador e CEO da empresa. Com cerca de 13% do capital da Meta, Zuckerberg possui um patrimônio estimado em US$ 171,7 bilhões (R$ 851,6 bilhões), conforme listado pela Forbes, ocupando a quarta posição entre as pessoas mais ricas do mundo. Apesar do contratempo, sua posição na lista não foi ameaçada, mantendo uma diferença de US$ 33,8 bilhões (R$ 167,7 bilhões) em relação ao quinto colocado, Larry Ellison, fundador da Oracle.

Instagram e Facebook enfrentam instabilidade e ficam fora do ar

Nesta terça-feira, 5, milhares de usuários do Instagram e do Facebook se depararam com dificuldades de acesso às redes sociais mais populares do mundo. Relatos de instabilidade surgiram em grande número, conforme registros do site Downdetector, que apontou mais de 8 mil reclamações de usuários brasileiros somente para o Instagram, e mais de 14 mil para o Facebook.

A situação não se restringe apenas ao Brasil. Outros países também enfrentam problemas semelhantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Facebook registrou mais de 200 mil reclamações, enquanto o Instagram teve mais de 40 mil, evidenciando uma interrupção significativa nos serviços das plataformas.