Governo exige que mudanças da Meta sigam as leis brasileiras

O Governo Federal do Brasil decidiu enviar uma notificação extrajudicial à Meta, solicitando que a empresa esclareça as possíveis consequências das alterações nas políticas das redes sociais que controla, como o Facebook e o Instagram. A decisão foi tomada após uma reunião presidida por Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira (10) no Palácio do Planalto, em Brasília, com a participação de ministros, secretários e assessores.

O ministro Rui Costa, da Casa Civil, afirmou que o presidente foi enfático ao deixar claro que a soberania do Brasil não será negociada. Segundo Costa, todas as empresas, tanto nacionais quanto internacionais, precisam cumprir a legislação fiscal e judiciária brasileira.

“A gente vê com muita preocupação o anúncio de uma das principais redes digitais de que não fará mais controle de conteúdo, porque isso impacta de forma muito grande a sociedade brasileira”, destacou.

O ministro ressaltou que a ausência de controle pode afetar negativamente áreas sensíveis, como a disseminação de conteúdos impróprios, informações sobre atividades criminosas, respeito à vida humana, discriminação racial e de gênero, e discursos de ódio.

Ele também expressou preocupação com o possível aumento da circulação de fake news, lembrando que o Brasil já possui uma série de normas consolidadas sobre esses temas.

Meta encerra programa de checagem de fatos e adota modelo semelhante ao do X; entenda

Mark Zuckerberg anunciou, nesta terça-feira (07), uma série de mudanças nas redes sociais da Meta – Facebook, Instagram e Threads. O CEO criticou as ações de moderação de conteúdo e afirmou que as alterações visam proteger a liberdade de expressão, que, segundo ele, foi prejudicada nos últimos anos. A decisão faz parte de uma tentativa de afastar a Meta das regulações excessivas e dar mais controle aos usuários.

Zuckerberg mencionou que as políticas de moderação se tornaram politizadas e falhas, prejudicando a comunicação e a expressão nas plataformas. Para reverter isso, a Meta adotará um modelo mais simples, no qual os próprios usuários terão a responsabilidade de sinalizar conteúdos ilegais. Esse sistema, inspirado no X (antigo Twitter), será introduzido inicialmente nos Estados Unidos.

O CEO também criticou fortemente a atuação de governos da União Europeia, América Latina e China na regulação de conteúdos digitais. Ele acusou a América Latina de ter “tribunais secretos de censura” e afirmou que a Meta trabalhará com o governo de Donald Trump para combater as pressões globais sobre empresas americanas.

Uma das principais mudanças será a simplificação das regras de conteúdo. Zuckerberg disse que o Facebook e o Instagram deixarão de sinalizar posts relacionados a temas como imigração e gênero, algo que, segundo ele, foi inicialmente feito para promover inclusão, mas acabou sendo usado para silenciar opiniões divergentes.

Além disso, Zuckerberg anunciou que o filtro automático de conteúdos nocivos será substituído por um sistema de moderação em que os usuários serão mais ativos na denúncia de conteúdo considerado prejudicial. Somente conteúdos claramente ilegais serão removidos automaticamente pelas plataformas da Meta.

A Meta também mudará sua equipe de regulação, transferindo-a da Califórnia para o Texas, onde as regulamentações são menos rigorosas. Essas medidas, segundo Zuckerberg, têm como objetivo restaurar a liberdade de expressão e proteger as plataformas da censura excessiva imposta por governos de diferentes partes do mundo.

Instagram vai excluir filtros criados por usuários

A partir da próxima terça-feira (14), o Instagram eliminará os filtros de realidade aumentada (RA) de terceiros nos stories. Apenas os filtros desenvolvidos pela Meta, a empresa dona da plataforma, estarão acessíveis aos usuários.

A Meta justifica a decisão afirmando que ela visa dar prioridade a outros tipos de conteúdo que melhor atendam às necessidades futuras de seus consumidores e parceiros comerciais. A medida também marca o fim da plataforma Meta Spark, lançada sete anos atrás, que permitia que empresas e criadores de conteúdo desenvolvessem filtros de RA personalizados para uso no Instagram, Messenger e Facebook.

Em um comunicado, a Meta explicou:

“Após uma avaliação completa, tomamos a decisão de encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdo de terceiros do Meta Spark. Isso significa que os efeitos de Realidade Aumentada (RA) criados por terceiros – incluindo marcas e nossa comunidade mais ampla de criadores de RA – não estarão mais disponíveis a partir desta data”.

Embora os filtros de terceiros desapareçam do Instagram, os usuários ainda poderão utilizar filtros em outros aplicativos. A principal mudança é que esses efeitos não estarão mais acessíveis dentro das plataformas da Meta.

Meta AI: saiba como funciona nova ferramenta do WhatsApp

O WhatsApp agora conta com um chatbot de inteligência artificial integrado chamado Meta AI, que já está disponível, inclusive no Brasil. Esse serviço interativo atua como um dos seus contatos no aplicativo, permitindo criar conteúdo do zero, responder a perguntas e até realizar pesquisas na internet. Além do WhatsApp, a Meta AI também está disponível no Messenger do Facebook e no Instagram.

Entretanto, existem algumas restrições no uso dessa IA no WhatsApp, tanto por questões éticas e de privacidade quanto por limitações atuais da ferramenta. A Meta AI pode gerar textos, poemas, listas e outros tipos de conteúdo, como enquetes e testes de múltipla escolha, a partir das solicitações dos usuários.

Ela também pode sugerir restaurantes ou lugares para visitar em uma região específica, além de fornecer resumos sobre pessoas ou empresas, utilizando principalmente mecanismos de busca. Além disso, é possível solicitar que a Meta AI crie imagens a partir de descrições em texto, com os resultados aparecendo rapidamente na conversa, prontos para serem compartilhados ou salvos.

No entanto, nem todas as solicitações são atendidas. Testes realizados pelo TecMundo indicaram que, por enquanto, há poucos filtros e limites, permitindo a criação de conteúdos variados, até mesmo envolvendo personagens da cultura pop.

O QUE A META AI NÃO PODE FAZER NO WHATSAPP?

Como informado pelo próprio chatbot, a Meta AI é apenas um software e não consegue realizar ações físicas, como controlar dispositivos, nem fornece informações em tempo real da internet, pois não está atualizada constantemente.

Além disso, a Meta AI não pode compartilhar informações pessoais, como dados financeiros, senhas ou endereços de e-mail, nem oferecer detalhes sobre atividades ilegais ou conteúdos protegidos por direitos autorais sem permissão. A ferramenta também não realiza diagnósticos médicos, orientações jurídicas ou previsões sobre o futuro, e não oferece opiniões pessoais, já que é programada para evitar spam e publicidade.

Por questões de privacidade, a Meta AI não tem acesso a contas externas de e-mail ou redes sociais, e não pode realizar compras ou transações financeiras. Também enfrenta limitações atuais, como a incapacidade de reconhecer imagens ou vídeos e traduzir idiomas menos comuns. Essas questões podem ser aprimoradas em versões futuras, já que atualmente utiliza o modelo de linguagem Llama 3 da própria Meta.

Instagram e Facebook apresentam instabilidade nesta segunda-feira (14)

Nesta segunda-feira (14), milhões de usuários em todo o mundo relataram dificuldades para acessar o Facebook e o Instagram, plataformas pertencentes à Meta. Os problemas começaram por volta das 12h30 (horário de Brasília) e afetaram usuários tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, resultando em dificuldades de login, desconexões e feeds que não carregavam.

As primeiras queixas apareceram em sites de monitoramento como o Downdetector, que registrou um aumento expressivo nas notificações de falhas. Até o momento, mais de 400 mil usuários já haviam reportado problemas globalmente, refletindo a gravidade da situação.

Além dos usuários individuais, empresas e influenciadores digitais também foram impactados, enfrentando perda de engajamento e vendas. A interrupção destacou o impacto econômico significativo que falhas em redes sociais podem ter em um mundo tão conectado.

A Meta, por sua vez, ainda não forneceu uma explicação detalhada sobre a causa da queda, mas Andy Stone, responsável pela comunicação da empresa, informou que a equipe técnica está trabalhando para resolver os problemas o mais rápido possível. Ele pediu desculpas aos usuários pela situação.

A instabilidade atual se soma a um histórico de interrupções nas plataformas da Meta, como a queda significativa em outubro de 2021, que durou mais de sete horas. A nova falha gerou discussões nas redes sociais, com a hashtag #instagramdown se tornando um dos temas mais comentados, refletindo a dependência crescente de usuários e empresas em relação a essas plataformas.

Instagram lança modo ‘adolescente’ com novas restrições; descubra o que muda

Nesta terça-feira (17), a Meta anunciou novas restrições para contas do Instagram de usuários menores de 16 anos. As contas desses jovens terão limitações na troca de mensagens e terão controles adicionais que podem ser definidos pelos pais, como horários de uso da rede.

A nova ‘Conta Adolescente’ será implementada no Brasil a partir de janeiro do próximo ano e incluirá seis mudanças automáticas:

  • As contas serão privadas por padrão, exigindo aprovação para novos seguidores e limitando a visualização e interação com o conteúdo apenas a quem já os segue.
  • Mensagens só poderão ser enviadas por quem já é seguido ou com quem há conexão pré-existente.
  • O acesso a conteúdo sensível nas seções Explorar e Reels será restrito.
  • Interações também serão limitadas, permitindo que apenas seguidores marquem ou mencionem os adolescentes, com um filtro anti-bullying para palavras ofensivas.
  • Haverá lembretes para fazer pausas após 60 minutos de uso diário.
  • O modo noturno silenciará notificações entre 22h e 7h, com respostas automáticas nas mensagens diretas.

A empresa anunciou que tomará medidas para impedir que adolescentes falsifiquem suas idades ao criar contas. Os pais terão acesso a informações sobre as interações dos filhos no Instagram, como os perfis com quem eles trocam mensagens. No entanto, o conteúdo dessas conversas não será acessível para os pais.

Meta anuncia o fim dos filtros no Instagram; entenda

A Meta, proprietária do Facebook, Instagram e WhatsApp, informou que os filtros deixarão de existir na plataforma, a partir de janeiro de 2025. Esta decisão, anunciada na última terça-feira (27), significa que os efeitos de realidade aumentada (RA) criados por usuários, marcas e outros criadores deixarão de estar disponíveis. Apenas os efeitos desenvolvidos pela própria Meta continuarão acessíveis.

Os filtros foram introduzidos em 2017 pela plataforma Meta Spark e serviram como uma fonte de receita para muitos criadores. A Meta decidiu encerrar a plataforma de ferramentas e conteúdos de terceiros após uma avaliação completa, conforme informou em nota oficial.

Embora a empresa tenha mencionado que os filtros RA serão removidos, o comunicado não abordou diretamente os filtros tradicionais que alteram cores, luzes e outros ajustes básicos. Os filtros já aplicados a conteúdos existentes permanecerão visíveis, mas não será possível usá-los em novas postagens.

Governo proíbe Meta de usar dados de usuários para treinar IA no Brasil

O governo brasileiro ordenou que a Meta – big tech responsável pelo Facebook, Instagram e Whatsapp – suspenda, no país, o uso de dados de usuários para treinar inteligência artificial, conforme uma determinação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) publicada hoje. A medida também prevê uma multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

A nova política de privacidade da Meta, que permitia o uso de dados, como fotos e textos públicos dos usuários, para treinar sistemas de IA generativa, foi contestada por órgãos como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). A ANPD agiu após alertas desses órgãos sobre possíveis violações das leis brasileiras de privacidade.

Em resposta, a Meta expressou desapontamento com a decisão da ANPD, argumentando que sua abordagem está em conformidade com as regulamentações brasileiras e que a prática é comum na indústria de IA. A empresa afirmou que continuará trabalhando com a ANPD para resolver as preocupações levantadas.

“Nossa abordagem cumpre com as leis de privacidade e regulações no Brasil, e continuaremos a trabalhar com a ANPD para endereçar suas dúvidas. Isso é um retrocesso para a inovação e a competividade no desenvolvimento de IA, e atrasa a chegada de benefícios da IA para as pessoas no Brasil”, prossegue a Meta.

O Instituto de Defesa do Consumidor argumenta que o modo como a empresa utiliza dados viola as leis brasileiras, pois não notificou previamente os usuários, a opção para contestar a prática é pouco clara e pode conferir uma vantagem excessiva à empresa.

Dentro de cinco dias após a notificação, a Meta deve fornecer ao governo:

  1. Documentação que comprove a alteração na Política de Privacidade para excluir o uso de dados pessoais no treinamento de IAs generativas.
  2. Uma declaração assinada por um representante legal confirmando a suspensão do uso dos dados.

O uso de dados pessoais para treinar IA chamou a atenção em 4 de junho, quando a Meta anunciou na União Europeia e no Reino Unido uma atualização na política de privacidade permitindo tal prática, decisão que foi adiada na Europa devido à reação negativa, mas não no Brasil.

Instabilidade no Facebook e Instagram custou R$ 16,7 bilhões a Mark Zuckerberg

Na manhã desta terça-feira, 5, milhões de usuários em todo o mundo enfrentaram dificuldades ao tentar acessar as redes sociais Facebook, Instagram e WhatsApp Business, todas gerenciadas pela Meta. A instabilidade teve início por volta das 12 horas (horário de Brasília) e persistiu por cerca de duas horas, sendo normalizada no início da tarde.

O período de indisponibilidade representou uma potencial perda financeira de US$ 3,38 bilhões (R$ 16,7 bilhões) para Mark Zuckerberg, fundador e CEO da empresa. Com cerca de 13% do capital da Meta, Zuckerberg possui um patrimônio estimado em US$ 171,7 bilhões (R$ 851,6 bilhões), conforme listado pela Forbes, ocupando a quarta posição entre as pessoas mais ricas do mundo. Apesar do contratempo, sua posição na lista não foi ameaçada, mantendo uma diferença de US$ 33,8 bilhões (R$ 167,7 bilhões) em relação ao quinto colocado, Larry Ellison, fundador da Oracle.

Instagram e Facebook enfrentam instabilidade e ficam fora do ar

Nesta terça-feira, 5, milhares de usuários do Instagram e do Facebook se depararam com dificuldades de acesso às redes sociais mais populares do mundo. Relatos de instabilidade surgiram em grande número, conforme registros do site Downdetector, que apontou mais de 8 mil reclamações de usuários brasileiros somente para o Instagram, e mais de 14 mil para o Facebook.

A situação não se restringe apenas ao Brasil. Outros países também enfrentam problemas semelhantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Facebook registrou mais de 200 mil reclamações, enquanto o Instagram teve mais de 40 mil, evidenciando uma interrupção significativa nos serviços das plataformas.