Olimpíadas de Paris: Brasil cai em ouros, mas faz sua segunda melhor campanha em número de pódios; Veja tabela de medalhas

O Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas de Paris no último sábado (10), um dia antes do dia final oficial do evento. Com uma performance que incluiu três medalhas de ouro, sete de prata e dez de bronze, o país alcançou um total de 20 pódios, o segundo maior número da sua história, embora o total de medalhas tenha sido inferior ao recorde de 21 obtido em Tóquio.

Antes dos Jogos Olímpicos, a expectativa era superar o recorde de medalhas, que se manteve em 21 desde Tóquio, com uma projeção otimista de 22 pódios. No entanto, o Brasil não conseguiu igualar o recorde de sete ouros obtidos nas últimas duas edições dos Jogos. A projeção inicial era de cinco títulos, e o país acabou conquistando apenas três, ficando distante do recorde histórico.

Um dos destaques positivos para a delegação brasileira foi a performance das mulheres, que conquistaram 12 das 20 medalhas, superando pela primeira vez os homens no total de medalhas. Esse resultado já era esperado com base no desempenho das atletas durante o ciclo olímpico.

TABELA DE MEDALHAS BRASIL:

OURO: 3

  • Bia Souza, judô
  • Rebeca Andrade, ginástica artística -solo-
  • Ana Patrícia e Duda, vôlei de praia.

PRATA: 7

  • Rebeca Andrade, ginástica artística -individual geral-
  • Rebeca Andrade, ginástica artística -salto-
  • Caio Bonfim, marcha atlética de 20Km
  • Wilian Lima, judô
  • Isaquias Queiroz, canoagem
  • Futebol feminino
  • Tatiana Weston-Webb, surfe

BRONZE: 10

  • Rayssa Leal, skate street
  • Larissa Pimenta, judô
  • Ginástica artística por equipes – Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira
  • Equipes mistas, judô
  • Alisson dos Santos (Piu), atletismo
  • Gabriel Medina, surfe
  • Augusto Akio, skate park
  • Vôlei feminino
  • Bia Ferreira, boxe
  • Edival Pontes, Taekwondo

Rebeca Andrade é ouro no solo e se torna a maior medalhista olímpica do Brasil

A despedida de Rebeca Andrade das Olimpíadas de Paris foi marcante. Nesta segunda-feira (05), a ginasta paulista brilhou ao conquistar a medalha de ouro na prova de solo, alcançando seu quarto pódio na capital francesa. Com esta conquista, Rebeca chegou à sexta medalha olímpica, tornando-se a atleta brasileira mais premiada da história dos Jogos, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, com quem estava empatada.

Rebeca obteve uma nota de 14.166 em sua apresentação, superando a favorita Simone Biles, que marcou 14.133, após sofrer duas penalidades por pisar fora do tablado. Apesar do pequeno deslize, Biles garantiu a medalha de prata. Jordan Chiles, também dos Estados Unidos, completou o pódio com uma nota de 13.766.

A brasileira foi a segunda a se apresentar, ao som de “End of Time” de Beyoncé e “Movimento da Sanfoninha” de Anitta. Ela recebeu 8.266 pela execução da série e 5.900 pela dificuldade das acrobacias. Apesar da comissão técnica ter solicitado a revisão da nota de dificuldade, o pedido foi negado. A pontuação total de Rebeca (14.166) foi superior à do individual geral (14.033) e da classificatória (13.900), mas um pouco abaixo da nota obtida na competição por equipes (14.200).

A expectativa agora se voltava para Simone Biles, que apresentou a série mais complexa da final, com uma nota de dificuldade de 6.900. No entanto, duas acrobacias fora do tablado reduziram sua nota de execução (7.833) e resultaram em uma penalidade de 0.6. Rebeca teve que esperar pelas apresentações da romena Sabrina Maneca-Voinea e de Jordan Chiles antes de poder celebrar sua vitória no solo.

Este foi o primeiro ouro de Rebeca em Paris. Ela já havia conquistado a prata no individual geral e no salto, além do bronze na competição por equipes. Nas finais em que participou, a única prova em que não subiu ao pódio foi na trave, onde ficou em quarto lugar.

Foto: Reuters

Intersexo: entenda condição de atleta que compete nas Olimpíadas

Imane Khelif, atleta da Argélia que participou dos Jogos Olímpicos de Paris e venceu a italiana Angela Carini no boxe, é uma pessoa intersexo. No entanto, vem sendo alvo de desinformação nas redes, com posts que alegam que é, na verdade, transgênero.

O QUE É SER INTERSEXO?

Intersexo é uma condição em que a pessoa possui órgãos genitais femininos e cromossomos sexuais masculinos (XY).

A condição intersexo é diferente de ser transgênero. Enquanto uma pessoa transgênero não se identifica com o sexo atribuído ao nascimento, Imane Khelif nasceu com órgãos femininos, mas com cromossomos e níveis hormonais típicos do corpo masculino.

Segundo a Abrai e o Escritório do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), pessoas intersexo possuem características sexuais inatas que podem não corresponder aos padrões médicos ou sociais esperados para o sexo masculino ou feminino.

Essas características podem incluir variações nos cromossomos, órgãos genitais e níveis hormonais. Algumas pessoas intersexo apresentam essas características desde o nascimento, enquanto outras só as revelam na puberdade ou em estágios mais avançados da vida. Estima-se que entre 0,05% e 1,7% da população mundial seja intersexo, o que representa até 3,5 milhões de pessoas no Brasil.

Essas pessoas podem ter alterações hormonais, genitais ambíguos e diferenças anatômicas, ou mesmo um código genético diferente do padrão típico. Por exemplo, uma pessoa pode ter um corpo fisicamente feminino, mas um código genético XY, o que pode impactar o desenvolvimento e a produção hormonal.

De acordo com o comitê olímpico, ela está apta a competir na categoria feminina devido à sua identidade de gênero.

OLIMPÍADAS: Brasil leva 1° ouro na edição; veja tabela de medalhas atualizada

Aos 26 anos e fazendo sua estreia nos Jogos Olímpicos, Beatriz Souza conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil em Paris, um feito carregado de significado. A vitória veio das mãos de uma mulher na edição com o maior número de atletas femininas na delegação brasileira, e no esporte que tradicionalmente mais traz medalhas para o país: o judô. Além disso, Bia se tornou a primeira brasileira a ganhar uma medalha de ouro individual em sua estreia olímpica.

Para alcançar o topo do pódio na categoria +78kg, Bia venceu quatro combates. Na final, ela derrotou a israelense Raz Hershko, número 2 do ranking mundial, com um waza-ari. Ao término da luta, Bia caiu de joelhos no tatame, emocionada, e exclamou em voz alta: “Eu sou campeã olímpica”.

“É inexplicável. É uma das melhores coisas do mundo. Eu consegui. Deu certo, mãe. Eu consegui. Eu consegui. Foi pela avó. É para a avó, mãe. Eu amo vocês mais do que tudo. Eu amo vocês. Obrigada”, resumiu Bia Souza sobre a sensação de ser campeã olímpica.

O BRASIL AGORA SOMA:

OURO: 1 (Bia Souza, judô)

PRATA: 3 (Rebeca Andrade, ginástica artística -individual geral- ) (Caio Bonfim, marcha atlética de 20Km) (Wilian Lima, judô)

BRONZE: 3 (Rayssa Leal, skate street) (Larissa Pimenta, judô) (Ginástica artística por equipes – Rebeca Andrade, Flávia Saraiva, Jade Barbosa, Júlia Soares e Lorrane Oliveira).

Saiba mais sobre tumor que afetou a esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen nas Olimpíadas de Paris

Os tumores nas costas, que podem afetar tanto a região torácica quanto o cóccix, representam uma preocupação significativa para a saúde. Independentemente de serem benignos ou malignos, esses tumores podem causar uma variedade de sintomas que afetam a qualidade de vida dos pacientes.

Um exemplo recente é o caso da esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen, que foi forçada a se retirar das Olimpíadas de Paris devido a fortes dores causadas por um tumor no cóccix. Em seu duelo de estreia, ela passou mal durante a última rodada, pediu atendimento, mas não aguentou e perdeu a prova, visivelmente tomada pelas fortes dores causadas pelo tumor.

A atleta, inicialmente hospitalizada por conta de uma crise de lombalgia, foi diagnosticada com um tumor benigno na região do cóccix dias antes da sua estreia na competição. Segundo a oncologista Marília Takahashi, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), os tumores benignos são lesões causadas pelo crescimento descontrolado de nossas células. “Ao contrário de um tumor maligno, [o tumor benigno] não tem capacidade de invadir os tecidos próximos ou de se espalhar para outras partes do corpo. Mas, apesar de benignos, podem trazer risco à saúde dependendo de sua localização”, explica a médica.

SINTOMAS E TRATAMENTO

Os tumores no cóccix podem ter diversas origens e formas, e muitas vezes a causa exata não é clara. De acordo com a Dra. Takahashi, fatores de risco incluem anormalidades genéticas, traumas, irritação crônica, infecções, má formação e doenças ósseas como a Doença de Paget. Esses tumores, frequentemente chamados de condromas, podem causar dores persistentes, inchaços, dormência nas áreas próximas e dificuldades de movimento devido ao desconforto.

O tratamento dos tumores no cóccix é personalizado e depende de vários fatores, incluindo o tipo e a natureza do tumor (benigno ou maligno), seu tamanho, localização, si

ntomas e o estado geral de saúde do paciente. “Cada caso deve ser avaliado individualmente, mas as possíveis modalidades de tratamento incluem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia”, finaliza a médica.

Nathalie Moellhausen passou por cirurgia nesta quarta-feira (31) e teve o tumor no cóccix retirado. A operação foi feita no Lariboisière Hspital AP-HP, hospital público em Paris.

Quanto Rayssa Leal recebeu pela medalha nas Olimpíadas de Paris? Confira os valores

Rayssa Leal garantiu a medalha de bronze no skate street feminino na final realizada no último domingo (28). Esta é a segunda medalha olímpica de sua carreira, juntando-se à prata conquistada em Tóquio.

Em Paris, a jovem ‘Fadinha’ ganhou uma medalha de bronze que representa uma recompensa significativa. Com um aumento de 40% em relação aos Jogos Olímpicos anteriores, a medalha de bronze em Paris 2024 tem um valor de R$ 140 mil.

Confira os valores das premiações em dinheiro para as medalhas de ouro, prata e bronze nos esportes individuais nas Olimpíadas de Paris:

  • Medalha de Ouro: R$ 350 mil
  • Medalha de Prata: R$ 210 mil
  • Medalha de Bronze: R$ 140 mil (conquistada por Rayssa)

Comparando com os valores das Olimpíadas de Tóquio:

  • Medalha de Ouro: R$ 250 mil
  • Medalha de Prata: R$ 150 mil (conquistada por Rayssa)
  • Medalha de Bronze: R$ 100 mil

FIM DE SEMANA RECHEADO: Veja programação do Brasil nas Olimpíadas neste fim de semana

Os Jogos Olímpicos de Paris têm início oficial nesta sexta-feira (26), marcando o começo de um dos maiores eventos esportivos globais. Até o dia 11 de agosto, atletas de várias partes do mundo irão competir em diversas modalidades para definir quem se destaca em suas especialidades.

A delegação brasileira está particularmente forte este ano, com 276 atletas competindo em 39 modalidades, incluindo o futebol feminino, que iniciou sua participação com uma vitória sobre a Nigéria.

VEJA A PROGRAMAÇÃO DAS PRINCIPAIS MODALIDADES QUE ACONTECEM NESTE FIM DE SEMANA

Sábado (27)

5h – Judô masculino e feminino

6h – Ginástica artística masculina

6h – Natação feminino e masculino

7h – Skate street masculino

7h – Tênis simples

8h – Vôlei masculino: Itália x Brasil

9h30 – Ciclismo feminino

10h – Tênis de mesa masculino e feminino

11h – Judô masculino e feminino: ouro

11h30 – Ciclismo masculino

12h – Skate street masculino: final

12h15 – Basquete masculino: França x Brasil

14h – Surfe masculino

14h – Vôlei de praia masculino

15h40 – Natação feminino e masculino: finais

18h40 – Surfe feminino

Domingo (28)

4h – Handebol feminino: Brasil x Hungria

4h30 – Ginástica artística feminina

5h – Judô masculino e feminino

5h – Tênis de mesa masculino e feminino

6h – Natação

6h – Vôlei de praia feminino

7h – Skate street feminino

7h – Tênis simples masculino e feminino

11h – Vôlei de praia feminino

11h – Judô masculino e feminino: ouro

12h – Futebol feminino: Brasil x Japão

12h – Skate street feminino: final

14h – Surfe feminino

16h – Vôlei de praia masculino

18h40 – Surfe masculino

IMPORTANTE: As datas das competições de Skate street podem ser alteradas por causa das chuvas que molharam as pistas.

Quem vai se apresentar na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris 2024? Saiba tudo sobre o evento

Na próxima sexta-feira (26), a Olimpíada viverá um momento histórico: pela primeira vez, uma cerimônia de abertura será realizada fora de um estádio. Acontecerá no rio Sena, que corta Paris, às 14h (horário de Brasília).

O desfile das delegações contará com barcos, percorrendo 6 quilômetros pelo Sena e cortando o centro de Paris. Câmeras serão espalhadas nas embarcações de cada nação para a transmissão do evento nos 80 telões que ficarão posicionados no local.

APRESENTAÇÃO

O anúncio de que Céline Dion se apresentará na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 gerou grande entusiasmo na França. A cantora canadense, que enfrenta uma doença incurável, deverá interpretar a clássica canção “L’Hymne à l’Amour”, de Edith Piaf, conforme revelou um jornal local. Além de Dion, a cerimônia contará com performances de outras estrelas, como Lady Gaga, embora o comitê organizador mantenha os detalhes em sigilo.

À véspera do evento inaugural dos Jogos, a França está em alta expectativa. Apesar do mistério em torno da cerimônia, algumas informações vazaram, revelando possíveis artistas que se apresentarão.

O diário “Le Parisien” questiona: “Quem vai se apresentar na sexta-feira à noite?” e menciona nomes como Lady Gaga, Aya Nakamura e Juliette Armanet. No entanto, a confirmação de que Céline Dion estará presente é amplamente esperada. O jornal destaca que a artista chegou a Paris na terça-feira (23) e se prepara para sua primeira performance em quatro anos, após cancelar sua última turnê devido a problemas de saúde. Dion deve cantar a icônica “L’Hymne à l’Amour”, um gesto de apoio à França que ela já havia feito após os ataques de Paris em 2015.

O “Le Figaro” também confirma a presença de Dion, descrevendo a cerimônia de abertura como “um evento global” onde a cantora se apresentará ao pôr do sol em frente à Torre Eiffel. O jornal ressalta que o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos não comenta sobre os detalhes do evento.

De acordo com o “Le Figaro“, os artistas envolvidos assinaram acordos de confidencialidade, sob pena de uma multa de €250 mil se revelarem informações sobre o evento. O jornal “Les Echos” compartilha o entusiasmo, mencionando que Céline Dion expressou recentemente seu desejo de ver novamente a Torre Eiffel. Apesar de sua luta contra a Síndrome da Pessoa Rígida, a publicação garante que a artista mantém seu brilho: “Chegou a hora de acender a chama”, conclui.

Raí participará do revezamento da tocha olímpica dos jogos de Paris 2024

Raí, ex-jogador revelado pelo Botafogo de Ribeirão Preto, foi escolhido para carregar a tocha olímpica dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O anúncio foi feito por Raí em suas redes sociais na manhã desta quarta-feira (12), após ele ter recebido o convite oficial.

Raí, que jogou pelo Paris Saint-Germain e vive na França desde 1993, caminhará 200 metros com a tocha olímpica em Versalhes no dia 23 de julho, três dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos. Este percurso faz parte da reta final do revezamento que levará a tocha a Paris.

O ex-atleta expressou sua gratidão e orgulho pela oportunidade de participar de um momento tão simbólico na realização dos Jogos Olímpicos em Paris. Ele destacou sua profunda conexão com a França e o Brasil, refletida em sua carreira e vida pessoal.

Milton Leite sairá da Globo após as Olimpíadas de Paris

Após quase duas décadas de atuação no Grupo Globo, o renomado narrador esportivo Milton Leite anunciou sua saída da emissora após os Jogos Olímpicos de Paris, em agosto. A decisão, segundo a empresa, partiu do próprio narrador, que busca dedicar mais tempo à família e reduzir seus compromissos profissionais.

“Desde o ano passado, venho conversando com minha esposa sobre a possibilidade de diminuir um pouco o ritmo. O primeiro passo que tomamos foi retornar a morar em Jundiaí, após 30 anos em São Paulo, para ficarmos mais próximos da nossa família”, afirmou Milton em comunicado enviado pela emissora.

Os rumores sobre a saída de Milton Leite aumentaram em 2023, com a contratação de Paulo Andrade, ex-ESPN. Milton ingressou no Grupo Globo em 2005, integrando as transmissões de futebol no Sportv e no Premiere. Sua trajetória incluiu a cobertura de cinco Copas do Mundo e grandes conquistas brasileiras nas Olimpíadas, como o ouro de Cesar Cielo na natação.