Estado de SP registra 16 incêndios ativos nesta quinta-feira; confira as cidades

De acordo com a Defesa Civil, o estado de São Paulo enfrenta 16 incêndios ativos nesta quinta-feira (03). Na região de Ribeirão Preto, há três focos de incêndio em andamento, incluindo um na Reserva de Jataí, em Luís Antônio.

Para combater as chamas, estão mobilizados nove aviões e oito helicópteros em todo o estado. Desde a noite da quarta-feira (02), a fumaça das queimadas tem afetado a visibilidade em Ribeirão Preto.

CIDADES COM INCÊNDIOS ATIVOS:

  1. Pirapora do Bom Jesus
  2. São Luiz do Paraitinga
  3. São José dos Campos (São Francisco Xavier) – 1 aeronave de asa rotativa
  4. Campos do Jordão
  5. Luís Antônio – 1 aeronave de asa rotativa e 2 aeronaves de asa fixa
  6. São Simão – 3 aeronaves de asa fixa
  7. Guararapes – 2 aeronaves de asa fixa
  8. Bebedouro – 1 aeronave de asa rotativa
  9. Nazaré Paulista – 1 aeronave de asa rotativa
  10. Serra Negra / Monte Alegre do Sul
  11. Piracaia
  12. Itatiba
  13. Amparo/Pedreira – 1 aeronave de asa rotativa
  14. Salmourão/Osvaldo Cruz – 2 aeronaves de asa rotativa e 2 de asa fixa
  15. Botucatu – 1 aeronave de asa rotativa
  16. Jaú

Governo de SP inicia testes com produto que apaga fogo 5 vezes mais rápido que uso de água

O Governo de São Paulo deu início a testes com uma nova substância que combate incêndios florestais até cinco vezes mais rápido do que a água. Além de extinguir o fogo de maneira mais eficiente, o produto tem um efeito retardante, prevenindo o reacendimento em áreas já controladas.

Durante testes realizados pela Defesa Civil em ambiente controlado, o produto conseguiu apagar um foco de incêndio em apenas 1 minuto e 40 segundos, enquanto a água levou cerca de 5 minutos para realizar a mesma tarefa. A substância, de coloração vermelha, também foi testada em um incêndio real na região de Ribeirão Preto, no início de setembro, com resultados considerados positivos.

De acordo com a Defesa Civil, o uso do produto pode reduzir em até 60% os custos operacionais com aeronaves utilizadas no combate a grandes incêndios, já que o tempo de controle das chamas é significativamente menor comparado ao uso de água.

O produto, de origem nacional, é normalmente utilizado como fertilizante agrícola. Segundo o fabricante, ele é seguro para o meio ambiente, não causando danos às plantas, microbiomas do solo, águas naturais ou resíduos orgânicos, e também é atóxico para humanos e animais.

A expectativa é de que o produto seja empregado em situações críticas, como os grandes incêndios que recentemente atingiram áreas urbanas e reservas florestais no estado. Seu uso será direcionado para incêndios que ameaçam residências, cobrem grandes áreas ou colocam em risco as reservas naturais de São Paulo, seguindo critérios pré-estabelecidos pelas autoridades.

Fonte: Agência SP

Incêndios em agosto consomem área equivalente a 460 mil campos de futebol em um único dia, revela Canaoeste

Em um único dia de agosto, uma área equivalente a 460 mil campos de futebol foi devastada por incêndios em São Paulo, segundo a Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste). O evento, ocorrido em 23 de agosto, foi marcado pela combinação crítica de baixa umidade, ventos fortes e altas temperaturas, resultando em um dos piores meses de incêndios da história do estado.

Esse dia específico se destacou, pois quase metade das vegetações e plantações afetadas em agosto foi queimada, totalizando cerca de 328,2 mil hectares. A situação provocou o fechamento de rodovias, quedas de energia, pânico entre moradores e até a suspensão de eventos esportivos. O acúmulo de fumaça resultou em um aumento na demanda por atendimentos médicos devido a problemas respiratórios.

De acordo com Olivaldi Azevedo, consultor ambiental da GMG Ambiental, esse fenômeno foi intensificado pelas condições meteorológicas extremas. Ele se refere a essa combinação como “triplo 30”, onde a umidade relativa do ar está abaixo de 30%, as temperaturas superam os 30 graus e os ventos ultrapassam os 30 km/h. No dia 23, a umidade caiu para apenas 10%, as temperaturas atingiram médias de 35ºC e os ventos chegaram a 40 km/h.

O mês de agosto registrou 658,6 mil hectares queimados, a maior área desde 2012. A Canaoeste reportou mais de 11,6 mil focos de incêndio detectados por satélites, o que representa um aumento significativo em comparação ao ano anterior e um recorde para o período. Os municípios mais afetados foram Pitangueiras, Sertãozinho e Altinópolis, com canaviais sendo as áreas mais atingidas.

O agravamento da situação em agosto serve como um alerta para a necessidade de preparação e gestão de riscos por parte das autoridades e empresas. Azevedo enfatiza que agosto tende a ser um mês propenso a esses eventos climáticos extremos e que é crucial estar atento a essa realidade:

“Os meses de agosto são mais propícios a esse tipo de fenômeno meteorológico, então o que precisa acontecer é ficar mais atento daqui em diante. Se essa vai ser a tônica, se isso vai acontecer daqui pra frente todos os agostos, a gente não sabe ainda, mas a gente precisa ficar atento.”

Fonte: g1

Rodovia Anhanguera volta a ser interditada por fumaça na região de Ribeirão

A rodovia Anhanguera foi novamente interditada na tarde desta quinta-feira (19) devido à intensa fumaça que afetou ambos os sentidos da pista. A concessionária Entrevias, responsável pelo trecho, informou que a interdição ocorreu nos quilômetros 424, em Buritizal (sentido Minas Gerais), e 429, em Aramina (sentido Ribeirão Preto). A pista foi liberada por volta das 13h.

O risco de incêndios continua elevado em grande parte do interior de São Paulo, incluindo a região de Ribeirão Preto, com a Climatempo apontando a cor roxa, que indica emergência, como o nível mais crítico na escala de perigo.

As condições climáticas permanecem estáveis, sem previsão de chuva para Ribeirão Preto, e a umidade relativa do ar pode cair para entre 21% e 30% durante a tarde, agravando o risco de incêndios.

Internações por doenças respiratórias aumentam quase 28%

Levantamento feito em 27 hospitais públicos e filantrópicos do país mostra que, de janeiro a agosto, as internações causadas por doenças respiratórias aumentaram 27,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em valores, as internações custaram, em 2024, R$ 11 milhões a mais do que o registrado no mesmo período de 2023. Os dados são da Planisa, empresa de gestão hospitalar.

“O aumento nos custos hospitalares é significativo, indicando um impacto econômico considerável para os hospitais. O valor estimado de R$ 11 milhões reflete a pressão financeira adicional que os hospitais enfrentam devido ao aumento das internações e ao aumento nos custos diários de tratamento”, destacou o especialista em gestão de custos hospitalares e diretor de Serviços da Planisa, Marcelo Carnielo.

De acordo com o diretor, para administrar o número maior de pacientes e a elevação dos custos operacionais, os hospitais terão de investir em estratégias de prevenção, como incentivar a vacinação contra doenças respiratórias e doenças sazonais cujo aumento da incidência pode estar relacionado a condições climáticas adversas.

“[Os hospitais deverão] adaptar o planejamento para lidar com picos sazonais e eventos climáticos extremos, como otimizar a alocação de leitos, pessoal e outros recursos, além de revisar e atualizar continuamente os protocolos e práticas hospitalares”, acrescentou.

Fonte: Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil

Prejuízo com fogo passa de R$ 2 bi em São Paulo

Os prejuízos causados por incêndios em São Paulo já ultrapassam os R$ 2 bilhões, afetando principalmente os produtores de cana-de-açúcar. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cerca de 900 mil hectares de áreas agrícolas e pecuárias foram queimadas, além de 1,4 milhão de hectares de pastagens e um milhão de hectares de florestas.

O governo de São Paulo aplicou mais de R$ 25 milhões em multas relacionadas a queimadas criminosas em 2024. Entre janeiro e setembro, a Operação SP Sem Fogo atendeu a 2.392 ocorrências, vistoriando 2.159 focos de incêndio. No total, 420 autos de infração foram emitidos, afetando 107 mil hectares, o equivalente a 115 mil campos de futebol.

Até o momento, 23 pessoas foram presas por suspeita de iniciar intencionalmente os incêndios, com as primeiras prisões ocorrendo em agosto. As investigações não indicam, até agora, uma correlação entre os detidos, diferentemente do que foi observado em outras regiões do Brasil, como no Centro-Oeste e no Norte.

Mais de 8 mil propriedades rurais foram atingidas pelo fogo em 317 municípios paulistas. Apesar da redução nos focos ativos, as autoridades mantêm o alerta para novas queimadas, especialmente devido à seca prolongada, altas temperaturas e baixa umidade do ar.

A região de Ribeirão Preto continua em situação crítica, com a primeira morte registrada por incêndios florestais em setembro.

Dados do Inpe apontam que Altinópolis lidera os focos de incêndio no estado, com 127 registros, seguida por outras cidades da região de Ribeirão Preto, como Pitangueiras e Morro Agudo. A Polícia Ambiental intensificou as ações de fiscalização com o uso de viaturas e PMs, em um esforço para identificar e punir os responsáveis.

A Fundação Florestal também reforçou a proteção de áreas de conservação, como a Estação Ecológica de Ribeirão Preto, para prevenir novos focos de incêndio. Segundo a Defesa Civil, a maior parte dos incêndios é causada por ação humana, exigindo medidas de conscientização e punição rigorosa.

Tempo seco, incêndios e chuva preta devem persistir por mais três meses

O Brasil está passando por uma seca histórica que já atinge 1.400 cidades em nível extremo ou severo. Para os próximos dias, a chegada de uma frente fria deve amenizar o tempo seco e trazer alívio durante a semana, com possibilidade de chuva entre domingo (15/09) e segunda-feira (16/09). Contudo, a partir de 23 de setembro, a expectativa é que o país volte ao cenário atual.

O meteorologista Carlos Raupp, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP) e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP), explica que a previsão climática sazonal para os próximos três meses indica persistência do atual cenário de baixa umidade e altas temperaturas nas regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste.

“As chuvas ficarão concentradas no Sul do País e o tempo mais seco na maior parte do Brasil”, diz.

Segundo o meteorologista, o país ainda está sendo impactado com o fim do fenômeno El Niño.

“Tivemos uma atuação do fenômeno desde o ano passado até o primeiro semestre de 2024, com um período muito seco, chuvas abaixo do normal nas regiões Norte e Centro-Oeste, e chuvas intensas no Sul. A situação atmosférica está respondendo ao término do El Niño, então, há um bloqueio atmosférico, um sistema de alta pressão que inibe a formação de chuvas e impede a passagem de frentes frias, que não conseguem chegar nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Isso leva a altas temperaturas e a não ocorrência de chuvas”, complementa.

Além disso, a maior incidência da radiação solar e a falta de formação de nuvens geram essa onda de calor. “O cenário favorece a propagação de incêndios e a concentração de poluentes próximos à superfície. Nesse sistema de alta pressão, a atmosfera fica bastante estável e essa estabilidade desfavorece a dispersão vertical dos poluentes que tem fonte local, como os incêndios no interior do Estado e a poluição com emissão veicular e de indústrias na Região Metropolitana de São Paulo”, acrescenta o meteorologista.

A capital paulista fica mais cinza porque o bloqueio atmosférico impede que os poluentes se dispersem na vertical e fiquem concentrados na baixa troposfera. “O que leva também ao agravamento da qualidade do ar. Outro aspecto para essa concentração de poluentes é o transporte dessas fumaças que vêm das queimadas de biomassa na Amazônia. Tudo isso faz com que as condições da qualidade do ar sejam 30 vezes maiores do que o razoável para a saúde humana”, observa.

Rios voadores e chuva preta

“Temos esses jatos de baixos níveis, que são um escoamento que vêm do Norte do Brasil e chegam até aqui, na região Sudeste. Também são conhecidos como rios voadores ou rios atmosféricos, que trazem esses materiais particulados da Amazônia para cá, agravando o cenário atual da alta concentração de poluentes, que já é corroborada pela própria atuação do bloqueio atmosférico afetando a região de São Paulo”, detalha.

Com a fuligem transportada por esses corredores de umidade, o material particulado afeta a formação de nuvens, pois age como núcleo de condensação. “Esses materiais acabam agindo na nucleação das gotas de chuva, o que acaba gerando essa chuva preta”, aponta.

Apesar da mudança de tempo prevista para os próximos dias, o meteorologista alerta que eventos como esses continuarão a ser registrados.

Incêndios na região de Ribeirão provocam interdição de rodovia; Inmet emite alerta vermelho

A rodovia Altino Arantes foi novamente interditada na tarde desta quinta-feira (12) devido a incêndios que atingem áreas próximas à estrada. De acordo com a Defesa Civil, o bloqueio ocorre entre os quilômetros 073 e 080, no trecho de Sales Oliveira, região de Ribeirão Preto.

Os motoristas que seguem no sentido Leste podem utilizar a SP 355/330 como rota alternativa, enquanto não há desvios disponíveis para quem trafega no sentido Oeste.

ALERTA VERMELHO

A região de Ribeirão Preto está sob alerta vermelho, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), devido à onda de calor e à baixa umidade, que deve persistir até sexta-feira (13).

Defesa Civil de SP estende alerta de risco elevado para incêndios com previsão de temperaturas de até 39°C 

A Defesa Civil do Estado de São Paulo, por meio do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), prorrogou até sábado (14) o alerta de risco elevado para incêndios em todo o estado. A ferramenta Mapa de Risco, utilizada para monitorar queimadas em vegetação durante a seca, aponta risco máximo em grande parte do território paulista.

Nos próximos dias, o estado enfrentará condições de tempo seco e estável, sem previsão de chuvas, com temperaturas em elevação, gerando sensação de calor intenso e ar abafado. A umidade relativa do ar (URA) deve cair significativamente, especialmente à tarde, elevando o risco de incêndios em áreas de vegetação seca, com exceção da região litorânea.

PREVISÃO DO TEMPO

Nas regiões de Campinas, Sorocaba, Araraquara e Bauru, as temperaturas podem atingir 34°C, com umidade abaixo de 25%. Em Franca, Barretos e Ribeirão Preto, espera-se até 36°C, com umidade abaixo de 25%.

As temperaturas podem alcançar 33°C na Região Metropolitana de São Paulo, com URA abaixo de 35%. Em São José do Rio Preto e Araçatuba, os termômetros devem marcar até 38°C, com umidade inferior a 20%. Já em Presidente Prudente e Marília, a máxima pode chegar a 39°C, com URA abaixo de 25%.

RECOMENDAÇÕES PARA A POPULAÇÃO

Diante dessas condições, a população deve tomar medidas preventivas, como manter-se hidratada, evitar exposição prolongada ao sol e suspender atividades físicas ao ar livre nos horários de maior calor. O uso de soro fisiológico nos olhos e nariz também é recomendado.

A Defesa Civil do Estado, em conjunto com as Defesas Civis Municipais, intensifica as ações preventivas, como vistorias em áreas de maior risco, construção de aceiros e campanhas de conscientização.

COMBATE AOS INCÊNDIOS

O gabinete de crise continua mobilizado para combater focos de incêndio em São Paulo. Até a última terça-feira (10), o CGE registrava 10 focos de incêndio em todo o estado.

Fonte: Agência SP

Mudanças climáticas podem reduzir a produção de cana-de-açúcar em até 20%

Um estudo do Laboratório Nacional de Biorrenováveis, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), indica que a produção de cana-de-açúcar no Brasil pode cair até 20% nos próximos dez anos devido às mudanças climáticas. Esse impacto também afetará o mercado de etanol e o setor de biocombustíveis no país, que é o maior produtor e consumidor global de biocombustíveis.

O estudo foi conduzido com base em dados climáticos históricos e simulações agroclimáticas para a região Centro-Sul do Brasil, que inclui São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esses estados são responsáveis ​​por 90% da produção nacional de cana.

A pesquisa destaca que a principal ameaça para a cana-de-açúcar será a redução na quantidade e frequência das chuvas, que supera o efeito das temperaturas mais altas.

O engenheiro agrícola Gabriel Petrielli, principal responsável pelo estudo, alerta que a queda na produção pode levar a uma perda significativa de receita para o setor. Estima-se que a redução na produtividade pode diminuir a receita de CBIOs em até US$ 1,9 milhão por bilhão de litros de etanol produzido, resultando em uma perda anual de cerca de US$ 60 milhões.

Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma redução de 3,8% na safra de cana 2024/2025 devido aos baixos índices de especificação e às altas temperaturas.

Dados recentes mostram um aumento de 8,57% na moagem de cana na região Centro-Sul em comparação com o mesmo período do ciclo anterior.

Os incêndios também agravaram a situação. Entre 21 e 25 de agosto, cerca de 80 mil hectares de cana foram destruídos no estado de São Paulo, e, até 4 de setembro, mais de 100 mil hectares foram queimados, resultando em um prejuízo estimado em mais de R$ 800 milhões.

A previsão para a safra de cana-de-açúcar 2024/2025 é de 689,8 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 3,3% em relação ao ciclo anterior. Embora o número de hectares destinados à colheita tenha aumentado 3,5%, o desempenho das lavouras está aquém do esperado.