A tecnologia tem desempenhado um papel cada vez mais relevante na saúde mental no Brasil. Plataformas digitais conectam diretamente psicólogos registrados a pessoas em busca de terapia online ou presencial, promovendo uma nova era de acessibilidade ao cuidado psicológico.
A Conselho Federal de Psicologia (CFP) regulamentou esse cenário com a Resolução nº 9/2024, que estabelece diretrizes claras para o atendimento remoto. A norma reforça a importância de preservar dados sensíveis, garantir o consentimento informado e respeitar a autonomia dos pacientes, alinhando o digital à ética profissional.
Uma das plataformas que exemplifica essa mudança é a Mindee, que conecta pacientes a profissionais com registro ativo (CRP) sem intermediar as sessões. A empresa afirma não armazenar dados sensíveis, o que aumenta a segurança do processo e fortalece o cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
De acordo com especialistas, a junção entre tecnologia, ética e inclusão representa uma resposta às demandas crescentes de cuidado psicológico, especialmente em regiões onde o acesso tradicional é limitado. Essa integração permite que o vínculo entre terapeuta e paciente se inicie e mantenha com mais flexibilidade, conciliando atendimentos presenciais e remotos.
A tendência digital na saúde mental aponta para um futuro em que o atendimento não será apenas mais acessível — será também mais personalizado e contínuo. À medida que novas soluções surgem, a prioridade permanece: garantir que as inovações tecnológicas andem de mãos dadas com padrões éticos e de cuidado que protejam quem busca apoio emocional.


