Tesla surpreende e promete lançar protótipo de carro voador ainda em 2025

A Tesla pode estar prestes a dar um passo histórico na indústria da mobilidade. O CEO da companhia, Elon Musk, revelou que a empresa deve apresentar um protótipo de carro voador ainda em 2025, o que reacende o debate sobre o futuro dos transportes e a integração entre tecnologia automotiva e aeronáutica. A informação foi divulgada em entrevista recente, e desde então tem movimentado investidores e entusiastas da marca.

Segundo Musk, o modelo pode ser uma evolução do Tesla Roadster, esportivo elétrico já conhecido por seu desempenho e design futurista. O empresário afirmou que a nova versão deve incorporar sistemas de propulsão capazes de realizar decolagens verticais curtas, embora tenha ressaltado que ainda não se trata de um “voo completo”. Mesmo assim, o executivo descreveu o projeto como “insano” e digno de um filme de ficção científica.

A Tesla já teria registrado patentes de tecnologias relacionadas à propulsão aérea e à estabilização do veículo em movimento vertical, o que reforça a seriedade da proposta. Apesar disso, Musk não divulgou detalhes sobre o cronograma de produção, valores ou autonomia do novo modelo. Ele destacou que o foco inicial é a segurança e a viabilidade do sistema, antes de pensar em comercialização.

Especialistas em mobilidade urbana consideram que o anúncio coloca a Tesla em uma posição de vanguarda no desenvolvimento de carros voadores e soluções de transporte aéreo pessoal, área que tem atraído investimentos bilionários de empresas em todo o mundo. Caso o protótipo realmente seja apresentado até o fim de 2025, a companhia pode inaugurar uma nova era na relação entre automóveis e aviação leve.

Mesmo com o entusiasmo do público, Elon Musk pediu cautela, lembrando que a tecnologia ainda está em fase experimental e depende de regulamentações complexas para operar em larga escala. Ainda assim, a promessa de um carro voador com a assinatura da Tesla mantém o mundo atento — e reacende o sonho de ver o futuro dos filmes de ficção científica se tornando realidade.

Mega-Sena acumula novamente e prêmio principal vai para R$ 48 milhões

Nenhum apostador acertou as seis dezenas do concurso 2.936 da Mega-Sena, realizado nesta terça-feira (4). O prêmio acumulou e está estimado em R$ 48 milhões para o próximo sorteio.

Os números sorteados foram: 04 – 07 – 09 – 15 – 29 – 32

  • 61 apostas acertaram cinco dezenas e irão receber R$ 34.125,04 cada
  • 5.298 apostas acertaram quatro dezenas e irão receber R$ 647,65 cada

Saúde mental: afastamentos dobram em dez anos e chegam a 440 mil

Em 2014, quase 203 mil brasileiros foram afastados do trabalho em razão de episódios depressivos, transtornos de ansiedade, reações a estresse grave e outras questões relacionadas à saúde mental.

Dez anos depois, em 2024, os números mais que duplicaram, passando para mais de 440 mil afastamentos em razão de transtornos mentais e comportamentais, recorde da série histórica.

Dados do Ministério da Previdência Social mostram que, na comparação com 2023, os números do ano passado impressionam – o aumento foi de quase 67%.

Causas

Boa parte dos afastamentos em 2024 foi em razão de transtornos de ansiedade (141.414), seguidos por episódios depressivos (113.604) e por transtorno depressivo recorrente (52.627).

Em seguida aparecem transtorno afetivo bipolar (51.314), transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de drogas e outras substâncias psicoativas (21.498) e reações ao estresse grave e transtornos de adaptação (20.873).

Também integram o rol de afastamentos por doença mental em 2024 casos de esquizofrenia (14.778), transtornos mentais e comportamentais decorrentes do uso de álcool (11.470) e uso de cocaína (6.873) e transtornos específicos da personalidade (5.982).

A título de comparação, em 2024, os afastamentos por transtornos de ansiedade, por exemplo, aumentaram mais de 400% em relação a 2014, quando somavam 32 mil. Já os afastamentos por episódios depressivos quase dobraram em uma década.

Análise

Para o professor de psicologia da Universidade Federal da Bahia e membro do Conselho Federal de Psicologia Antonio Virgílio Bittencourt Bastos, os números demonstram o que já vinha sendo monitorado por especialistas: uma crescente crise de saúde mental no Brasil.

“Os indicadores de adoecimento e de sofrimento psíquico extrapolam o mundo do trabalho. A crise de covid-19 nos trouxe essa pós-pandemia. Vivemos numa sociedade adoecida. Houve uma ruptura muito profunda da forma como vivíamos e vivemos, em certa medida, sequelas dessa experiência traumática.”

“Fora isso, a gente vive, na sociedade global, um contexto de mudanças muito profundas. Nos modos de interagir, na digitalização da vida, nos avanços tecnológicos que reestruturam toda a nossa dinâmica social. Esse conjunto de mudanças sociais, tecnológicas e econômicas geram um mundo muito mais inseguro e incerto”, completou.

Para o psicólogo, parte da crise de saúde mental advém de uma conjuntura maior, de reestruturação e de dinâmica acelerada de mudanças. 

“Há um processo em curso. Estamos no meio de um processo muito intenso de reestruturação da vida em sociedade e é natural, é esperado que as pessoas reajam a essas mudanças com dificuldades”.

“Sem dúvidas, a gente tem fatores mais específicos no contexto de trabalho”, disse. “Esse impacto da revolução tecnológica, reestruturando postos de trabalho, redefinindo modelos de gestão, precarizando o trabalho e fragilizando vínculos. Isso, de alguma forma, torna a situação no trabalho específica, em que essa crise assume proporções, tonalidades e características próprias.”

“Ao lado dessa dinâmica de transformação do mundo do trabalho e de mudanças drásticas, você também convive com modelos de gestão e práticas arcaicas, tradicionais. Temos uma cultura que favorece práticas mais autoritárias, que levam a maior quantidade de tensões e conflitos e relações interpessoais mais difíceis.”

Qualidade de vida

Segundo Bastos, em razão de todo esse contexto, manter a qualidade de vida se tornou um dos grandes desafios desse milênio. “Como construir um mundo mais sustentável, harmônico, um mundo em que as pessoas conseguem equilibrar vida familiar, vida pessoal. Isso tudo é um grande desafio”.

Para ele, a crise na saúde mental chama a atenção e mostra a importância de que o próprio estado assegure apoio e suporte por meio de programas e ações específicas, que não sejam de curto prazo. 

“Há soluções paliativas. Programas que não vão na raiz do problema. Você vê uma série de ações, projetos e programas desenvolvidos, mas que lidam com sintomas e consequências do problema. Não vão na raiz, no modelo de gestão, nos processos de trabalho.”

Bastos defende que haja mudanças profundas: “[é necessário] mexermos em profundidade na forma como o trabalho está organizado, na forma como as relações estão estabelecidas. Nossa preocupação é não imaginar que basta dar assistência psicológica e o problema será solucionado.”