Endividamento e inadimplência caem, cartão de crédito e carnê continuam como vilões

O percentual de famílias com dívidas atrasadas, a chamada inadimplência, caiu e atingiu 28,1% em fevereiro. É a quinta redução seguida desde setembro de 2023, quando o indicador estava em 30,2%, e o menor nível desde março de 2022 (27,8%). Os dados fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta sexta-feira (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Continua após a publicidadeA proporção de famílias endividadas – mas não necessariamente inadimplentes – também recuou, alcançando 77,9% em fevereiro. Em janeiro, era de 78,1%. Na comparação anual, a redução é ainda maior, contra os 78,3% de fevereiro de 2023.

De acordo com a CNC, a redução anual na proporção de endividados foi puxada pelas mulheres. Enquanto os homens mantiveram o patamar de 77,2% entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, as mulheres reduziram o indicador de 79,5% para 78,8%. Na comparação entre janeiro e fevereiro, a regressão foi de 0,2 ponto percentual.

“Isso é um sinal positivo, mostrando uma melhora do planejamento financeiro e do orçamento das famílias lideradas por mulheres, mostrando que as mulheres vêm se preparando para voltar para o mercado de consumo em 2024”, avalia o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

Projeção

Apesar de sempre haver preocupação com o alto nível de endividamento das famílias, a CNC destaca que “o crédito funciona como um incentivador do consumo, sendo uma renda a mais que pode ser utilizada pela população”. Porém, faz a ressalva de que “no momento em que as famílias não conseguem arcar com o pagamento de suas dívidas, o alto endividamento passa a ter viés negativo, o que não é percebido no momento”.

Projeções da CNC apontam que o nível de endividamento deve crescer nos próximos meses, chegando a 79,9% em dezembro de 2024. Já a proporção de famílias inadimplentes deve manter trajetória de queda, fechando o ano em 27,3%.

Tipo de dívida

A pesquisa mostra que a principal modalidade de dívida das famílias é o cartão de crédito (86,9%), seguida por carnês (15,8%), crédito pessoal (9,9%), financiamento da casa (8,7%) e do carro (8,6%) e crédito consignado (6%).

O tempo médio de comprometimento do orçamento é de sete meses; e o de atraso, 63,6 dias. De acordo com a CNC, as famílias brasileiras terminaram fevereiro com 30,4% da renda comprometida com dívidas.

A pesquisa coleta dados de 18 mil consumidores de todos os estados e do Distrito Federal.

Ribeirão Preto adota IPTU Digital para economizar recursos

No final de dezembro, os residentes de Ribeirão Preto começam a receber os carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para o próximo ano. A prefeitura, no entanto, oferece uma opção mais ágil e sustentável: o IPTU Digital. A ferramenta permite que os contribuintes recebam o carnê por e-mail, com informações cadastrais e opções de pagamento. A adesão para o próximo ano está aberta até 31 de outubro.

O IPTU Digital foi lançado em 2021 para promover o desenvolvimento sustentável, economizando recursos do município, como papel, energia e combustíveis, alinhando-se aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança). A iniciativa visa reduzir o impacto ambiental, além de proporcionar eficiência e facilidade para os contribuintes. Até o momento, cerca de 30 mil aderiram à opção digital, uma fração dos 331.793 carnês impressos em 2023. O custo médio de impressão e distribuição pelo correio é de R$ 3,00 por carnê. Para aderir, os contribuintes precisam acessar o site da Prefeitura e da Secretaria da Fazenda, preencher um formulário com informações pessoais e do imóvel, além de manter os dados cadastrais atualizados e ser o proprietário do imóvel. A opção do IPTU Digital proporciona praticidade, sustentabilidade e ajuda a alocar recursos em áreas essenciais, como saúde e educação.