Polícia investiga possível ligação entre as mortes de Nathalia Garnica e Larissa Rodrigues; ambas apresentaram sintomas semelhantes
A Justiça autorizou nesta quarta-feira (14) a exumação do corpo de Nathalia Garnica, irmã do médico Luiz Antônio Garnica, preso preventivamente por suspeita de assassinar a esposa, Larissa Rodrigues, com veneno. A decisão atende a um pedido da Polícia Civil, que quer apurar se Nathalia também foi vítima de envenenamento. O objetivo da exumação é coletar material para exames toxicológicos no Instituto Médico Legal (IML), embora a data da operação ainda não tenha sido marcada.
Larissa foi encontrada morta no apartamento onde vivia com o marido em 22 de março. O laudo toxicológico apontou a presença de uma substância popularmente conhecida como “chumbinho”, um veneno altamente tóxico. Apesar de não haver indícios de agressão física, o exame necroscópico revelou lesões nos pulmões e no coração, o que reforçou a tese de envenenamento como causa da morte.
Já Nathalia faleceu em fevereiro deste ano, supostamente vítima de um infarto. Segundo as investigações, ela não possuía histórico de problemas cardíacos, o que levanta dúvidas sobre o verdadeiro motivo do óbito. A semelhança nas lesões encontradas em Larissa e Nathalia despertou a atenção da Polícia Civil, que agora tenta identificar uma possível conexão entre os dois casos.
O corpo de Nathalia está enterrado no cemitério municipal de Pontal, no mesmo túmulo onde Larissa também foi sepultada. A proximidade entre as datas das mortes e os sinais clínicos semelhantes são considerados elementos relevantes para a investigação. A exumação pode fornecer evidências cruciais para entender se ambas as mortes estão ligadas por um mesmo método criminoso.