PIB regional cresce 6,3%

A 6ª Região Administrativa de São Paulo, que inclui Ribeirão Preto e mais 24 municípios, registrou um crescimento de 6,3% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse aumento representa o melhor desempenho entre as 16 regiões administrativas do estado, superando as taxas de outras áreas, como Franca e Barretos.

Em valores absolutos, o PIB da região de Ribeirão Preto saltou de R$ 20,172 bilhões no segundo trimestre de 2023 para R$ 22,290 bilhões no mesmo período de 2024, um crescimento de 10,5%. O aumento foi de R$ 2,118 bilhões, refletindo o bom desempenho da economia local. No comparativo com o trimestre anterior (janeiro a março de 2024), o crescimento foi de 4,25%.

Em relação a outras regiões, o PIB da área de Franca cresceu 6% de abril a junho de 2024, alcançando R$ 10,149 bilhões. Já a Região Administrativa de Barretos teve um crescimento de 5,47%, com um total de R$ 6,343 bilhões. Em comparação com o primeiro trimestre de 2024, os aumentos foram ainda mais significativos, com altas de 20,98% em Franca e 19,45% em Barretos.

Embora o PIB regional de Ribeirão Preto tenha recuado 0,7% em 2023 em relação ao ano anterior, em termos de valores absolutos houve um aumento de 2,8%, passando de R$ 80,319 bilhões em 2022 para R$ 82,546 bilhões. Isso representou um crescimento de R$ 2,227 bilhões, refletindo uma recuperação após o declínio do ano anterior.

A região de Ribeirão Preto representa 2,6% do PIB do Estado de São Paulo, que atingiu R$ 3,218 trilhões. As regiões vizinhas, como Franca e Barretos, contribuem com 1,2% e 0,8%, respectivamente. A região de Ribeirão Preto tem se destacado pelo crescimento constante e pela contribuição significativa para a economia estadual.

O PIB do Estado de São Paulo, por sua vez, cresceu 3,1% no primeiro semestre de 2024, com um avanço de 2,5% no segundo trimestre em comparação ao primeiro. Esses resultados indicam uma recuperação econômica em nível estadual, com destaque para o aumento no valor total do PIB, que saltou de R$ 793,456 bilhões para R$ 853,042 bilhões entre o primeiro e o segundo trimestre de 2024.

Mercado eleva para 3,49% projeção de expansão da economia em 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2024 subiu de 3,42% para 3,49%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC). O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre, acumulando alta de 3,3% no ano até setembro. Para 2025, espera-se um crescimento de 2,02%.

A cotação do dólar é projetada em R$ 6 no fim de 2024 e R$ 5,90 em 2025. Já a inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 4,91% em 2024, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2025, a estimativa subiu para 4,84%.

A taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, deve subir para 14,75% até o fim de 2025, segundo o BC. A medida visa conter a inflação, mas pode desacelerar a economia ao encarecer o crédito.

Entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a Selic permaneceu em 13,75%, com cortes graduais até atingir 10,5% em julho deste ano. No entanto, as incertezas globais e a alta do dólar levaram o BC a retomar aumentos na taxa.

O Boletim Focus reflete as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos, destacando o desafio de equilibrar o controle inflacionário com o crescimento sustentável da economia.

Fonte: Agência Brasil

Atividade econômica cresce 0,1% em outubro

A atividade econômica do Brasil registrou um crescimento de 0,1% em outubro, na comparação com setembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (13). Esse é o quarto mês consecutivo de expansão, com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) alcançando 154,4 pontos. Quando comparado a outubro de 2023, o índice apresentou um aumento de 7,3%, e, no acumulado de 12 meses, a alta foi de 3,4%.

O IBC-Br é utilizado para monitorar a evolução da economia brasileira e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 12,25% ao ano. O índice leva em consideração o desempenho de diversos setores, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

A Selic desempenha um papel crucial na política monetária, pois influencia diretamente a inflação. Quando o Copom eleva a taxa de juros, o objetivo é reduzir o consumo e os investimentos, ajudando a controlar a alta dos preços. Por outro lado, a redução da Selic torna o crédito mais barato, incentivando a produção e o consumo, mas pode resultar em uma pressão maior sobre os preços.

Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma desaceleração de 0,56% em outubro para 0,39% em novembro. Contudo, no acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 4,87%, acima do teto da meta, que é de 3%, com uma tolerância de 1,5 pontos percentuais. O aumento recente do dólar e as incertezas econômicas globais levaram o Banco Central a intensificar o aumento da Selic.

Na última reunião, em 11 de dezembro, o BC decidiu elevar a Selic em 1 ponto percentual, o que deverá se repetir nas reuniões de janeiro e março de 2024, caso os cenários se mantenham. Essa foi a terceira alta consecutiva da taxa, que retornou ao nível de 12,25% ao ano, consolidando um ciclo de aperto monetário iniciado em setembro.

Embora o IBC-Br seja uma ferramenta importante para a definição da política monetária, ele não deve ser confundido com o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira.

O PIB é divulgado trimestralmente e no terceiro trimestre de 2024, o Brasil teve um crescimento de 0,9% em relação ao segundo trimestre. O crescimento acumulado no ano, de janeiro a setembro, foi de 3,3%, superando as projeções. Em 2023, o PIB brasileiro cresceu 3,2%.

Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024

O mercado financeiro trabalha com expectativas de alta em todos os índices que compõem o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. No caso do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil), a previsão é de que a economia do país crescerá 3,39% em 2024.

Para os anos subsequentes (2025 e 2026), a expectativa é de crescimento de 2%. No boletim da semana passada, o mercado previa que o PIB brasileiro fecharia o ano corrente com um crescimento de 3,22%. Há quatro semanas, a previsão era de que o país cresceria 3,1%.

No segundo trimestre do ano, o PIB surpreendeu, subindo 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta ficou em 3,3%.

IPCA, dólar e Selic

Expectativas de alta também para a inflação, para a Selic e para a cotação do dólar. Para o mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a inflação oficial do país) deve fechar 2024 em 4,84%, percentual acima da previsão divulgada na semana passada (4,71%) e há quatro semanas (4,62%). Para 2025 e 2026, e expectativa é de que a inflação do país fique em 4,59% e 4%, respectivamente.

Já a taxa básica de juros apresentou alta de 0,25 ponto percentual nas expectativas do mercado, passando de 11,75% para 12%. Quando o Copom aumenta a taxa Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

No entanto, os bancos consideram outros fatores, além da Selic, na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Com relação à moeda norte-americana, as projeções do mercado financeiro para a cotação ao final do ano passaram de R$ 5,70, na semana passada, para R$ 5,95. Há quatro semanas, o mercado trabalhava com a expectativa de o dólar fechar o ano a R$ 5,55. Para 2025, o mercado projeta que a moeda feche o ano valendo R$ 5,77; e para 2026, as projeções são de que o dólar fique cotado a R$ 5,73.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil

Acordo UE/Mercosul deve aumentar comércio em R$ 94 bilhões

O governo federal estima que o acordo de livre comércio anunciado nesta sexta-feira (6) entre o Mercosul e a União Europeia (UE) deve aumentar o fluxo de comércio entre o Brasil e o bloco europeu em R$ 94,2 bilhões, o que representa um impacto de 5,1% no comércio atual. O governo ainda estima um impacto de R$ 37 bilhões sobre o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), ou seja, cerca de 0,34% da economia brasileira.  

Como a redução das tarifas de importação é gradual, o impacto estimado pela equipe econômica é para o ano de 2044. Com a redução das tarifas, o governo estima que haverá um aumento de R$ 42,1 bilhões das importações da UE e um crescimento de R$ 52,1 bilhões das exportações brasileiras para o bloco.

A União Europeia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China. Em 2023, a corrente comercial entre Brasil e o bloco europeu representou 16% do comércio exterior brasileiro.

O professor Giorgio Romano Schutte, membro do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (Opeb), avaliou que o acordo está melhor que o negociado em 2019, entre outros motivos, pelo fato de o Brasil ter colocado salvaguardas para o setor automotivo, para impedir que as importações de carros europeus prejudiquem a indústria no Brasil. 

“Mas isso vai depender do governo de plantão, se ele vai usar ou não o poder de salvaguarda”, disse. 

Professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC paulista (UFABC), ele ponderou que os impactos econômicos do acordo demoram a ser sentidos e são limitados. Ele lembrou que apenas a China tem uma corrente comercial com o Brasil superior aos 27 países da União Europeia somado com o dos Estados Unidos.

“O impacto não é assim tão rápido. A geração de empregos deve demorar a dar resultados. Mas com esse acordo você aumenta o comércio. Além disso, com o acordo, aumenta o poder de negociação com a China e os Estados Unidos. Tem um elemento político também nesse acordo, para além do econômico. Agora, algumas poucas empresas brasileiras e do Mercosul vão conseguir aproveitar para fazer negócios na União Europeia, com certeza”, analisou Giorgio Romano.

O governo brasileiro estima ainda um aumento de R$ 13 bilhões em investimentos no Brasil, o que representa um crescimento de 0,76%. Espera-se ainda uma redução de 0,56% nos preços ao consumidor e aumento de 0,42% nos salários reais. Tudo apenas para 2044, disse Giorgio Romano.

Cotas 

A redução das tarifas que o Mercosul cobra da UE pode ser imediata ou ao longo de prazos, que variam entre 4 anos a 15 anos. Para o setor automotivo, os períodos de redução tarifária são mais longos, variando de 18 anos a 30 anos para veículos eletrificados, movidos a hidrogênio e com novas tecnologias.

Do lado da UE, a redução tarifária também pode ser imediata ou por períodos que vão de 4 anos a 12 anos, a depender do produto. 

Estão previstas ainda cotas para produtos agrícolas e agroindustriais do Brasil. Ou seja, acima de determinada quantidade, alguns produtos começam a pagar a tarifa cheia para entrar no bloco. Entram nessa categoria produtos como carne suína, etanol, açúcar, arroz, mel, milho e sorgo, queijos, entre outros.

Para o professor Giorgio Romano Schutte, essa é a principal assimetria do acordo. “No caso dos produtos industriais da União Europeia, eles entram sem cotas, sem restrições ao volume. E no caso dos produtos agrícolas do Mercosul, tem cotas”, lembrou.

Agência Brasil

Em semana de Copom, mercado eleva previsões para taxa de juros

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam que a Selic suba para 11,25% ao ano na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta terça (05) e quarta-feira (06). Essa previsão foi divulgada no Boletim Focus e indica um ajuste nas expectativas para os próximos anos.

Na reunião de setembro, o Copom havia elevado a Selic para 10,75% ao ano, a primeira alta em mais de dois anos, em resposta à valorização do dólar e incertezas inflacionárias. A última alta significativa ocorreu em agosto de 2022, quando a taxa subiu de 13,25% para 13,75% ao ano.

Os analistas projetam que a Selic termine 2024 em 11,75% ao ano. Para 2025, a estimativa aumentou de 11,25% para 11,5%, enquanto as previsões para 2026 e 2027 foram elevadas para 9,75% e 9,25%, respectivamente.

Pela quinta semana consecutiva, a expectativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou, passando de 4,55% para 4,59% este ano, o que ultrapassa o teto da meta de inflação do Conselho Monetário Nacional (CMN). As projeções de inflação para 2025 e os anos seguintes também foram ajustadas para cima.

Além disso, a expectativa de crescimento do PIB brasileiro para este ano foi revisada de 3,08% para 3,1%, impulsionada por um crescimento de 1,4% no segundo trimestre em comparação com o primeiro. Para 2025, a previsão de crescimento é de 1,93%.

Por fim, a cotação do dólar é esperada em R$ 5,50 no final deste ano e em R$ 5,43 para o fim de 2025.

Fonte: Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Mercado financeiro eleva previsão da inflação para 4,5% em 2024

A previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 4,39% para 4,5% em 2024, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (21). Para 2025, a estimativa de inflação também aumentou, passando de 3,96% para 3,99%. As projeções para 2026 e 2027 são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está no teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, ou seja, entre 1,5% e 4,5%. A partir de 2025, um novo sistema de meta contínua entrará em vigor, estabelecendo o centro da meta em 3%, também com uma margem de 1,5 ponto.

Em setembro, a inflação no Brasil foi de 0,44%, influenciada principalmente pelas contas de energia elétrica, enquanto o IPCA acumulou 4,42% em 12 meses. Para conter a inflação, o BC utiliza a taxa Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano.

A última alta da Selic ocorreu em agosto de 2022, e desde então, a taxa passou por cortes até chegar a 10,5% ao ano. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcada para 5 e 6 de novembro, e os analistas esperam um novo aumento, com a Selic encerrando 2024 em 11,75%.

As projeções para o crescimento do PIB brasileiro também aumentaram, passando de 3,01% para 3,05% em 2024. O PIB surpreendeu com um crescimento de 1,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro, e a expectativa para 2025 é de crescimento de 1,93%, com 2% previsto para 2026 e 2027.

Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, alcançando R$ 10,9 trilhões, e a previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,42 ao fim deste ano, caindo para R$ 5,40 em 2025.

Mercado eleva para 2,68% projeção de expansão da economia em 2024

O mercado financeiro revisou para cima sua projeção de crescimento da economia brasileira para 2024, passando de 2,46% para 2,68%. Essa alteração é reflexo do surpreendente desempenho do PIB no segundo trimestre deste ano, que cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre e 3,3% na comparação anual, segundo o IBGE.

Para 2025, a previsão de crescimento do PIB aumentou de 1,85% para 1,9%. As expectativas para 2026 e 2027 também foram ajustadas para 2% de expansão. Em 2023, a economia brasileira cresceu 2,9%, alcançando R$ 10,9 trilhões.

A previsão para o dólar é que a moeda norte-americana termine 2024 cotada a R$ 5,35, e R$ 5,30 no final de 2025. Quanto à inflação, a projeção para o IPCA em 2024 subiu de 4,26% para 4,3%, estando acima da meta de 3% definida pelo Conselho Monetário Nacional, mas ainda dentro da faixa de tolerância.

A taxa básica de juros, a Selic, permanece em 10,5% ao ano após uma série de cortes. O mercado financeiro espera que a Selic suba para 11,25% ao ano até o final de 2024, e posteriormente caia para 10,25% em 2025, e para 9,5% e 9% nos anos seguintes.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) está agendada para 17 e 18 de setembro. A Selic tem sido utilizada pelo Banco Central para controlar a inflação e estimular ou restringir a economia, dependendo do contexto econômico.

Fonte: Agência Brasil

PIB cresce 1,4% no segundo trimestre e supera previsões; veja números

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou na manhã desta terça-feira (03), que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao primeiro trimestre. Esse crescimento também representa um aumento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A riqueza produzida no país totalizou R$ 2,9 trilhões, sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões provenientes de impostos sobre produtos.

O setor industrial foi o principal destaque, com uma expansão de 1,8% no segundo trimestre, enquanto o setor de serviços avançou 1%. Em contraste, a agropecuária registrou um recuo de 2,3% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 2,9% em comparação ao segundo trimestre de 2023. A taxa de investimento também subiu, alcançando 16,8% do PIB, superando os 16,4% do mesmo período do ano passado.

Dentro da indústria, os maiores avanços foram observados nos setores de eletricidade e gás, água e esgoto, que cresceram 4,2%, seguidos pela construção, com alta de 3,5%, e pelas indústrias de transformação, que tiveram um aumento de 1,8%. No entanto, as indústrias extrativas enfrentaram uma queda de 4,4%.

No setor de serviços, destacaram-se as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceram 2%. Outras áreas, como informática e comunicação, registraram um aumento de 1,7%, e o comércio avançou 1,4%. O transporte, armazenagem e correio cresceram 1,3%, enquanto a administração pública, saúde e educação tiveram um crescimento de 1%.

No comércio exterior, as exportações de bens e serviços subiram 1,4% no segundo trimestre, enquanto as importações cresceram 7,6%. O desempenho positivo da Nova Indústria Brasil foi notável, com uma alta de 3,9% no setor industrial, impulsionada por um aumento no consumo de energia e no setor da construção.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador importante para o futuro econômico, cresceu 5,7%, refletindo o aumento na produção doméstica e na importação de bens de capital, como máquinas e equipamentos. Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), comemorou o resultado e disse que os números superaram as expectativas do mercado.

“A economia brasileira teve um crescimento puxado especialmente pela ótica da oferta, pela indústria, que tem apresentado recuperação bastante significativa e robusta, especialmente com o câmbio que gera uma certa proteção à nossa indústria local frente a alguns competidores internacionais e também o setor de serviços” disse.

Para Carlos Lopes, economista do banco BV, o resultado do PIB no segundo trimestre, de 1,4%, foi surpreendente porque esperava-se um percentual de crescimento de 0,9%. Esse desempenho teve forte contribuição da demanda doméstica.

“Do lado dado da indústria e serviços, o resultado foi muito positivo, compensando o recuo na atividade da agropecuária, que foi sazonal. Quando olhamos para o lado da demanda, o desempenho foi favorável pelo consumo das famílias, do investimento e das compras governamentais e esses indicadores são relevantes para os próximos meses, a despeito de uma expectativa de alta dos juros. O crescimento da mão de obra com carteira assinada sustenta o aumento do consumo por conta da poupança gerada pelo trabalho”, afirmou. 

Fonte: Agência Brasil

Abertura de empresas em Ribeirão Preto é a maior dos últimos seis anos

Um estudo realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB-Acirp) revela que Ribeirão Preto alcançou o maior número de novas empresas no primeiro semestre de 2024 desde 2019. Foram registrados 12.233 novos CNPJs, marcando um aumento de 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Sandra Brandani, presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), destaca o impacto positivo desse crescimento.

“É um movimento muito positivo o da criação de empresas, pois mesmo os microempreendedores individuais, os MEIs, estão experienciando oportunidades que surgem com a abertura do CNPJ e que podem consolidar esses negócios, como emissão de notas e busca de apoio da Acirp para crescer, como cursos, treinamentos e assessoria jurídica”, afirma Brandani.

Livia Piola, analista do IEMB-Acirp, observa que a tendência de crescimento no número de empresas abertas é consistente, embora o ritmo tenha sido mais moderado após a pandemia. Ela também aponta que o número de empresas fechadas aumentou para 6.798 nos primeiros seis meses de 2024, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o saldo geral ainda é positivo, com uma diferença de 5.435 empresas a mais em funcionamento.

Piola atribui o crescimento ao aumento do Produto Interno Bruto (PIB), que subiu 0,8% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o último trimestre de 2023 e 2,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Outro fator importante é a redução contínua da taxa Selic, que caiu de 13,75% ao ano em agosto de 2023 para 10,5% desde maio de 2024. “A diminuição da taxa de juros facilita o acesso ao crédito, incentivando a criação e expansão de empresas”, explica Piola.

O avanço da digitalização da economia, acelerado pela pandemia, também desempenha um papel crucial.

“No pós-pandemia, o mercado de produtos e serviços vem passando por um crescente processo de digitalização, com a expansão de ferramentas e canais de mídias sociais com suporte para desenvolvimento de pequenos e médios negócios e oferecimento de bens e serviços”, acrescenta Piola.

Para o futuro, espera-se que o crescimento continue, embora em um ritmo mais moderado devido a possíveis desacelerações no PIB, possíveis aumentos na taxa de juros e incertezas fiscais.

Fonte: Acirp