As abelhas, essenciais para a conservação da vida na Terra, surgiram há mais de 135 milhões de anos. Reconhecendo sua importância, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o Dia Mundial das Abelhas em 20 de maio. Através da polinização, as abelhas permitem a reprodução de espécies vegetais e aumentam a disponibilidade de frutos e sementes, crucial para a manutenção dos ecossistemas.
Existem cerca de 20 mil espécies de abelhas no mundo, das quais 3 mil estão no Brasil. As abelhas nativas sem ferrão, populares entre os criadores, incluem mais de 300 espécies brasileiras, com 60 encontradas no Estado de São Paulo, como jataí, mandaçaia e borá. A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, capacita produtores na meliponicultura, criação racional de abelhas sem ferrão. Atualmente, há 2 mil meliponários regularizados em São Paulo. A regularização exige cadastro junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) e autorização ambiental via sistema GEFAU.
Carolina Matos, ecóloga da CATI, destaca que a sociedade pode apoiar a reprodução das abelhas plantando espécies atrativas como maracujá, melão, girassol, lavanda e manjericão, ou construindo hotéis para abrigar abelhas solitárias, essenciais para a polinização. O setor de mel no Brasil movimenta mais de R$ 950 milhões anualmente, com produção recorde de 61 mil toneladas em 2023, segundo o IBGE. A campanha Mel Seguro da CATI promove a produção e o consumo de mel, destacando seus benefícios e fortalecendo a cadeia produtiva em São Paulo.