O custo da cesta básica em Ribeirão Preto no mês de dezembro apresentou variação de 0,47 em relação ao mês anterior, segundo levantamento do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Associação Comercial e Industrial da cidade (IEMB-Acirp).
A inflação se dá no contexto de maior movimentação do varejo no fim de ano, época caracterizada por um aumento sazonal do consumo.
De acordo com estudo, o custo médio do kit alimentar mínimo no município atingiu R$724,00 – alta de 0,47 em relação ao mês anterior.
Na região Central, o crescimento foi de 5,82 e a cesta básica média chegou a R$ 807,97. A expectativa da Associação Paulista de Supermercados (APAS) é que as vendas de Natal registrem em 2025 um crescimento real de 3,7.
A pesquisa foi realizada nos dias 15 e 16 de novembro de 2025, com coleta de preços em dez supermercados e hipermercados e quatro panificadoras distribuídos pelas cinco regiões do município.
O levantamento segue os critérios estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 399/1938 e a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) 2017-2018. Para cada item da cesta, foi considerado o menor preço do produto especificado, independentemente da marca comercial.
Custo de Vida por Região
A Região Norte de Ribeirão Preto teve a cesta básica mais em conta, com custo médio de R$ 669,59 e um recuo mensal de -1,07. Leste e Sul também apresentaram ligeiras reduções: R$ 709,53 (-3,35) e R$ 768,22 (-0,9). A Zona Oeste registrou média de R$ 679,04 e elevação de 1,16.
Itens em destaque
Na composição do custo total da cesta básica, as carnes responderam por 46,15 do valor médio apurado. Em seguida aparecem frutas e legumes (21,95), farináceos (20,60), laticínios (5,04), leguminosas (3,32), cereais (1,89) e óleos (1,06).
Considerando o salário mínimo líquido de R$1.403,85, o trabalhador compromete cerca de 51,57 da sua renda com alimentação, precisando trabalhar 113,46 horas para adquirir uma cesta com os 13 itens avaliados.
Individualmente, a margarina com sal (+6,65), a banana nanica (+4,41) e o óleo de soja (3,23) foram os alimentos que apresentaram a maior variação. No caso da margarina e do óleo, o movimento está associado a custos acumulados ao longo da cadeia produtiva e a ajustes graduais de preços.
Já o preço da banana reflete a oferta sazonal mais restrita somada a uma maior demanda típica do fim de ano. Entre os produtos que tiveram queda de preço, destacam-se o tomate italiano, com redução de 8,44, e o leite de caixinha, com diminuição de 6,42.
O IEMB-Acirp reforça que as variações observadas nos preços das matérias-primas não são repassadas de forma imediata ao consumidor final. “O repasse ocorre de maneira gradual ao longo da cadeia produtiva, à medida que estoques são renovados e contratos são atualizados, até que os efeitos cheguem às gôndolas”, diz Lucas Ribeiro, economista e organizador do estudo do IEMB-Acirp.







