UNIMED RIBEIRÃO – O que é TDAH?

transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, mais conhecido como TDAH, é um transtorno neurobiológico que afeta a capacidade de concentração em um nível elevado, impactando significativamente a vida e o bem-estar de quem o possui.

As causas do TDAH ainda não são definitivamente conhecidas, mas prevalece o entendimento de que a genética possui um papel relevante, pois é comum que o transtorno de manifeste entre membros de uma mesma família.

No entanto, pesquisas apontam que outros fatores também podem influenciar para o surgimento do transtorno, como: lesões cerebrais, exposição a altos níveis de chumbo durante a infância, uso de tabaco, álcool, drogas ilícitas e medicamentos não prescritos durante a gravidez, parto prematuro ou estresse extremo durante a gestação.

Como o TDAH se manifesta?

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade tem como principais características:

Falta de atenção

A falta de atenção é caracterizada pela dificuldade em manter a concentração, a distração fácil, além de esquecimentos.

A pessoa com TDAH possui dificuldade em manter o foco e a concentração no desenvolvimento de tarefas e atividades, até mesmo as rotineiras. Ela se distrai facilmente, tem dificuldade em se organizar e esquece compromissos com frequência.

Inquietação ou hiperatividade

Essa é uma característica que se manifesta principalmente em crianças, apresentando-se por meio da inquietação excessiva, uma agitação constante, a necessidade de se mover, mexer nos objetos ou falar excessivamente. Em outros termos, a criança não consegue parar quieta.

Embora a hiperatividade seja mais explícita em crianças, adultos também podem apresentar essa característica, porém, ela ocorre de forma menos evidente, como uma inquietação interna.

Impulsividade

É o agir sem pensar. Geralmente, as pessoas com TDAH não conseguem se organizar e planejar, tomam decisões de forma impulsiva e precipitada, podendo gerar consequências preocupantes.

Em crianças, a impulsividade também se manifesta ao não conseguir esperar a sua vez nas atividades, responder antes do interlocutor terminar a pergunta ou interromper quem estiver falando.

A manifestação dos sintomas ocorre de maneiras diferentes em cada pessoa e de acordo com a idade. Nas crianças, a falta de atenção causa dificuldades na escola, influenciando no seu desempenho, além de apresentarem problemas comportamentais.

O que é TDAH?Os sintomas do TDAH surgem na infância e podem perdurar durante a vida adulta, mesmo que de forma mais branda. Os adultos geralmente costumam ser desatentos, apresentar dificuldades em assumir, organizar e planejar atividades, muitas vezes esquecendo de finalizá-las ou abandonando-as, até mesmo as tarefas simples do dia a dia.

Tipos de TDAH

Há três classificações para o TDAH:

• Predominantemente desatento: todos os sintomas podem estar presentes, predominando a desatenção;
• Predominantemente hiperativo-impulsivo todos os sintomas podem estar presentes, predominando a hiperatividade e impulsividade.
• Combinado: todos os sintomas se manifestam na mesma intensidade, sem predomínio de um sobre o outro.


O que é TDAH?São inúmeros os impactos causados pelo TDAH na vida de quem o possui e das pessoas ao seu redor. Porém, sua pior consequência é a desinformação e o preconceito. A falta de conhecimento sobre o tema e o despreparo para seu correto diagnóstico e tratamento interferem no desenvolvimento e na qualidade de vida da pessoa portadora do transtorno.

O TDAH é um problema que merece atenção e deve ser tratado de forma adequada, pois o não tratamento pode ocasionar consequências graves no decorrer da vida, resultando em abandono escolar ou acadêmico, acidentes, relacionamentos instáveis, baixo desempenho profissional, abuso de drogas e álcool, baixa autoestima e muito mais.

diagnóstico do TDAH ainda é um desafio e deve ser realizado por um profissional habilitado. Não há um exame específico para o diagnóstico, sendo este inteiramente clínico, com análise dos sintomas, intensidade, frequência e prejuízos que os sintomas causam na vida do portador.

Não há cura para o TDAH, mas há tratamento, que combina o uso de medicamentos, psicoterapia e tratamento para outras condições que podem surgir, como ansiedade, depressão, dificuldade de aprendizagem etc. O tratamento pode variar e depende das necessidades e da gravidade dos sintomas de cada indivíduo.

Importante ressaltar que o diagnósticos precoce é extremamente importante, garantindo cuidados adequados e compreensão, minimizando o impacto que o transtorno pode causar na vida da pessoa portadora. Assim, havendo qualquer suspeita, procure ajuda especializada quanto antes.

Conheça suco que pode reduzir a pressão arterial e proteger o coração

Pesquisas recentes revelaram que um copo de 250 ml de um suco específico pode ajudar a diminuir a pressão arterial. O suco de beterraba, conhecido por suas propriedades benéficas, demonstrou ter um impacto positivo na redução da hipertensão.

A hipertensão, ou pressão alta, é uma condição séria que faz com que o coração tenha que trabalhar mais intensamente para bombear sangue pelo corpo. Isso pode causar danos aos vasos sanguíneos e órgãos, aumentando o risco de eventos graves como derrames e ataques cardíacos.

Uma dieta inadequada é um fator importante no desenvolvimento da hipertensão, sendo o consumo excessivo de sal um dos principais vilões. Contudo, um estudo da Universidade Queen Mary de Londres destacou os benefícios do suco de beterraba na redução da pressão arterial.

Segundo o estudo publicado no periódico Hypertension em 2015, o consumo diário de 250 ml de suco de beterraba resultou em uma redução média de aproximadamente 8/4 mmHg na pressão arterial.

Os pesquisadores enfatizaram a importância dessa redução, já que um aumento de apenas 2 mmHg na pressão arterial está associado a um aumento de 7% no risco de morte por doenças cardíacas e 10% no risco de derrame.

Os efeitos positivos do suco de beterraba são atribuídos ao seu alto conteúdo de nitratos, compostos que ajudam a relaxar e dilatar os vasos sanguíneos. Outros alimentos ricos em nitratos, que podem igualmente beneficiar a pressão arterial, incluem espinafre, ruibarbo, aipo, alface e agrião.

Como reduzir o açúcar no sangue: conheça algumas estratégias eficazes

Para manter a glicemia sob controle e promover uma saúde geral melhor, adotar mudanças simples no cotidiano pode fazer uma grande diferença. O Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais (NIDDK) sugere várias abordagens para ajudar a reduzir os níveis de açúcar no sangue, especialmente para aqueles que enfrentam diabetes tipo 2.

Dicas para Controlar a Glicose

Para manter os níveis de açúcar no sangue estáveis, é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Isso inclui seguir uma dieta equilibrada, rica em fibras, vegetais não amiláceos e grãos integrais. É importante evitar açúcares adicionados e gorduras saturadas.

Monitoramento e Alimentação

Antes de fazer alterações na dieta e no estilo de vida, é essencial monitorar regularmente os níveis de glicemia para compreender as necessidades individuais. Optar por alimentos com baixo índice glicêmico e ricos em fibras pode ajudar a manter a glicose estável e prevenir picos que poderiam causar problemas de saúde.

Exercícios e Benefícios da Fibra

A prática regular de exercícios físicos, como caminhadas e natação, melhora a capacidade do corpo de utilizar a insulina de forma mais eficiente. Além disso, uma dieta rica em fibras ajuda a reduzir a absorção de açúcar, promove a saciedade e melhora o trânsito intestinal.

Hidratação e Estresse

Manter uma boa hidratação é crucial; beber água suficiente ajuda a diluir a glicose no sangue e substitui bebidas açucaradas. Técnicas de relaxamento também são importantes para controlar o estresse, que pode elevar os níveis de açúcar no sangue.

Importância do Sono

Uma rotina noturna adequada e um ambiente de sono saudável são fundamentais para a saúde metabólica. Garantir uma boa qualidade de sono pode ter um impacto positivo no controle do açúcar no sangue.

Informações: catracalivre

Mosquito é o animal que mais mata no mundo; veja cuidados e prevenção

No dia 20 de agosto de 1897, o médico britânico Ronald Ross confirmou que as fêmeas do mosquito Anopheles eram responsáveis pela transmissão da malária em humanos, um feito que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1902. Esta data agora é lembrada como o Dia Mundial do Mosquito, celebrado na última terça-feira (20), para destacar a importância da descoberta e aumentar a conscientização sobre doenças transmitidas por mosquitos.

O objetivo do Dia Mundial do Mosquito é reconhecer a contribuição de Ross no combate à malária e destacar outras doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, febre do Oropouche, chikungunya, zika e febre amarela, conforme indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS enfatiza que doenças transmitidas por mosquitos afetam a vida de bilhões de pessoas, mas a maioria pode ser prevenida. Como muitas dessas doenças não têm vacina disponível, as principais recomendações incluem a prevenção de picadas de mosquito.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção dos Estados Unidos (CDC), os mosquitos são responsáveis por mais doenças e mortes do que qualquer outro animal. Para prevenir infecções, é aconselhado o uso de repelentes, roupas que cubram o corpo e o controle de mosquitos tanto em ambientes internos quanto externos.

Os repelentes, quando usados corretamente, são seguros para crianças e gestantes. Para bebês e crianças pequenas, é recomendável consultar um pediatra antes de usar repelentes e adotar medidas como vestir roupas que cubram braços e pernas e usar mosquiteiros sobre berços e carrinhos. Além disso, os repelentes devem ser reaplicados conforme as instruções do rótulo, e devem ser aplicados após o protetor solar, se ambos forem utilizados.

Para controlar mosquitos em ambientes fechados, o CDC sugere o uso de telas em janelas e portas, além de aparelhos de ar condicionado, que ajudam a reduzir a umidade e a tornar o ambiente menos favorável para os mosquitos. Também é crucial eliminar focos de água parada, como vasos de plantas, pneus e baldes, e limpar regularmente esses locais.

Os sintomas de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya, incluem febre alta, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas, dor de cabeça, diarreia, pressão baixa, náuseas, vômitos, agitação, sangramento espontâneo, diminuição da urina e extremidades frias. Em caso de sintomas, é importante buscar atendimento médico e evitar automedicação, especialmente para pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças pequenas e idosos, que são mais vulneráveis a complicações.

Informações: Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Saiba quais são os melhores alimentos para reduzir o colesterol alto

O controle do colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, é fundamental para a saúde cardiovascular, e embora medicamentos sejam essenciais, a alimentação também tem um papel vital. No Brasil, aproximadamente 40% dos adultos enfrentam níveis elevados de colesterol, representando um risco significativo para a saúde do coração.

De acordo com um guia do site de saúde pública da Universidade de Harvard, diversos alimentos podem auxiliar no controle do colesterol. O Dr. Howard LeWine destaca alguns dos mais eficazes para ajudar a reduzir o LDL:

  • Peixes ricos em ômega-3: Optar por peixes em vez de carnes vermelhas pode ajudar a diminuir os níveis de LDL.
  • Soja e seus derivados: O consumo regular de soja pode reduzir o colesterol LDL em até 6%.
  • Feijões e leguminosas: Estes alimentos são ricos em fibras solúveis, que ajudam a absorver o colesterol.
  • Aveia: Fonte significativa de fibras solúveis, a aveia melhora a digestão do colesterol.
  • Frutas ricas em pectina: Maçãs e frutas cítricas são eficazes na redução do LDL.

Além desses alimentos, substituir gorduras animais por óleos vegetais e incluir vegetais ricos em fibras, como berinjela e quiabo, são práticas recomendadas para controlar o colesterol. Uma combinação de dieta equilibrada, estilo de vida saudável e acompanhamento médico pode promover uma melhora significativa na saúde cardiovascular.

Para aqueles com dificuldades em ajustar a dieta, Harvard sugere o uso de suplementos de fibra e produtos enriquecidos com esterois e estanois vegetais, que podem ajudar a bloquear a absorção do colesterol.

Por outro lado, é essencial evitar alimentos ricos em gorduras saturadas e trans, como carnes gordurosas, laticínios integrais, frituras e alimentos processados. Reduzir o consumo de alimentos ricos em colesterol, como gemas de ovos e vísceras, também é crucial. Consultar um profissional de saúde é recomendável para personalizar a dieta e melhorar os níveis de colesterol de forma eficaz.

Sinais de diabetes na boca: como identificar e tratar

A saúde bucal pode fornecer importantes indícios sobre o controle do diabetes, uma condição crônica comum que afeta a capacidade do corpo de produzir ou utilizar insulina adequadamente, resultando em níveis elevados de glicose no sangue. O descontrole do diabetes pode ter impactos significativos na saúde bucal, e reconhecer esses sinais pode ajudar no diagnóstico e tratamento da doença.

Entre os sinais bucais mais frequentes associados ao diabetes, destaca-se a boca seca, ou xerostomia, que ocorre devido à diminuição da produção de saliva provocada pelos altos níveis de açúcar no sangue. Outra manifestação importante é a gengiva vermelha e sensível, resultado da proliferação de bactérias facilitada pela hiperglicemia.

Outros sintomas bucais relacionados ao diabetes incluem a perda de dentes, causada pela maior susceptibilidade a doenças periodontais e cáries, além do aumento do açúcar na saliva que favorece o desenvolvimento de infecções. A demora na cicatrização de feridas, especialmente após procedimentos dentários, também é um sinal preocupante. Aftas frequentes, sensação de boca amarga e mau hálito são outros indicadores importantes, particularmente em casos de diabetes mal controlado.

Para evitar problemas mais graves, é crucial que pessoas com diabetes mantenham uma rotina rigorosa de higiene bucal, controle glicêmico e realizem consultas regulares ao dentista. Identificar e tratar esses sinais precocemente pode ser fundamental para manter a saúde geral e bucal em boas condições.

Informações: catracalivre

Controle o diabetes com chás: conheça os benefícios e as recomendações

A adição de chás medicinais à dieta pode oferecer benefícios notáveis para a saúde, particularmente no gerenciamento dos níveis de açúcar no sangue. Com uma parcela significativa da população brasileira lidando com o diabetes, a inclusão de chás como parte da abordagem terapêutica ganha importância. A doença é caracterizada pela dificuldade do corpo em absorver a glicose adequadamente.

Recentes estudos indicam que certos chás não só ajudam a controlar a glicemia, mas também podem reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de melhorar a resistência à insulina. É crucial, no entanto, usar esses chás como um complemento ao tratamento médico convencional, e não como substitutos.

Dentre os chás recomendados para ajudar a controlar o diabetes estão o chá preto, o chá de camomila e o chá de canela. Cada um possui propriedades específicas que podem beneficiar o controle da glicemia.

O chá preto, por exemplo, tem sido associado a um menor risco de desenvolvimento de diabetes e suas complicações. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Antioxidants em 2019, os compostos presentes no chá preto podem melhorar a resistência à insulina e reduzir o estresse oxidativo e a inflamação. Variedades como o chá preto, oolong e verde são recomendadas para obter melhores resultados.

O chá de camomila também demonstrou potencial no controle dos níveis de açúcar no sangue. Um estudo divulgado na Complementary Therapies Medicine revelou que consumir três xícaras diárias de chá de camomila pode reduzir os níveis de glicemia em até 60%. A pesquisa mostrou melhorias significativas em marcadores metabólicos relacionados ao diabetes em comparação com um grupo controle.

O chá de canela, por sua vez, tem sido identificado como um aliado no controle do diabetes tipo 2. Estudos conduzidos pela Universidade Federal do Ceará e outras instituições, divulgados no Journal of the American College of Nutrition, mostraram que a ingestão diária de 3 gramas de canela em pó por três meses resultou em redução dos níveis de hemoglobina glicada e glicemia em jejum. O chá de canela pode, portanto, auxiliar na regulação da insulina no organismo.

Antes de adicionar esses chás à dieta, é recomendado consultar um médico para evitar possíveis efeitos adversos e assegurar que eles complementem adequadamente o tratamento médico.

Informações: catracalivre

Colesterol: entenda a diferença entre o bom e o ruim

O colesterol é uma substância vital para o organismo, desempenhando funções essenciais como a formação das membranas celulares, a produção de hormônios e a síntese de vitaminas. No entanto, quando em níveis elevados, especialmente o colesterol LDL, pode se tornar um grande risco à saúde.

“Basicamente, podemos dividir o colesterol em dois tipos: o LDL, conhecido como ‘colesterol ruim’, e o HDL, que chamamos de ‘colesterol bom'”, explica a endocrinologista da Hapvida NotreDame Intermédica, Tânia Toreto.

“O LDL é perigoso porque tende a se depositar nas artérias, causando ateromatose, uma doença que leva à obstrução arterial. Já o HDL tem uma função protetora, pois remove o excesso de colesterol ruim da circulação e o transporta para o fígado, onde é utilizado na formação dos sais biliares, que são fundamentais para a digestão”, detalha.

“O colesterol é essencial na formação das membranas celulares e na produção de hormônios e vitaminas. No entanto, seu excesso, especialmente do tipo LDL, pode levar a problemas graves, como doenças cardíacas”, afirma Tânia.

CONTROLE

Segundo a endocrinologista, o controle do colesterol envolve diversos fatores, incluindo hábitos alimentares e a prática regular de exercícios físicos. “Cuidados com a alimentação e atividades físicas são fundamentais para manter os níveis de colesterol sob controle. Contudo, é crucial a realização de exames periódicos, pois, em alguns casos, a prescrição de medicamentos pode ser necessária”, orienta.

Os níveis ideais de colesterol variam conforme a idade, os fatores de risco e a presença de comorbidades. Portanto, é indispensável que cada pessoa tenha um acompanhamento médico regular para avaliar suas necessidades específicas.

“Em resumo, enquanto o colesterol é essencial para várias funções do corpo, seu excesso, particularmente o LDL, pode representar um risco significativo à saúde. Manter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios e realizar exames regulares são as melhores formas de garantir que o colesterol permaneça dentro dos níveis adequados”, conclui a endocrinologista.

Coceira, dor de cabeça e outros sinais de atenção com a saúde do fígado

Não são tempos fáceis para o fígado. Alimentos ultraprocessados, agrotóxicos, microplásticos… A alimentação contemporânea predominante contribui com a sobrecarga desse órgão vital que todo dia administra a ingestão de químicos, gorduras, corantes, conservantes e aromatizantes, entre outras substâncias e toxinas que dependem das funções hepáticas para serem direcionadas e/ou eliminadas.

Também é do fígado a tarefa de metabolizar e armazenar nutrientes, ou seja, as partes boas da alimentação também passam por esse “portão”, para ficarem prontas para serem absorvidas e utilizadas pelo corpo.

A Dra. Patricia Almeida, Hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o próprio organismo trabalha para eliminar naturalmente as toxinas, usando veículos como a transpiração, a respiração, as fezes e a urina. Porém, quando há um exagero, o corpo pode sofrer os efeitos e sinalizar que existe um desequilíbrio no fígado, que passa a trabalhar com uma carga maior para filtrar as impurezas do sangue”, pondera a especialista.

É por essa razão que se torna importante saber “ouvir” o fígado, pois, quando fica difícil para ele, o corpo todo pode ficar comprometido. “E na maioria das vezes, os problemas hepáticos são silenciosos. A pessoa demora a apresentar sinais clínicos e sintomas”, explica a Dra. Patricia, ao elencar importantes pontos de alerta do fígado, que exigirão cuidados:

1. COCEIRA NA PELE

A coceira na pele pode ser um sintoma de doenças hepáticas. Quando o fígado não está saudável, substâncias tóxicas podem se acumular no sangue e causar irritação na pele.


2. HEMATOMAS APÓS PANCADAS LEVES

O paciente com doença hepática pode apresentar uma maior facilidade em desenvolver equimoses (manchas roxas na pele) e sangramentos após traumas de pequena intensidade. Isto ocorre porque o fígado é responsável pela produção de proteínas que participam do sistema de coagulação do sangue.

3. URINA COM COR MUITO ESCURA OU CHEIRO FORTE

Embora também possam indicar infecções urinárias ou intestinais, mudanças devem ser observadas com cuidado: urina escura, num tom parecido com o da Coca-Cola, pode apontar um problema hepático devido ao acúmulo de gordura no fígado. Em geral, a tonalidade saudável da urina é amarelo-pálido.

4. DOR DE CABEÇA FREQUENTE

É comum que os pacientes com suspeita de doença hepática também sofram com tonturas e enjoos, além de dor de cabeça frequente.

5. FALTA DE APETITE

Fraqueza, falta de apetite, letargia e baixo rendimento físico e mental podem apontar disfunções no fígado. Como o órgão trabalha no armazenamento de vitaminas A, D, E e K, essenciais para manter bons níveis de energia, seu comprometimento por acúmulo de toxinas dificulta a filtragem do sangue e a oxigenação das células. O resultado é pouco pique, falta de apetite e um cansaço constante.

Entenda como o Brasil está combatendo a Leucemia com transplantes de medula óssea

O Brasil enfrenta um desafio significativo na luta contra doenças hematológicas, como a leucemia, que afeta os glóbulos brancos do sangue e é o décimo câncer mais comum no país. Em 2024, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) prevê cerca de 11.540 novos casos de leucemia. Embora algumas condições sanguíneas possam ser gerenciadas com dieta adequada, outras, como a leucemia, necessitam de tratamentos mais complexos, incluindo transplantes de medula óssea.

De acordo com Dr. Leandro Felipe Figueiredo Dalmazzo, vice-presidente médico do Grupo GSH, o tratamento da leucemia pode incluir medicamentos, quimioterapia e radioterapia. No entanto, em casos mais graves, como leucemia aguda e mieloide crônica, um transplante de medula óssea pode ser necessário.

Este procedimento consiste em substituir a medula óssea doente por células-tronco saudáveis, que podem ser obtidas do próprio paciente (transplante autólogo) ou de um doador compatível (transplante alogênico).

“O processo de transplante de medula óssea começa pela identificação de um doador compatível, que passa por vários testes para que, então, suas células-tronco hematopoiéticas sejam coletadas da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical”, esclarece dr. Leandro.

Essas células podem ser coletadas da medula óssea, do sangue periférico ou do cordão umbilical. Após a coleta, o tratamento do receptor envolve a destruição da medula óssea doente através de quimioterapia ou radioterapia, seguida pela infusão das células-tronco saudáveis para restaurar a produção normal de células sanguíneas.

Atualmente, o Brasil conta com mais de 5,7 milhões de doadores de medula óssea cadastrados no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). No entanto, cerca de 650 pacientes ainda aguardam uma doação.

Dr. Leandro observa que encontrar um doador compatível fora do círculo familiar é desafiador, com uma chance de um em 100 mil. “Quanto mais voluntários tivermos para essas doações, mais chance de encontrar um doador compatível para esses pacientes”, conclui.