Novembro Azul: exame de ressonância magnética traz mais precisão no diagnóstico do câncer de próstata, aponta especialistas

A incorporação da ressonância magnética no processo do diagnóstico de câncer de próstata tornou ainda mais precisa a identificação de lesões prostáticas suspeitas da doença. Na luta contra o segundo tipo de tumor maligno que mais acomete homens no Brasil, a captura de imagens em alta resolução do exame direciona a biópsia, de forma que seja realizado no local adequado. A ressonância ajuda ainda a avaliar a extensão e a gravidade do câncer, mostrando se está restrito à próstata ou se disseminou para outros órgãos, indicando o tratamento mais adequado.

Segundo a médica radiologista do Sabin Diagnóstico e Saúde Marianna Schettini, a ressonância pode ajudar na redução do número de biópsias prostáticas, evitando o procedimento invasivo em alguns casos.

“Já numa fase pós-biópsia, na qual o câncer já tenha sido diagnosticado pelo exame histopatológico, a ressonância auxilia na pesquisa da recidiva do câncer após o tratamento. Além disso, desempenha importante função na vigilância ativa de pacientes com tumores menos agressivos e que podem ser apenas acompanhados”, afirma Schettini.

Para investigar a presença desse tipo de câncer, o paciente deve agendar consulta com urologista, que analisa inicialmente a história clínica, fatores de risco, o exame físico e o PSA, exame de sangue que rastreia a dosagem do antígeno prostático específico. Se necessário, podem ser indicados exames adicionais, como a ressonância magnética, o PET-CT e a biópsia para a confirmação do diagnóstico. Entre os fatores de risco do câncer de próstata estão a idade, a história familiar, a origem afrodescendente e mutações genéticas relacionadas ao BRCA 1 e 2, gene que pode sofrer mutações relacionadas ao câncer.

A radiologista do Sabin alerta a população que os sintomas do câncer de próstata são inespecíficos e podem ser confundidos com os de outras doenças prostáticas benignas. Entre eles, estão: dificuldade de urinar, aumento da frequência urinária, diminuição do jato urinário e sangue na urina. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o Brasil registrará 71.740 novos casos de câncer de próstata por ano de 2023/25, aumento de 8,5% em relação ao período anterior.

Novembro Azul: saiba como prevenir e identificar o câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, com mais de 70 mil novos casos previstos para 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um estudo da revista The Lancet prevê que os diagnósticos globais dobrem até 2040, impulsionados pelo aumento da expectativa de vida.

O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade, com a maioria dos casos ocorrendo em homens acima dos 50 anos. No entanto, pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que menos de 40% dos brasileiros com mais de 50 anos realizam exames preventivos, como o toque retal, essencial para a detecção precoce.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e detecção precoce, o Dr. Rodolfo Bandeira, urologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, respondeu a algumas das principais dúvidas relacionadas ao tema.

Quais sintomas costumam ser comuns?

Na fase inicial, o câncer de próstata pode ser assintomático, ou seja, não apresentar sintomas visíveis. No entanto, quando os sinais começam a aparecer, os mais comuns incluem dificuldade para urinar, demora para iniciar e terminar a micção, presença de sangue na urina, diminuição do jato urinário e uma necessidade maior de urinar ao longo do dia. É importante ficar atento a esses sinais!

Quais são os impactos na qualidade de vida?

O câncer de próstata e seu tratamento podem ter consequências graves na qualidade de vida do homem, afetando aspectos físicos como incontinência urinária, disfunção erétil, fadiga e sintomas urinários. Também podem surgir impactos psicológicos, incluindo ansiedade, depressão e baixa autoestima, além de interferências em relacionamentos e atividades sociais. Esses efeitos variam conforme o estágio da doença no momento da detecção, o tipo de tratamento escolhido e o suporte disponível.

Quando um homem deve começar a consultar um urologista? É necessário um acompanhamento regular, assim como as mulheres fazem com o ginecologista?

Os homens devem procurar um urologista ao longo de toda a vida, tornando-se essencial após o início da atividade sexual. Essas consultas regulares possibilitam um monitoramento abrangente da saúde, minimizando os riscos de doenças e permitindo a detecção precoce de quaisquer problemas.

Pensando especificamente no câncer de próstata, quando o homem deve começar a considerar cuidados preventivos?

Costumo dizer que quanto mais cedo esses hábitos forem adotados, maiores serão as chances de uma vida longa e saudável. O cuidado preventivo deve começar já na adolescência e continuar na fase adulta jovem, enfatizando também, principalmente nesse período, a adoção de hábitos de vida saudáveis, prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada, além de evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Após os 40 anos, além do acompanhamento com o urologista, é preciso também entender possíveis quadros como hipertensão, diabetes, doenças coronarianas e câncer, que também podem interferir na qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico?

A investigação do câncer de próstata envolve inicialmente dois exames fundamentais: o primeiro é o exame de toque retal, em que o médico avalia a forma e textura da próstata. A partir dele, é possível palpar as partes posterior e lateral da próstata, locais em que a maioria dos tumores desse tipo inicia.

O segundo é o exame de PSA, um teste sanguíneo que mede a quantidade de Antígeno Prostático Específico – uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados dessa proteína podem indicar câncer ou doenças benignas da próstata.

Outra forma para confirmar o diagnóstico de câncer de próstata é pela biópsia, em que pequenas amostras da próstata são coletadas para análise laboratorial. Ela é indicada caso haja alguma alteração bloqueada no exame de PSA ou no toque retal.

Existem fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do câncer de próstata ao longo da vida?

Sim, vários fatores podem potencializar o aparecimento do câncer de próstata. A idade é um dos principais fatores, com a maioria dos casos ocorrendo em homens com mais de 50 anos e o risco aumentando significativamente após os 65 anos.

O histórico familiar também desempenha um papel importante. Ter um pai ou irmão diagnosticado eleva consideravelmente o risco, especialmente se o diagnóstico ocorreu antes dos 60 anos. Além disso, a etnia apresenta risco, já que os homens negros apresentam uma maior incidência e tendem a ter um comportamento mais agressivo da doença em comparação com homens de outras etnias.

Fatores genéticos, como alterações específicas em genes como BRCA1 e BRCA2, também estão associados a um risco maior de câncer de próstata. E a alimentação ainda pode ser um fator de influência, se for rica em gorduras saturadas e carnes vermelhas, combinadas com baixo consumo de frutas e vegetais, por exemplo.

Por fim, a obesidade é outro ponto que merece ser citado, pois estudos indicam que homens obesos podem ter um risco maior de desenvolver câncer de próstata.

É possível que homens jovens desenvolvam câncer de próstata?

Embora raro, o câncer de próstata pode, sim, ocorrer em homens jovens, geralmente abaixo dos 50 anos, e sua incidência tem aumentado ligeiramente nos últimos anos.

A maioria dos casos ocorre em homens mais velhos. No entanto, é importante salientar que, quando ocorre em indivíduos mais jovens, a doença tende a ser mais agressiva e pode se desenvolver de forma mais rápida.

Dor nas costas persistente pode ser um dos sintomas de câncer agressivo; entenda

A dor nas costas pode ter diversas causas, mas poucos sabem que pode ser um sinal de câncer de pâncreas, uma das formas mais agressivas da doença. Essa dor pode surgir na parte superior do abdômen ou nas costas, começando de forma leve e piorando com o tempo. Ela costuma ser provocada por um tumor que pressiona a coluna vertebral.

O câncer de pâncreas ocorre quando células malignas se formam no pâncreas, um órgão essencial na digestão e controle do açúcar no sangue. O tipo mais comum é o adenocarcinoma pancreático, que cresce rapidamente e se espalha para outras áreas do corpo, tornando o tratamento mais desafiador.

Os sintomas geralmente aparecem tarde e incluem dor nas costas ou no abdômen, icterícia (pele e olhos amarelados), perda de peso sem motivo, náusea, vômitos, fezes claras ou urina escura, cansaço extremo e diabetes de início recente.

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura, que são maiores quando o câncer é detectado em estágios iniciais e restrito ao pâncreas. No entanto, a maioria dos casos é diagnosticada em fases avançadas, dificultando o tratamento.

Além do câncer de pâncreas, outros tipos de câncer, como os de pulmão, mama, próstata e colorretal, também podem causar dor nas costas, especialmente quando se espalham para a coluna vertebral.

O tratamento varia de acordo com o estágio da doença, e a cirurgia é uma opção quando o tumor ainda está localizado no pâncreas.

Fonte: catracalivre

Sinais precoces do câncer de pâncreas; aprenda a identificá-los

O câncer de pâncreas é um dos tipos mais difíceis de detectar precocemente e apresenta uma baixa taxa de sobrevivência em estágios avançados. No entanto, avanços recentes estão melhorando tanto a detecção quanto as opções de tratamento.

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

Segundo o programa SEER do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos, a taxa de sobrevivência para pacientes com câncer de pâncreas diagnosticado precocemente é cerca de 43,9% após cinco anos. Em contraste, a taxa de sobrevivência para casos diagnosticados em estágios avançados, com metástase, cai para menos de 5%. Em resposta a esses dados preocupantes, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) está promovendo iniciativas para melhorar a detecção precoce da doença.

SINAIS PRECOCES E DETECÇÃO

Os sintomas iniciais do câncer de pâncreas podem ser sutis, mas identificá-los é essencial. De acordo com um estudo publicado no The Official Journal of the International Hepato Pancreato Biliary Association, cerca de 75% dos pacientes apresentam prurido na pele como um sinal precoce. Outros sintomas a serem observados incluem dor abdominal, perda de peso, fadiga, icterícia e urina escura. Detectar esses sinais cedo é crucial para aumentar as chances de um tratamento eficaz e melhorar o prognóstico.

OPÇÕES DE TRATAMENTO

Quando o câncer é detectado nas fases iniciais, tratamentos como cirurgia podem ser mais eficazes. Isso pode envolver a remoção parcial do pâncreas e, em alguns casos, também de órgãos adjacentes como o duodeno e a vesícula biliar. Além da cirurgia, tratamentos complementares como quimioterapia, radioterapia e imunoterapia estão sendo cada vez mais usados para melhorar as perspectivas de sobrevivência dos pacientes.

Informações: catracalivre

Saiba mais sobre tumor que afetou a esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen nas Olimpíadas de Paris

Os tumores nas costas, que podem afetar tanto a região torácica quanto o cóccix, representam uma preocupação significativa para a saúde. Independentemente de serem benignos ou malignos, esses tumores podem causar uma variedade de sintomas que afetam a qualidade de vida dos pacientes.

Um exemplo recente é o caso da esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen, que foi forçada a se retirar das Olimpíadas de Paris devido a fortes dores causadas por um tumor no cóccix. Em seu duelo de estreia, ela passou mal durante a última rodada, pediu atendimento, mas não aguentou e perdeu a prova, visivelmente tomada pelas fortes dores causadas pelo tumor.

A atleta, inicialmente hospitalizada por conta de uma crise de lombalgia, foi diagnosticada com um tumor benigno na região do cóccix dias antes da sua estreia na competição. Segundo a oncologista Marília Takahashi, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), os tumores benignos são lesões causadas pelo crescimento descontrolado de nossas células. “Ao contrário de um tumor maligno, [o tumor benigno] não tem capacidade de invadir os tecidos próximos ou de se espalhar para outras partes do corpo. Mas, apesar de benignos, podem trazer risco à saúde dependendo de sua localização”, explica a médica.

SINTOMAS E TRATAMENTO

Os tumores no cóccix podem ter diversas origens e formas, e muitas vezes a causa exata não é clara. De acordo com a Dra. Takahashi, fatores de risco incluem anormalidades genéticas, traumas, irritação crônica, infecções, má formação e doenças ósseas como a Doença de Paget. Esses tumores, frequentemente chamados de condromas, podem causar dores persistentes, inchaços, dormência nas áreas próximas e dificuldades de movimento devido ao desconforto.

O tratamento dos tumores no cóccix é personalizado e depende de vários fatores, incluindo o tipo e a natureza do tumor (benigno ou maligno), seu tamanho, localização, si

ntomas e o estado geral de saúde do paciente. “Cada caso deve ser avaliado individualmente, mas as possíveis modalidades de tratamento incluem a cirurgia, radioterapia e quimioterapia”, finaliza a médica.

Nathalie Moellhausen passou por cirurgia nesta quarta-feira (31) e teve o tumor no cóccix retirado. A operação foi feita no Lariboisière Hspital AP-HP, hospital público em Paris.

Estudos apontam vitamina que pode reduzir o risco de câncer de intestino

Pesquisas recentes indicam que a vitamina B9, também conhecida como folato, pode desempenhar um papel importante na prevenção do câncer de intestino. Um estudo publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition revela que o consumo adequado de folato está associado a uma menor probabilidade de desenvolver câncer colorretal.

A análise, que incluiu dados de mais de 70 mil pessoas, destaca a importância do folato para a saúde intestinal. Segundo os pesquisadores, cada 260 microgramas adicionais de folato consumidos diariamente podem reduzir o risco de câncer em 7%, evidenciando o impacto positivo desse nutriente.

FONTES ALIMENTARES RICAS EM FOLATO:

  • Vegetais de folhas verdes, como espinafre, couve e brócolis;
  • Sementes de girassol;
  • Grãos integrais;
  • Leguminosas.

Além das fontes naturais, o ácido fólico, uma forma suplementar do folato, também está disponível para apoiar a prevenção.

Essas descobertas reforçam a importância de incluir folato na dieta como uma estratégia promissora para reduzir o risco de câncer de intestino, sublinhando a conexão vital entre nutrição adequada e saúde a longo prazo.

Anvisa emite alerta sobre ‘pílula do câncer’

Na última terça-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um comunicado alertando sobre a fosfoetanolamina, popularmente conhecida como ‘pílula do câncer’. A Anvisa reforçou que este produto não possui autorização ou registro para ser utilizado como suplemento alimentar ou medicamento no Brasil.

A comercialização da fosfoetanolamina só é permitida com a devida aprovação da Anvisa, conforme exigências da legislação brasileira e padrões internacionais, afirmou o órgão regulador.

RISCOS E RECOMENDAÇÕES

O uso de produtos não registrados para tratamento do câncer apresenta riscos significativos, podendo interferir negativamente nos tratamentos convencionais e até mesmo conter contaminantes. A Anvisa alerta que é crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para optar por terapias não autorizadas, como a fosfoetanolamina, cuja eficácia não foi comprovada.

A importância das pesquisas clínicas é destacada pela Anvisa, que salienta que sem dados científicos adequados e registro formal, a segurança e eficácia da fosfoetanolamina no tratamento do câncer não podem ser garantidas.

PUBLICIDADE IRREGULAR

A Anvisa também destacou que propagandas em redes sociais que atribuem à fosfoetanolamina propriedades terapêuticas ou de saúde são consideradas irregulares e enganosas.

A Anvisa reafirma seu compromisso com a saúde pública e segue práticas internacionais para garantir um ambiente regulatório seguro. Desde sua criação pela Lei 9.782 em 1999, a Agência tem focado na proteção da saúde da população brasileira.

Para que a fosfoetanolamina possa ser comercializada no Brasil, é essencial que seus fabricantes solicitem o registro do produto, submetendo-o a testes de qualidade, segurança e eficácia para análise pela Anvisa.

A fosfoetanolamina está na lista de busca do Epinet (Exclusão de Produtos Irregulares da Internet), onde, desde sua criação em 2021, foram registrados 57 incidentes, com uma taxa de sucesso de 97,73% na remoção desses produtos da internet.”

Pesquisador da USP de Ribeirão vence prêmio por estudo sobre células contra o câncer

O pesquisador Alison Felipe Bordini Biggi, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, conquistou o prêmio Top Scoring Emerging Economy Abstract Award pelo seu estudo sobre uma célula que pode combater o câncer. A pesquisa foi realizada no Hemocentro de Ribeirão Preto e faz parte do Centro de Terapia Celular (CTC). Esta é a segunda vez consecutiva que um estudo do grupo é reconhecido pela International Society for Cell & Gene Therapy, conforme informou a Agência Fapesp.

A pesquisa premiada, intitulada “IL-27 in a Fourth Generation CAR Enhances CAR-NK Cell Effector Function,” foca nas células exterminadoras naturais (NK), fundamentais na resposta precoce contra células tumorais e infecções virais. Em um vídeo divulgado pelo Hemocentro de Ribeirão Preto, Biggi explicou que a citocina IL-27 acelera a proliferação das células CAR-NK, potencialmente reduzindo o tempo necessário para a produção dessa terapia. Alison Biggi receberá o prêmio no encontro anual da International Society for Cell & Gene Therapy, que será realizado em Vancouver, no Canadá, de 29 de maio a 1º de junho.

Antero Greco, jornalista da ESPN, está em estado terminal

Paulo Soares, conhecido como Amigão, compartilhou uma comovente mensagem de despedida no sábado, 11, revelando que Antero Greco, seu amigo e companheiro de profissão, está em cuidados paliativos e enfrenta os últimos dias de uma batalha contra um tumor cerebral diagnosticado em 2022. Segundo Soares, o jornalista está sedado, alimentando-se por sonda e sem comunicação, rodeado por familiares e amigos que o visitaram nos últimos dias para se despedirem. Após passar por cirurgias, radioterapia e quimioterapia, Greco enfrentou uma recente deterioração em seu estado de saúde.

Antero, de 68 anos, encontra-se internado na unidade hospitalar BP Mirante, em São Paulo, em estado de saúde “estável e delicado”, conforme comunicado oficial do Hospital Beneficência Portuguesa neste domingo, 12. O boletim médico informa que Greco recebe todo o suporte necessário na unidade semi-intensiva.

Tratamento contra tumores sólidos é desenvolvido por cientistas da USP e da Índia

Um avanço significativo na luta contra o câncer foi alcançado por cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) em colaboração com institutos de pesquisa da Índia. O tratamento inovador, considerado promissor, visa combater tumores sólidos, como os cânceres de próstata, mama, colo de útero, pulmão, intestino, estômago e pele.

Publicado no renomado Journal of Controlled Release, o estudo detalha a eficácia do tratamento contra tumores sólidos através da inibição do microambiente tumoral inflamatório, uma abordagem que pode representar uma alternativa promissora no combate a esses tipos de câncer.

Os tumores sólidos, por sua natureza, apresentam desafios consideráveis no tratamento, devido à dificuldade de penetração dos medicamentos. O microambiente tumoral inflamatório, onde os tumores se desenvolvem, contém células e substâncias que, em vez de combater o tumor, contribuem para seu crescimento, dificultando a ação das células de defesa do organismo.

O tratamento desenvolvido pelos cientistas consiste em nanomicelas, partículas minúsculas com dimensões entre 1 e 100 nanômetros, compostas por uma combinação de fosfolipídios, docetaxel e dexametasona. Essas substâncias, já utilizadas na produção de anti-inflamatórios e no combate às células tumorais, mostraram-se eficazes em estudos realizados em animais de laboratório, reduzindo significativamente o tamanho dos tumores e aumentando a sobrevida dos animais.

“A diminuição superior a cinco vezes no volume do tumor, em comparação com tumores não tratados no modelo de câncer de cólon, demonstra a eficácia do tratamento”, destaca Avinash Bajaj, chefe do Laboratório de Nanotecnologia e Química Biológica do Centro Regional de Biotecnologia de Faridabad, na Índia.

Embora os estudos tenham sido conduzidos em animais, os resultados promissores abrem caminho para pesquisas em humanos, pois as partículas são compostas por substâncias já aprovadas para uso humano. Essa descoberta representa um importante avanço na busca por novas terapias contra o câncer e oferece esperança para milhões de pacientes em todo o mundo.