OPAS emite alerta epidemiológico para coqueluche nas Américas; conheça os sintomas

Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo têm registrado um aumento nos casos de coqueluche, também conhecida como tosse convulsa. Em São Paulo, só em 2024, de janeiro a julho, já foram notificados 466 casos suspeitos, sendo 165 confirmados até 3 de julho, segundo boletim epidemiológico, publicado no dia 11 deste mês.

De acordo com o alerta epidemiológico da OPAS, publicado em 22 de julho de 2024, no Brasil, da semana epidemiológica (SE) 1 à 26 de 2024, foram notificados 973 casos suspeitos de coqueluche, enquanto 1.465 casos suspeitos foram notificados ao longo de 2023. Os estados que concentraram o maior número de casos em 2024 foram São Paulo, com 157 casos, Paraná, com 26 casos, Minas Gerais, com 15 casos, e Rio Grande do Sul, com 12 casos de coqueluche.

Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, apesar da imunização ser uma das intervenções de saúde pública mais bem-sucedidas, a cobertura vacinal global ainda não retornou aos níveis pré-pandemia de COVID-19.

SOBRE A COQUELUCHE

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissão respiratória, de distribuição universal, imunoprevenível e de notificação compulsória. Apesar da coqueluche ser uma doença imunoprevenível, sendo o homem o único reservatório natural, ainda representa um problema de saúde pública, especialmente em lactentes, onde pode levar a complicações graves e até mesmo à morte.

SINTOMAS

O contágio ocorre por meio das gotículas de saliva expelidas na tosse, espirro ou até mesmo na fala, com o contato direto da pessoa infectada com um indivíduo não vacinado. Os sintomas da coqueluche podem variar conforme a idade do paciente e a gravidade da infecção. Em geral, a enfermidade apresenta três estágios:

– Estágio catarral: assemelha-se a um resfriado comum, com coriza, febre baixa, espirros e uma tosse leve e ocasional.

– Estágio paroxístico: caracterizado por episódios de tosse intensa e incontrolável, seguidos por um som agudo ao inspirar. Esses episódios podem ser tão severos que causam vômito, exaustão e até mesmo morte súbita em crianças menores de 1 ano.

– Estágio de convalescença: a tosse gradualmente diminui em frequência e intensidade.

Veja como hábitos do dia a dia podem acarretar sintomas de olho seco

Muitas horas de exposição à telas, altos níveis de poluição nas cidades e uso de ar-condicionado constante. Essas são algumas condições que podem desencadear a chamada doença do olho seco, caracterizada pela diminuição da produção de lágrimas. A doença afeta cerca de 20 milhões de brasileiros, em sua maioria os jovens, e traz, dentre os sintomas, desconforto ocular, e pode ter a sua ocorrência ligada aos hábitos do dia a dia.

O mês de julho, conhecido como Julho Turquesa, marca a importância da conscientização desse problema. A dra. Mônica Alves, médica oftalmologista, comenta sobre o tema. “O olho seco não é uma doença de um sintoma só. Irritação, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento, sensação de secura, dentre muitos outros fazem parte dessa lista. Os sintomas podem mudar ao longo do dia e ter diferentes graus de incômodo. Cada paciente manifesta a doença de uma maneira diferente.”

COMO FUNCIONA A DOENÇA E COMO DIAGNOSTICAR

A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais, composta por água, sais minerais, proteínas e gordura, com a função de lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos. O Ministério da Saúde caracteriza a doença do olho seco como um problema na produção ou na qualidade da lágrima que provoca o ressecamento da superfície do olho, da córnea e da conjuntiva.

Para identificar o olho seco, o oftalmologista, além da análise clínica, também realiza um questionário para entender o grau e a intensidade dos sintomas e do incômodo vivido pelo paciente. Além disso, o especialista também deve considerar um teste que avalie qualquer alteração ocular”, complementa a médica.

CAUSAS

Em 2023, a Tear Film & Ocular Surface Society (TFOS), sociedade americana dedicada a estudar e investigar questões ligadas ao filme lacrimal e da superfície ocular, publicou um consenso que avaliava a ocorrência de doenças da superfície ocular e estilo de vida. “Para isso, foram considerados uma série de fatores, como nutrição, exposição ambiental, fatores climáticos, exposição digital, dentre outros”, explica a médica. “O objetivo final era de entender o que no estilo de vida moderno pode causar doenças oculares, e todos esses itens têm correlação.”

“A ocorrência de olho seco foi um destaque nesse estudo”, comenta. Cidades grandes com altos níveis de poluição, muito tempo de exposição ao ar-condicionado ou a telas, o uso de cosméticos, questões de saúde mental, dentre outros fatores que causam o olho seco. E, de fato, hoje os estudos epidemiológicos comprovam o aumento da ocorrência da doença.”

TRATAMENTO

A Dra. Mônica conta que o tratamento ocorre a partir da aplicação de lágrimas artificiais, ou seja, de lubrificantes oculares, que muitas vezes se apresentam na forma de colírios. Dessa forma, o paciente consegue ter um alívio dos sintomas, mas as visitas ao oftalmologista não devem ser negligenciadas.

“É importante que os profissionais da saúde deem importância ao relato do paciente e que ele seja avaliado por um todo. Por outro lado, muitas vezes, o paciente tende a fazer uma automedicação, que pode piorar o problema”, adiciona a especialista.

“Pacientes que vivem com a doença em estágio moderado ou grave possuem um alto impacto na qualidade de vida. É uma pessoa que deixa de fazer coisas rotineiras, como ir a lugares com ar-condicionado. O olho seco não pode ser negligenciado, independente do grau e da intensidade dos sintomas”, finaliza Mônica.

Sobre a AbbVie em Oftalmologia

Na AbbVie, estamos comprometidos em fazer comque a visão dure uma vida toda. Com um legado de mais de 75 anos em saúde ocular, temos orgulho de oferecer 125 produtos para cuidados oftalmológicos que ajudam a preservar e proteger a visão de pacientes em todo o mundo. Tratamos doenças da parte frontal até a posterior do olho, incluindo glaucoma, doenças da superfície ocular e doenças da retina.

Aumenta no Rio Grande do Sul risco de doenças infecciosas

Pesquisadores do Observatório de Clima e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz (Icict/Fiocruz) alertam, em nota técnica, para o aumento da incidência de doenças respiratórias (covid-19, gripes e resfriados e tuberculose), doenças gastrointestinais (hepatite A e diarreia infecciosa), doenças transmitidas por vetores (principalmente a dengue) e leptospirose entre a população do Rio Grande do Sul.

Outro perigo deste momento pós-enchentes é o maior número de acidentes com animais peçonhentos, que podem aparecer dentro das casas com a baixa das águas.

“Historicamente, as regiões dos vales (incluindo a região metropolitana de Porto Alegre), a depressão central e litoral norte do estado têm maior incidência de acidentes com animais peçonhentos. Com a subida do nível das águas podem ocorrer mais acidentes com aranhas e serpentes, assim como aumenta o risco da transmissão de doenças transmitidas por água contaminada e vetores, como leptospirose, diarreias e dengue. Essas doenças estão mais concentradas no verão, mas podem se estender nos próximos meses devido às alterações do ambiente original causadas pelas chuvas intensas e enchentes”, explica o pesquisador do Observatório de Clima e Saúde, Diego Xavier.

“A sobreposição desses riscos, nas mesmas áreas e no mesmo período, exige do sistema de saúde maior capacidade de realizar diagnósticos diferenciais e de identificar os casos mais graves, que precisarão de internação hospitalar ou tratamento especializado”, complementa Christovam Barcellos, também pesquisador do Observatório.

Os pesquisadores chamam a atenção para outra questão importante nessa etapa da tragédia: a saúde mental dos desabrigados, dos profissionais e dos voluntários que estão trabalhando na emergência. As perdas materiais e/ou de parentes e amigos podem causar aumento de casos de transtorno de estresse pós-traumático, depressão e ansiedade.  

De acordo com estudo divulgado pelo Observatório de Clima e Saúde, as doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e transtornos mentais podem se descompensar devido à interrupção do acesso a medicamentos e cuidados médicos contínuos.   

A aglomeração de pessoas nos abrigos, as obras de recuperação das cidades atingidas e o contato com água contaminada estão entre os motivos que podem causar o aumento da maioria dos problemas relacionados à saúde. Neste momento em que as ruas estão cheias de lixo e entulho à espera de coleta, lesões físicas, como cortes, fraturas, contusões e até queimaduras, também se tornam frequentes.  

A nota técnica ressalta ainda que existem 1.518 estabelecimentos potencialmente poluidores dentro da área que foi inundada. São indústrias, terminais de transporte, obras civis, estabelecimentos comerciais e depósitos que, invadidos pelas enchentes, podem expor a população a substâncias tóxicas nos meses posteriores ao desastre.  

“Sabemos que o momento é difícil e que muitos serviços ainda precisam ser restabelecidos, mas, para diminuir os riscos para a população, é importante que o sistema de saúde implemente iniciativas de cuidado coletivas, como campanhas de vacinação, fornecimento de água potável e de instalações sanitárias adequadas nos abrigos, o controle de vetores, o acesso contínuo a medicamentos e cuidados médicos para os doentes crônicos, além de serviços de apoio à saúde mental da população e das pessoas que estão trabalhando na emergência”, afirma Diego Xavier.

Hospital Unimed Ribeirão Preto recebe prêmio por excelência no atendimento aos pacientes de AVC

Em uma cerimônia marcada pela celebração da excelência em cuidados médicos, o Hospital Unimed Ribeirão Preto foi agraciado com o prêmio Angels (Angels Awards), nível Platinum, do Programa Internacional Angels Initiative, em reconhecimento ao seu excepcional atendimento a casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O projeto Angels Initiative, uma iniciativa da renomada farmacêutica alemã Boehringer Ingelheim em colaboração com diversas instituições, tem como objetivo preparar hospitais em todo o mundo para fornecer atendimento de qualidade excepcional a pacientes com AVC.

O hospital, que já havia sido reconhecido com o nível Ouro Angels Awards nos primeiros dois trimestres de 2023, alcançou agora a certificação Platinum, demonstrando seu compromisso contínuo com a excelência no tratamento de AVC. Para João Almiro Ferreira Filho, diretor técnico do HURP, esse prêmio é uma homenagem a todos os profissionais dedicados que trabalham incansavelmente para salvar vidas e reduzir as sequelas dos pacientes com AVC.

Com um aumento significativo no número de pacientes atendidos por AVC no último ano, o Hospital Unimed Ribeirão Preto não apenas prioriza o atendimento a esses casos, mas também busca constantemente melhorar seus protocolos e processos para garantir resultados ainda melhores. A terapia de reperfusão, administrada a 61 dos 100 pacientes com AVC isquêmico atendidos no hospital, tem desempenhado um papel crucial na redução de sequelas, aumentando em 30% as chances de recuperação sem complicações.

Além disso, a melhoria na avaliação da deglutição em pacientes pós-AVC e a disponibilidade de uma equipe altamente capacitada, incluindo neurologistas e radiologistas intervencionistas, 24 horas por dia, são elementos fundamentais para o sucesso do tratamento. O Hospital Unimed Ribeirão Preto continua a se destacar como referência em atendimento de AVC, priorizando o bem-estar e a recuperação dos pacientes a cada passo do processo.

Ribeirão Preto constata quase mil casos de dengue em março

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto divulgou nesta quarta-feira, 6, um preocupante aumento nos casos de dengue na cidade. Desde o início de março, foram confirmados quase mil novos casos, elevando o total para 4.805 ocorrências registradas. Além disso, duas mortes já foram relatadas como resultado da doença neste ano.

Embora os números sejam alarmantes, é importante ressaltar que o total de casos suspeitos chegam a 12.638, com 1.658 já descartados. A situação é particularmente grave na zona Leste, que lidera com 1.468 registros, seguida pela zona Norte, com 1.193 casos. As regiões Sul, Oeste e Centro também enfrentam altos números, com 819, 652 e 549 casos, respectivamente.

Além da dengue, a cidade ainda registra 21 casos de chikungunya, outra doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. As autoridades de saúde continuam alertando para a importância da prevenção e do combate ao vetor, visando conter a propagação dessas enfermidades na região.

Tuberculose é a doença mais mortal de 2022 depois da Covid-19

Descoberta no século XIX, a tuberculose persiste como uma ameaça à saúde global, figurando como a segunda doença infecciosa que mais ceifou vidas no último ano, superada apenas pela covid-19. Em 2022, estima-se que tenham ocorrido 1,3 milhão de mortes pela doença em todo o mundo, com a tuberculose sendo a principal causa de óbito em indivíduos com HIV e uma das principais associadas à resistência antimicrobiana.

Apesar das estatísticas alarmantes, a tuberculose é prevenível e tratável. O Brasil dispõe de uma vacina eficaz desde a década de 1970, e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento acessível e eficaz. Transmitida pelo bacilo de Koch, a Mycobacterium tuberculosis, a doença afeta principalmente os pulmões, sendo transmitida por via respiratória. A tosse, fala ou espirros de uma pessoa infectada são os meios de transmissão, destacando a importância de ambientes ventilados e iluminados.

Os sintomas incluem tosse persistente, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento, sendo essencial procurar um médico ao observar tais sinais. O diagnóstico é rápido e preciso, com exames como baciloscopia, PCR e cultura utilizando amostras de escarro. O tratamento, à base de medicamentos, deve ser iniciado imediatamente após o diagnóstico positivo.

Apesar da disponibilidade de uma vacina segura, a BCG (bacilo Calmette-Guérin), a cobertura vacinal tem declinado nos últimos anos, aumentando o risco de casos graves e óbitos. Com a vacinação recomendada na infância até os 5 anos de idade, a conscientização sobre a importância da imunização é crucial para conter a propagação da tuberculose. Anualmente, o Brasil notifica cerca de 4,5 mil mortes pela doença, tornando essencial o engajamento contínuo na prevenção e tratamento da tuberculose.

Riscos dos pneumococos para crianças e adultos vão além de pneumonias

As infecções causadas pela bactéria pneumococo, apesar do nome associado aos pulmões, podem afetar várias partes do corpo, incluindo os ouvidos, seios paranasais e garganta, levando a quadros graves e até mortais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que essas doenças são responsáveis por 15% das mortes em crianças menores de 5 anos em todo o mundo e são a principal causa de mortalidade infantil evitável por vacinas na América Latina e Caribe, resultando em até 28 mil mortes infantis anuais na região. No entanto, a boa notícia é que essas infecções podem ser prevenidas por meio de vacinas gratuitas disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que celebra 50 anos em setembro de 2023.

A imunização é particularmente crucial para crianças pequenas, idosos e pessoas com condições médicas subjacentes, pois essas infecções podem ser graves. A transmissão do pneumococo pode ocorrer mesmo sem sintomas visíveis, tornando a vacinação fundamental como medida de prevenção. Portanto, proteger-se contra essas bactérias é essencial, especialmente considerando a diversidade genética da bactéria e a importância de cobrir vários sorotipos. A substituição gradual da vacina pneumo 10 pela pneumo 13, mais abrangente, é esperada, e clínicas privadas também podem incluir a pneumocócica 15-valente em seu arsenal de vacinas.

Edição: Juliana Andrade/Agência Brasil