Homem é preso com estoque ilegal de medicamentos em Ribeirão Preto

Polícia encontrou remédios e anabolizantes sem nota fiscal em casa no Planalto Verde após denúncia anônima

Um homem de 56 anos foi detido pela Polícia Militar nesta quarta-feira (14) em Ribeirão Preto, após ser flagrado com uma grande quantidade de medicamentos armazenados irregularmente em uma residência no bairro Planalto Verde, na zona Oeste da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, os remédios estavam sem nota fiscal e incluíam anabolizantes que exigem controle por receita especial.

A ação policial ocorreu na rua Elisa Alves de Jesus após uma denúncia anônima sobre a venda clandestina de medicamentos no local. Durante a averiguação, os agentes notaram um movimento constante de motociclistas que entravam e saíam da casa com sacolas, o que reforçou as suspeitas de comércio ilegal.

Ao ser abordado, o suspeito admitiu que os produtos eram de sua responsabilidade e confessou estar envolvido na comercialização dos medicamentos. A confissão foi registrada no boletim e os produtos apreendidos serão analisados pela perícia.

O caso foi encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto e será investigado como crime de falsificação, corrupção ou adulteração de produtos com finalidade terapêutica, conforme previsto na legislação penal. A Polícia Civil segue apurando a origem dos medicamentos e a possível existência de outros envolvidos na distribuição.

Farmacêuticos agora podem prescrever medicamentos; veja como vai funcionar;

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) anunciou na segunda-feira (17) a publicação de uma resolução que permite aos farmacêuticos prescrever medicamentos, incluindo os que necessitam de receita médica

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicou, na última segunda-feira (17), uma resolução que autoriza os farmacêuticos a prescreverem medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica. Essa nova norma, que entra em vigor no mês que vem, representa um marco importante na regulamentação da atuação desses profissionais, permitindo que eles possam emitir receitas de medicamentos com base em protocolos clínicos estabelecidos.

Até o momento, os farmacêuticos podiam apenas indicar medicamentos isentos de prescrição (MIPs), que são usados para tratar condições autolimitadas como resfriados ou alergias leves. Além disso, em alguns contextos, como programas de profilaxia ao HIV, também podiam prescrever remédios com receita, caso estivessem alinhados a diretrizes ou normas técnicas. A nova resolução expande esse escopo, permitindo que prescrevam medicamentos sujeitos a receita, desde que cumpram os requisitos necessários.

No entanto, a medida não autoriza todos os farmacêuticos a prescreverem qualquer medicamento. Apenas aqueles com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Farmácia Clínica poderão prescrever medicamentos que necessitam de receita médica. O RQE, uma certificação que será concedida a profissionais qualificados, garante que somente farmacêuticos com formação específica poderão atuar nesse novo campo. A ideia do CFF é aumentar a segurança para pacientes e profissionais, organizando e regulamentando a prática da prescrição farmacêutica.

Em resposta às críticas de entidades médicas, o CFF argumenta que a prescrição de medicamentos não é uma competência exclusiva dos médicos, desde que realizada dentro de protocolos clínicos definidos e com respaldo científico. A resolução também afirma que sua implementação visa não só regulamentar a prática, mas também dar maior segurança ao paciente e melhorar o atendimento nas instituições de saúde. Os pacientes poderão verificar se o farmacêutico está habilitado a prescrever medicamentos no site do CFF.

As entidades médicas, como o Conselho Federal de Medicina (CFM), criticam a medida, considerando-a ilegal e perigosa para a saúde pública. O CFM defende que a prescrição exige competências que são exclusivas dos médicos, como o diagnóstico e a definição do tratamento, o que não seria de responsabilidade dos farmacêuticos. A Associação Paulista de Medicina também se posiciona contra a resolução, alegando que a prescrição feita por farmacêuticos poderia comprometer a segurança e a eficácia dos tratamentos.

O CFF, por outro lado, sustenta que a prescrição farmacêutica é amparada pela Lei Federal nº 13.021 de 2014, que define o papel do farmacêutico na gestão do tratamento de pacientes, incluindo a análise do perfil farmacoterapêutico. Isso envolveria, por exemplo, verificar interações entre medicamentos e garantir que o paciente receba o tratamento adequado, embora sem o poder de alterar a medicação.

O tema, que já gerou embates jurídicos no passado, pode continuar a ser discutido nos tribunais. O CFM já sinalizou que tomará as medidas legais necessárias para contestar a nova resolução. Em 2022, uma tentativa anterior de permitir a prescrição por farmacêuticos foi barrada pela Justiça, o que sugere que a questão ainda pode ser objeto de novos processos judiciais.

Com a implementação dessa nova resolução, o CFF espera que a prescrição farmacêutica se torne mais organizada e eficiente, colaborando com a segurança e o bem-estar dos pacientes. No entanto, a controvérsia entre médicos e farmacêuticos sobre os limites da atuação de cada profissão provavelmente continuará a gerar debates intensos.

Anvisa autoriza venda de medicamentos prescritos por enfermeiros

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou que enfermeiros podem prescrever medicamentos que podem ser adquiridos em farmácias e drogarias privadas. Essa prática, que já foi permitida desde dezembro de 2022, foi reiterada em um ofício publicado no dia 20 de outubro. A medida ainda não é amplamente reconhecida no setor de medicamentos.

Historicamente, a Lei nº 7.498 de 1986 permite que enfermeiros prescrevam medicamentos em programas de saúde pública. Esses incluem antimicrobianos, como a amoxicilina, que combatem infecções. Contudo, as receitas dos enfermeiros não eram aceitas em farmácias devido à necessidade de registro no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), que apenas aceitava prescrições de médicos, veterinários e dentistas.

Com a desativação temporária do SNGPC em dezembro de 2022, as farmácias começaram a aceitar as receitas de enfermeiros. A conselheira do Conselho Federal de Enfermagem, Ana Paula, destacou que os enfermeiros estão autorizados a prescrever medicamentos de saúde pública, incluindo antibióticos para infecções sexualmente transmissíveis.

Apesar dessa mudança, muitos usuários ainda enfrentam dificuldades, pois algumas farmácias continuam a recusar as receitas de enfermeiros. A presidente do Conselho Federal de Enfermagem atribui isso a uma “cultura equivocada”, pois não há impedimentos legais para a aceitação dessas receitas.

O Conselho Regional de Farmácia do Ceará (CRF-CE) informou que, após a interrupção do SNGPC, as farmácias começaram a registrar receitas de maneiras alternativas, utilizando livros físicos e eletrônicos. Arlandia Nobre, presidente do CRF-CE, ressaltou que, quando o sistema for reativado, as farmácias não poderão mais liberar medicamentos prescritos por enfermeiros, a menos que o sistema seja adaptado.

Natana Pacheco, do Conselho Regional de Enfermagem do Ceará, enfatizou a importância de reconhecer a validade das prescrições de enfermeiros, o que pode aumentar o acesso à saúde e destacar a autonomia desses profissionais. Em Fortaleza, profissionais de enfermagem têm autorização para prescrever medicamentos em áreas específicas da saúde básica, conforme estabelecido por portaria local.

Fonte: www.opovo.com.br

SUS oferece novo medicamento para tratamento da anemia

O Sistema Único de Saúde (SUS) introduziu um novo tratamento destinado a pessoas que sofrem de anemia por deficiência de ferro. O medicamento, conhecido como ferripolimaltose, acaba de ser integrado à Rede SUS.

Com a disponibilização desse novo remédio, pacientes que têm intolerância ao sulfato ferroso poderão realizar o tratamento sem enfrentar efeitos colaterais indesejados, como dores estomacais e náuseas.

A anemia é uma condição de saúde séria, resultante da falta de ferro, um mineral crucial para a produção de células sanguíneas e para garantir que o oxigênio seja distribuído por todo o corpo. Quando os níveis de ferro estão insuficientes, os indivíduos podem sentir fadiga extrema, fraqueza, falta de ar e até dificuldades de concentração.

Esse tipo de anemia afeta especialmente crianças e mulheres em idade pré-menopausa, sendo mais prevalente entre pessoas de baixa renda, que frequentemente não conseguem garantir uma alimentação rica em ferro.

A anemia por deficiência de ferro é uma das condições nutricionais mais comuns globalmente, impactando cerca de 30% da população. No ano passado, o Ministério da Saúde destinou mais de R$ 326 milhões para internações relacionadas à anemia em hospitais públicos do país.

3 medicamentos elevam risco de demência, segundo nova pesquisa

Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia-São Francisco, publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, indica que o uso frequente de medicamentos para dormir pode elevar o risco de demência em até 79%. O estudo focou em medicamentos como zolpidem, clonazepam, diazepam e alguns antidepressivos. O aumento do risco é particularmente notável entre os indivíduos brancos, com o tipo e a dose do medicamento desempenhando um papel crucial.

O estudo, intitulado “Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal”, acompanhou cerca de três mil idosos ao longo de nove anos. Dos participantes, 42% eram negros e 58% brancos. Cerca de 20% dos participantes desenvolveram demência durante o estudo. Aqueles que usavam medicamentos para dormir com frequência apresentaram um risco 79% maior de desenvolver a doença comparado aos que usavam esses medicamentos raramente.

Além disso, o estudo sugere que certos medicamentos para dormir podem ter um impacto mais significativo no risco de demência do que outros. Yue Leng, principal autor do estudo, recomendou que pacientes com problemas de sono considerem alternativas como a terapia cognitivo-comportamental para insônia antes de recorrer a medicamentos. A melatonina pode ser uma opção mais segura, mas mais pesquisas são necessárias para avaliar seus efeitos a longo prazo.

Estudos anteriores também haviam indicado um vínculo entre o uso de medicamentos para dormir e o desenvolvimento de demência. Um estudo de 2015, por exemplo, associou o uso de zolpidem ao aumento do risco de demência e Alzheimer, mesmo considerando outras condições de saúde como hipertensão e diabetes.

O zolpidem, um hipnótico não benzodiazepínico, é usado para tratar a insônia, ajudando a induzir e prolongar o sono. Contudo, seu uso prolongado pode levar à dependência. O clonazepam (Rivotril) e o diazepam, ambos benzodiazepínicos, também têm efeitos sedativos e são prescritos para ansiedade, distúrbios do sono e outras condições. No entanto, seu uso pode causar efeitos colaterais significativos, incluindo problemas de memória e coordenação.

Esses medicamentos agem no neurotransmissor GABA, que regula o sono e pode, em longo prazo, contribuir para problemas cognitivos. Portanto, é essencial considerar alternativas e monitorar cuidadosamente o uso desses medicamentos.

Informações: catracalivre.com

Novo medicamento para tratamento da obesidade chega ao Brasil

O Wegovy, uma versão do Ozempic, já está disponível em algumas farmácias brasileiras, tanto para vendas físicas quanto online, antes mesmo da data prevista para agosto, conforme anunciado pelo fabricante Novo Nordisk.

Com a substância ativa semaglutida, o medicamento já está presente em catálogos de vendas online, como no site e aplicativo da Drogaria São Paulo, iniciando as vendas na última quinta-feira (18). Nas lojas físicas, a venda começou na sexta-feira (19) em todo o país, exceto na Bahia e em Pernambuco, onde será disponibilizado a partir de quinta-feira (25).

Os preços variam entre R$1.227,99 e R$1.298,83 para a versão com doses mínimas de 0,25 mg, enquanto a versão com dose mais alta de 2,4 mg tem preço médio de R$2.366. Os valores podem ser alterados de acordo com descontos oferecidos pelo laboratório ou planos de saúde.

O Brasil é o primeiro país na América Latina a disponibilizar o Wegovy, destinado ao tratamento da obesidade em adultos e crianças a partir de 12 anos com índice de massa corporal inicial igual ou superior a 30 kg/m², ou com sobrepeso associado a pelo menos uma comorbidade como diabetes tipo 2 ou hipertensão, conforme aprovado pela Anvisa em janeiro de 2023.

O uso do Wegovy deve ser contínuo e orientado por um médico, pois a obesidade é uma condição crônica que requer tratamento a longo prazo. A medicação, que contém semaglutida, simula um hormônio intestinal para ajudar no controle do açúcar no sangue, retardar o esvaziamento do estômago e prolongar a sensação de saciedade, reduzindo a fome.

Assim como o Ozempic, o Wegovy é de tarja vermelha e só pode ser adquirido mediante prescrição médica. É fundamental que o tratamento seja acompanhado de mudanças no estilo de vida, como alimentação saudável e prática de atividades físicas, para otimizar os resultados e minimizar riscos de efeitos colaterais.

Saiba como retirar medicamentos e outros itens gratuitos pelo Farmácia Popular

A partir de agora, 95% dos medicamentos e insumos oferecidos pelo programa Farmácia Popular serão gratuitos para toda a população. Além dos já conhecidos remédios para asma, diabetes, hipertensão, osteoporose e anticoncepcionais, o programa passa a incluir tratamentos gratuitos para colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite. O anúncio foi feito pela ministra Nísia Trindade na última quarta-feira (10).

A expectativa é que a medida beneficie cerca de 3 milhões de usuários do programa, proporcionando uma economia de até R$ 400 por ano para cada pessoa.

Além dos medicamentos, o programa também oferece absorventes gratuitos em farmácias credenciadas. Esta ação faz parte da campanha Dignidade Menstrual, que fornece itens de higiene a pessoas de baixa renda inscritas no CadÚnico.

COMO RETIRAR MEDICAMENTOS

Para retirar medicamentos pelo Farmácia Popular, siga estes passos:

  1. Dirija-se a uma farmácia credenciada, identificada pela logomarca do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB).
  2. Apresente a receita médica válida (pode ser do SUS ou de serviços particulares), junto com um documento de identidade e CPF.

RETIRADA DE FRALDAS GERIÁTRICAS

Para obter fraldas geriátricas para incontinência, é necessário:

  1. Ter 60 anos ou mais, ou ser uma pessoa com deficiência.
  2. Apresentar prescrição, laudo ou atestado médico que comprove a necessidade de fralda geriátrica. Se for uma pessoa com deficiência, o laudo deve incluir a Classificação Internacional de Doenças (CID).

CASO NÃO POSSA COMPARECER PESSOALMENTE

Se o paciente estiver acamado ou impossibilitado de ir à farmácia, um representante legal ou procurador pode retirar os medicamentos. O representante deve levar:

  1. Receita médica válida (do SUS ou de serviços particulares).
  2. Documento oficial com foto e CPF do beneficiário da receita.

PACIENTE MENOR DE IDADE

Para pacientes menores de idade, é necessário apresentar:

  1. Certidão de nascimento ou RG do menor.
  2. Documento oficial com foto e CPF do responsável legal.
  3. Documento que comprove a representação legal.

REPRESENTANTE LEGAL

O representante legal pode ser:

  1. Pessoa designada por sentença judicial.
  2. Portador de procuração pública com plenos poderes ou específicos para a aquisição de medicamentos e/ou fraldas geriátricas.
  3. Portador de procuração particular com firma reconhecida, com plenos poderes ou específicos para aquisição de medicamentos e/ou fraldas.
  4. Portador de identidade civil que comprove a responsabilidade pelo menor.

BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA

Os 55 milhões de brasileiros beneficiários do Bolsa Família têm acesso a todos os medicamentos do programa de forma totalmente gratuita, sem necessidade de cadastro adicional. O benefício é reconhecido automaticamente pelo sistema.

Harvard alerta sobre dois remédios que podem elevar o risco de cegueira

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard nos Estados Unidos alertou para um maior risco de desenvolvimento de neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIA-NA) associado ao uso dos medicamentos Ozempic e Wegovy, indicados para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

O estudo, conduzido pelos cientistas do Mass Eye and Ear, um hospital especializado em oftalmologia e otorrinolaringologia afiliado a Harvard, está publicado na revista científica JAMA Ophthalmology

O QUE É NOIA-NA E QUAIS SÃO SEUS EFEITOS?

A NOIA-NA é uma condição rara causada pela diminuição do fluxo sanguíneo para o nervo óptico, podendo resultar em danos irreversíveis e eventual cegueira. A condição é indolor e pode progredir ao longo de vários dias, sem opções de tratamento conhecidas para reverter os danos causados.

POR QUE O ESTUDO FOI INICIADO?

O estudo foi iniciado em meados de 2023, após três casos de perda de visão devido à NOIA-NA serem relatados em uma semana entre pacientes que utilizavam semaglutida, o princípio ativo tanto do Ozempic quanto do Wegovy. Apesar de rara, estima-se que ocorram cerca de 10 casos a cada 100 mil pessoas. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 17 mil pacientes tratados no Mass Eye and Ear ao longo de seis anos, identificando uma incidência significativamente maior de NOIA-NA entre os usuários desses medicamentos.

QUAIS FORAM OS RESULTADOS?

Entre os pacientes com diabetes tipo 2, 8,9% dos que utilizavam Ozempic desenvolveram NOIA-NA, comparado a 1,8% dos que utilizavam outros tratamentos, resultando em um risco ajustado 4,28 vezes maior. Entre os pacientes com obesidade tratados com Wegovy, 6,7% desenvolveram NOIA-NA, comparado a 0,8% dos que utilizavam outros medicamentos, apresentando um risco ajustado 7,64 vezes maior.

POSIÇÃO DOS FABRICANTES

A Novo Nordisk, empresa farmacêutica responsável pelos medicamentos, afirmou que a segurança dos pacientes é sua principal prioridade e que está comprometida em investigar todos os relatos de eventos adversos. A NOIA-NA não está atualmente listada como uma reação adversa conhecida dos medicamentos contendo semaglutida.

Agora você vai saber quanto custa. Anvisa lança painel para consulta de preços de medicamentos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um novo painel para consulta de preços de medicamentos comercializados no Brasil. A proposta é facilitar à população a consulta de valores máximos autorizados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Em nota, a Anvisa ressaltou que farmácias e drogarias, assim como laboratórios, distribuidores e importadores não podem cobrar acima do preço permitido pela CMED.

Até então, a lista de preços máximos permitidos para a venda de medicamentos era disponibilizada no portal da Anvisa e atualizada mensalmente. Com o novo painel, além da lista, os consumidores poderão fazer consultas mais específicas, conforme o produto desejado, utilizando o nome do medicamento, o princípio ativo ou o número de registro.

Denúncias

Caso o consumidor perceba que o preço de um medicamento em um estabelecimento está superior ao permitido, a orientação da agência é encaminhar uma denúncia à própria CMED, “contribuindo, assim, para o monitoramento do mercado e inibindo práticas de sobrepreço pelos estabelecimentos.”

“Destaca-se que, considerando a obrigatoriedade de cumprimento dos preços-teto definidos pela CMED e registrados no Sistema de Acompanhamento do Mercado de Medicamentos, o painel tem como objetivo auxiliar a consulta de preços de medicamentos, mas não substitui as listas oficiais de preços de medicamentos publicadas mensalmente.”

Entenda

O Preço Máximo ao Consumidor (PMC) é o chamado preço-teto autorizado para o comércio varejista de medicamentos, ou seja, farmácias e drogarias.

Já o Preço Máximo de Venda ao Governo (PMVG) é o preço-teto para vendas de medicamentos que constam em rol ou para atender decisão judicial. Ele corresponde ao resultado da aplicação de um desconto mínimo obrigatório em relação ao Preço Fábrica (PF), que é o teto de preço pelo qual um laboratório ou distribuidor pode comercializar um medicamento no mercado brasileiro.

Edição: Valéria Aguiar

Hemobrás conclui fábrica de medicamentos para hemofílicos

Neste Dia Nacional da Pessoa com Hemofilia, celebrado em 04/01, uma notícia promissora traz esperança para os brasileiros que convivem com essa condição. A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás) anunciou a conclusão da construção de uma fábrica de medicamentos recombinantes, produzidos por biotecnologia. Esta unidade está prestes a ser inaugurada e realizará os primeiros testes para validar a produção nacional do Hemo-8r®, medicamento crucial para pacientes com Hemofilia A.

O presidente da Hemobrás, Antonio Edson de Lucena, destaca a importância dessa conquista tecnológica para o país, enfatizando que a produção nacional desses medicamentos pode gerar um impacto significativo, melhorando a qualidade de vida de milhares de brasileiros afetados pela hemofilia. O Brasil, atualmente o 4º país com maior incidência de hemofilia no mundo, possui mais de 13 mil pessoas convivendo com essa condição.

A fábrica de recombinantes em pleno funcionamento representa não apenas a garantia do fornecimento do Hemo-8r®, ampliando o acesso ao tratamento, mas também abre caminho para a produção de outros medicamentos. A Hemobrás já assegura o fornecimento desses recombinantes para o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com a Takeda. Em 2023, mais de 837 milhões de unidades internacionais (UIs) do Hemo-8r® foram entregues aos usuários do SUS.

A hemofilia, uma doença rara de origem genético-hereditária que afeta a coagulação do sangue, pode se manifestar de forma leve, moderada ou grave. Com diagnóstico geralmente feito na infância, a hemofilia demanda tratamento específico para reposição do fator de coagulação deficiente. A Hemobrás desempenha um papel crucial nesse processo, fornecendo medicamentos essenciais como Fator VIII Plasmático, Fator IX Plasmático e Hemo-8R. Para Neder Santos, representante da Associação de Pessoas com Hemofilia do Mato Grosso do Sul, o tratamento adequado permite viver com qualidade e segurança, apesar dos desafios enfrentados pelos portadores dessa condição.