Polícia Federal e Gaeco apreendem esquema de desvio de cafeína em Ribeirão Preto

A Polícia Federal (PF) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) lançaram a Operação Car Wash na manhã desta quinta-feira (30) para combater um sofisticado esquema de desvio de cafeína destinada à produção e preparação de cocaína. Os agentes, apoiados pelo Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), estão executando 15 mandados de prisão temporária e 21 de busca e apreensão nas cidades paulistas de Ribeirão Preto, Rifaina e São João da Boa Vista.

O objetivo declarado da operação é desmantelar um esquema que buscava aumentar a quantidade de entorpecentes, os lucros provenientes de sua venda e a estrutura financeira para lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os suspeitos se organizavam em três grupos distintos, desempenhando funções específicas. Uma empresa de suplementos esportivos, legalmente autorizada a adquirir cafeína, era usada como fachada para o desvio do produto.

“A associação em questão se dividia em três grupos de acordo com suas funções: o grupo dos financiadores, dos fornecedores e traficantes locais, inclusive, com uma rede de pessoas utilizadas para movimentar recursos por intermédio de suas contas bancárias, relacionado à compra e venda do produto, e uma empresa de suplementos esportivos com autorização para aquisição da cafeína, posteriormente, desviada”, afirmou a PF.

A investigação apontou que parte dos recursos para a compra da cafeína vinha da negociação de veículos de luxo, os quais eram repostos com o dinheiro obtido com a venda aos traficantes locais. No total, 18 pessoas estão sob investigação, e caso sejam condenadas, enfrentarão penas que variam de 19 a 55 anos de prisão.

Fifa bane três atletas por esquema de manipulação de jogos

A Fifa emitiu uma declaração nesta segunda-feira anunciando a proibição vitalícia dos jogadores Ygor Catatau, Matheus Gomes e Gabriel Tota de todas as atividades relacionadas ao futebol, devido ao seu envolvimento em casos de manipulação de resultados através de apostas esportivas. Atendendo a uma solicitação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a entidade internacional também estendeu as suspensões de outros oito jogadores brasileiros para competições internacionais. Inicialmente, as penalidades se aplicavam apenas ao território nacional, determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

As sanções resultaram de uma investigação conduzida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) durante a Operação Penalidade Máxima, que revelou um esquema de manipulação de apostas em partidas das séries A e B do Campeonato Brasileiro, bem como em jogos do Paulistão e Gauchão de 2023. Os jogadores envolvidos eram aliciados por grupos criminosos e recebiam pagamentos para influenciar o desempenho em campo, muitas vezes provocando cartões amarelos e vermelhos. Além das penalidades esportivas, alguns jogadores também enfrentam processos criminais devido à sua participação no esquema.