Doenças respiratórias se potencializam no inverno; Veja como se prevenir

Com a chegada da estação mais fria do ano, é possível observar um aumento considerável no número de doenças no trato respiratório. Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, apontam que cerca de 20% dos brasileiros sofrem com algum tipo de doença respiratória agravada devido à queda das temperaturas juntamente com o clima seco e a baixa umidade característicos do inverno, a exemplo das rinites, sinusites, gripe e asma.

Geralmente, a transmissão dessas doenças acontece principalmente pelo contato com secreções ou por meio de gotículas expelidas ao tossir e espirrar, e os espaços fechados facilitam a contaminação, ocasionada pela alta infectividade desses vírus.

SINTOMAS MAIS COMUNS

Dentre os sintomas mais comuns de resfriados e gripes estão a coriza, tosse, dor de garganta, febre, dor de cabeça e mal-estar geral. Contudo, no início da infecção, é difícil para o paciente saber diferenciar um resfriado comum de uma gripe, COVID-19 ou pneumonia.

Ricardo Figueiredo, pneumologista e Coordenador do Centro de Excelência em Asma da Rede Mater Dei, ressalta que é fundamental estar atento a sinais de perigo, como: dificuldade para respirar, dor no peito, confusão mental e febre persistente, que podem indicar complicações mais graves como pneumonia ou COVID-19. Na persistência dos sintomas ou presença de sinais de perigo, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação mais completa.

TRATAMENTOS E PREVENÇÃO DA DOENÇA

O tratamento dessas doenças envolve, principalmente, medidas de suporte e alívio dos sintomas. Em casos de gripe ou COVID-19, antivirais específicos podem ser prescritos por um médico, dependendo da gravidade e do tempo de evolução dos sintomas.

Durante o tratamento das doenças respiratórias, recomenda-se higiene das mãos frequente, evitar contato próximo com pessoas sintomáticas, além de manter uma boa saúde respiratória. Cuidados como hidratação adequada, alimentação saudável e repouso também são fundamentais.

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2022, menos de 70% da população brasileira havia se vacinado contra o vírus da influenza, o maior causador da gripe e de outras doenças respiratórias, o número mais baixo desde o ano de 2019. Portanto, manter o calendário vacinal atualizado contribui efetivamente para uma melhor saúde respiratória.

Ricardo também destaca uma série de comportamentos preventivos cruciais para evitar as doenças respiratórias, são eles:

  • Uso de máscaras em ambientes fechados de alto risco;
  • Ventilação adequada dos espaços;
  • Higienização frequente das mãos são medidas eficazes;
  • Manter-se fisicamente ativo e adotar hábitos alimentares saudáveis, fortalecendo o sistema imunológico e ajudando a prevenir essas doenças.

Sobre a Rede Mater Dei de Saúde 

Somos uma rede de saúde completa, com 43 anos de vida, da qual o Hospital Mater Dei Emec faz parte, cuidando da saúde dos moradores de Feira de Santana e região, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Nossos serviços médico-hospitalares estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Estamos em expansão, levando para mais pessoas o Jeito Mater Dei de Cuidar e de Acolher. Nossa premissa é valorizar a vida dos nossos pacientes em cada atendimento, disponibilizando o melhor que a medicina pode oferecer.

Alimentos ricos em vitamina D para incluir na dieta durante o inverno

Com a chegada do inverno, é comum que a absorção de vitamina D diminua, já que a principal fonte desse nutriente é a exposição solar. Para compensar essa redução, é recomendável incluir na dieta alimentos que são naturalmente ricos em vitamina D. Aqui estão cinco opções para ajudar a manter os níveis adequados deste nutriente durante os meses mais frios:

  1. Fígado de boi: Além de ser uma fonte significativa de ferro, o fígado bovino é uma das principais fontes de vitamina D. Devido ao seu alto teor de colesterol, deve ser consumido com moderação.
  2. Peixes oleosos: Salmão, sardinha e atum são exemplos de peixes ricos em vitamina D3. Estes peixes são ótimas opções para aumentar os níveis de vitamina D na alimentação.
  3. Óleo de fígado de bacalhau: Cinco mililitros deste óleo podem fornecer de 400 a mil UI de vitamina D3. Geralmente disponível em cápsulas, é uma forma concentrada de suplementação.
  4. Gema de ovo: Reconhecida pelo Ministério da Saúde como uma fonte versátil de nutrientes, incluindo vitaminas A, D, E, B2, B9 e B12, a gema de ovo é particularmente rica em vitamina D3.
  5. Cogumelos: Uma opção para veganos, os cogumelos secos ao sol podem conter até 1,6 mil UI de vitamina D2 por porção de 100 gramas. Assim, oferecem uma alternativa vegetal para suplementar esse nutriente essencial.

É importante lembrar que, embora a exposição solar seja a principal fonte de vitamina D, especialmente no Brasil, onde pode representar até 90% da absorção total, a alimentação desempenha um papel crucial, especialmente durante períodos de menor exposição ao sol, como o inverno. Se houver deficiência de vitamina D, a suplementação deve ser considerada sob orientação médica, conforme recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Cálculo renal: hábitos no inverno aumentam a incidência dos casos

Durante o inverno, geralmente as pessoas bebem menos água devido à menor sensação de sede. A falta de consumo adequado de água pode levar à desidratação e ao surgimento de problemas renais, como cálculos, popularmente conhecidos como pedras nos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a incidência de cálculos renais aumenta em até 20% durante essa época do ano.

De acordo com o Dr. Luiz Gustavo Gun, urologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), mesmo que transpiremos menos e percamos menos líquidos no inverno, é crucial manter a ingestão de água nos níveis adequados. Além de tomar menos água, é comum o aumento do consumo de alimentos calóricos, muitos deles ricos em sal. A longo prazo, isso eleva o risco de doenças renais e cálculos, pois os rins precisam trabalhar mais para filtrar o excesso de sal, resultando em sobrecarga.

Formação dos cálculos renais

Os rins equilibram o volume de água no organismo e filtram impurezas do sangue, produzindo urina, que é armazenada na bexiga e posteriormente eliminada. Quando há excesso de cálcio e ácido úrico na urina, eles podem se aglomerar e formar cálculos, que se alojam nos rins e no sistema urinário. “Existem vários tipos de cálculos, mas quase todos estão quimicamente associados ao cálcio”, explica o Dr. Luiz Gustavo Gun. A condição afeta principalmente pessoas com histórico de cálculos renais, doenças sistêmicas como hipertensão, diabetes e Doença de Crohn, além de obesidade e sedentarismo.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas das doenças renais variam conforme a condição específica, mas é importante estar atento a sinais como cólicas intensas irradiando para as costas e a parte inferior do abdômen, dificuldade e/ou ardência ao urinar, além de urina em pequenas quantidades e com frequência aumentada. Presença de sangue na urina, febre, náuseas e vômitos também são sinais de alerta. “Os sintomas decorrem da obstrução causada pelo cálculo ao sair do rim. Se ele não tiver tamanho suficiente para passar pelo canal, provocará a obstrução da urina e, consequentemente, a cólica renal”, explica o Dr. Luiz Gustavo.

O diagnóstico é feito por meio de um exame simples de urina e tomografia computadorizada do aparelho urinário. “Quase todos os tipos de cálculos urinários podem ser tratados atualmente de forma endoscópica ou por laparoscopia, minimamente invasiva, com alta no mesmo dia ou no dia seguinte”, orienta o urologista.

Para preservar a saúde dos rins, o médico recomenda reforçar hábitos importantes: manter uma ingestão adequada de água, adotar uma vida saudável com atividades físicas regulares e alimentação equilibrada, controlar doenças sistêmicas e consultar um médico regularmente para se assegurar que as vias urinárias estejam livres e desobstruídas.

Inverno começa nesta quinta-feira, 20, com a maior noite do ano

Apesar de o frio já ter chegado em uma parte do Brasil, o inverno começa no Hemisfério Sul oficialmente nesta quinta-feira (20), às 17h50, no horário de Brasília. A mudança do outono para a estação mais fria do ano é marcada por um fenômeno chamado de solstício, em que o planeta atinge o ponto mais distante em relação ao Sol.

A própria palavra solstício retoma o significado da expressão Sol parado, em latim, exatamente pelo fato de que, ao ser observado a olho nu, o astro parece concluir sua trajetória quando atinge esse ponto. A mudança na posição a cada nascer ou pôr do Sol não é vista nesse dia.

Segundo o astrônomo e diretor do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Thiago Gonçalves, o solstício ocorre duas vezes ao ano – uma em junho e outra em dezembro – e, por causa da inclinação do eixo da Terra, um hemisfério do globo fica mais exposto à luz solar quando começa o verão, enquanto o outro fica menos, onde passa a ser inverno.

“Após seis meses, a gente pode imaginar que a Terra está do outro lado do Sol e, com essa inclinação, é o outro lado que estará virado para o Sol”, explica.

Em junho, o Hemisfério Sul é quem recebe menos incidência solar e, por isso, neste dia ocorre a noite mais longa do ano.

Equinócio

Segundo o astrônomo, conforme o planeta e o Sol vão se aproximando novamente, a duração das noites vai diminuindo até que as trajetórias atinjam o ponto mais próximo da Terra, quando dia e noite têm exatamente a mesma duração e os dois hemisférios são igualmente iluminados.

Gonçalves explica, ainda, que esse fenômeno é chamado equinócio e também ocorre duas vezes ao ano – uma em setembro e outra em março – quando começam o outono e a primavera.

Todas as transformações observadas no globo terrestre em relação à temperatura e vegetação de cada período do ano dependem do quanto cada região recebe de luz solar, por isso, as regiões mais próximas à Linha do Equador – como o Norte e o Nordeste brasileiro – sofrem menos mudanças. Gonçalves diz que os extremos – Polos Sul e Norte – pela inclinação ficam mais perto ou distantes do Sol.

“Se você viajasse do Rio Grande do Sul ao Amapá, por exemplo, você estaria se aproximando cada vez mais da parte da Terra que, neste solstício, está mais diretamente iluminada”, argumenta.

A duração do ciclo completo até o próximo solstício de inverno acontece em 365 dias, 48 minutos e 46 segundos. Por causa dos minutos e segundos a mais, o calendário precisa ser ajustado a cada quatro anos, quando o ano bissexto soma 366 dias.

**Com informações de Agência Brasil

Inverno inicia nesta semana; Confira como fica interior de SP

O inverno de 2024 terá início na próxima quinta-feira (20), às 17h51 (horário de Brasília), com o solstício de inverno. A Climatempo destaca que a influência crescente do fenômeno La Niña, caracterizado pelo resfriamento das águas superficiais no centro e leste do Oceano Pacífico Equatorial, moldará o clima da estação. Diferentemente do inverno de 2023, que foi dominado pelo El Niño e o aquecimento do Pacífico, La Niña trará um padrão distinto de temperaturas e precipitações para este ano.

Apesar da presença de La Niña, a expectativa para o Sudeste, especialmente o interior de São Paulo, é de um inverno predominantemente seco. De acordo com a Climatempo, muitas regiões, particularmente no norte do estado, podem passar os meses de julho e agosto sem chuvas significativas, e setembro também deverá registrar volumes abaixo da média. Com a atuação persistente de bloqueios atmosféricos, que limitam a chegada de frentes frias, as temperaturas tendem a ficar acima da média. Embora o ar frio polar possa atingir o sul e leste de São Paulo em julho, a interiorização será menos frequente. Contudo, as poucas incursões de ar frio podem provocar quedas acentuadas de temperatura e aumentar o risco de geadas em comparação a 2023, enquanto setembro poderá registrar ondas de calor.