Os prejuízos causados por incêndios em São Paulo já ultrapassam os R$ 2 bilhões, afetando principalmente os produtores de cana-de-açúcar. De acordo com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, cerca de 900 mil hectares de áreas agrícolas e pecuárias foram queimadas, além de 1,4 milhão de hectares de pastagens e um milhão de hectares de florestas.
O governo de São Paulo aplicou mais de R$ 25 milhões em multas relacionadas a queimadas criminosas em 2024. Entre janeiro e setembro, a Operação SP Sem Fogo atendeu a 2.392 ocorrências, vistoriando 2.159 focos de incêndio. No total, 420 autos de infração foram emitidos, afetando 107 mil hectares, o equivalente a 115 mil campos de futebol.
Até o momento, 23 pessoas foram presas por suspeita de iniciar intencionalmente os incêndios, com as primeiras prisões ocorrendo em agosto. As investigações não indicam, até agora, uma correlação entre os detidos, diferentemente do que foi observado em outras regiões do Brasil, como no Centro-Oeste e no Norte.
Mais de 8 mil propriedades rurais foram atingidas pelo fogo em 317 municípios paulistas. Apesar da redução nos focos ativos, as autoridades mantêm o alerta para novas queimadas, especialmente devido à seca prolongada, altas temperaturas e baixa umidade do ar.
A região de Ribeirão Preto continua em situação crítica, com a primeira morte registrada por incêndios florestais em setembro.
Dados do Inpe apontam que Altinópolis lidera os focos de incêndio no estado, com 127 registros, seguida por outras cidades da região de Ribeirão Preto, como Pitangueiras e Morro Agudo. A Polícia Ambiental intensificou as ações de fiscalização com o uso de viaturas e PMs, em um esforço para identificar e punir os responsáveis.
A Fundação Florestal também reforçou a proteção de áreas de conservação, como a Estação Ecológica de Ribeirão Preto, para prevenir novos focos de incêndio. Segundo a Defesa Civil, a maior parte dos incêndios é causada por ação humana, exigindo medidas de conscientização e punição rigorosa.