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Declarações de Lula sobre operação no Rio geram desconforto entre aliados e alimentam críticas da oposição

Foto: Freepik
Foto: Freepik

Aliados e assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relataram que não tiveram nem tempo de comemorar a vitória do governo na CPI do Crime Organizado, que elegeu o senador Fabiano Contarato (PT-ES) como presidente por uma diferença apertada de 6 a 5. O clima de celebração foi interrompido após as declarações do presidente a correspondentes estrangeiros, nas quais Lula afirmou que a Polícia Federal precisa investigar se houve uma “matança” durante a operação policial no Rio de Janeiro.

Segundo integrantes da base governista, as falas de Lula seguiram na direção oposta ao tom adotado pelos aliados durante a primeira reunião da CPI, que tentava reduzir o acirramento político e valorizar o trabalho das forças de segurança. A equipe de comunicação do Planalto se mostrou surpresa, já que o presidente não fez menção aos policiais mortos na operação, o que gerou incômodo até mesmo entre parlamentares do PT e partidos da base.

Nas redes sociais, o impacto foi imediato. A oposição reagiu com força, especialmente parlamentares do PL e do PP. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse que “Lula mostrou que está do lado dos traficantes”, e criticou o fato de o presidente não ter mencionado os quatro policiais mortos. Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que “houve matança sim, mas quem matou foram os bandidos”, reforçando o discurso de confronto com o governo federal.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que as declarações de Lula podem gerar novo desgaste na popularidade do governo. Um levantamento interno mostrou que o tema da segurança pública tem impacto direto na percepção popular: a taxa de desaprovação do governo subiu três pontos percentuais, e a avaliação negativa do presidente aumentou dois pontos. Segundo auxiliares, a fala sobre “matança” pode reverter os avanços obtidos em setembro e levar a aprovação de volta aos níveis de agosto.

Após a repercussão negativa, o Planalto tentou conter os danos e publicou, no perfil oficial de Lula na rede X, uma mensagem ressaltando o compromisso do governo no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. O texto destacou ações de integração institucional, base legal sólida e investigações mais eficazes — mas sem citar ou fazer qualquer referência à entrevista concedida por Lula, que provocou o novo desconforto político dentro e fora do governo.

Créditos: O Globo g1

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Segundo integrantes da base governista, as falas de Lula seguiram na direção oposta ao tom adotado pelos aliados durante a primeira reunião da CPI, que tentava reduzir o acirramento político e valorizar o trabalho das forças de segurança. A equipe de comunicação do Planalto se mostrou surpresa, já que o presidente não fez menção aos policiais mortos na operação, o que gerou incômodo até mesmo entre parlamentares do PT e partidos da base.

Nas redes sociais, o impacto foi imediato. A oposição reagiu com força, especialmente parlamentares do PL e do PP. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse que “Lula mostrou que está do lado dos traficantes”, e criticou o fato de o presidente não ter mencionado os quatro policiais mortos. Já o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou que “houve matança sim, mas quem matou foram os bandidos”, reforçando o discurso de confronto com o governo federal.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que as declarações de Lula podem gerar novo desgaste na popularidade do governo. Um levantamento interno mostrou que o tema da segurança pública tem impacto direto na percepção popular: a taxa de desaprovação do governo subiu três pontos percentuais, e a avaliação negativa do presidente aumentou dois pontos. Segundo auxiliares, a fala sobre “matança” pode reverter os avanços obtidos em setembro e levar a aprovação de volta aos níveis de agosto.

Após a repercussão negativa, o Planalto tentou conter os danos e publicou, no perfil oficial de Lula na rede X, uma mensagem ressaltando o compromisso do governo no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas. O texto destacou ações de integração institucional, base legal sólida e investigações mais eficazes — mas sem citar ou fazer qualquer referência à entrevista concedida por Lula, que provocou o novo desconforto político dentro e fora do governo.

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