Nesta quinta-feira, o governador Tarcísio de Freitas anunciou o veto ao projeto de lei que propunha a implementação da Política Estadual de Proteção e Combate ao Papilomavírus Humano, conhecido como HPV. O projeto, de autoria das deputadas Marina Helou, Edna Macedo, Delegada Graciela e Patrícia Gama, visava quatro pilares de ação: conscientização, imunização, diagnóstico e tratamento.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registra anualmente cerca de 17 mil casos de câncer de colo de útero, com aproximadamente 5 mil mortes de mulheres por ano devido a essa doença. O HPV é a infecção viral mais prevalente do trato reprodutivo globalmente, afetando de 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas em algum momento de suas vidas.

Marina Helou lamentou o veto, destacando que a iniciativa teria fortalecido a luta contra o HPV no estado de São Paulo, abrangendo conscientização, diagnóstico, tratamento e vacinação dos jovens nas escolas. O projeto propunha a criação de um Calendário Estadual de Vacinação HPV, começando em março de cada ano e facilitando a imunização nas escolas paulistas.

No entanto, o governador alegou, na justificativa do veto, que a Secretaria da Saúde considerou o projeto dispensável devido à existência de políticas públicas já em vigor e à inserção da vacina contra o HPV no Calendário Nacional de Vacinação. Ele mencionou também as campanhas de esclarecimento promovidas pela Coordenadoria de Controle de Doenças do estado.