Descoberta científica ensina a evitar o surgimento de rugas

Um grupo de pesquisadores de um projeto internacional está dedicando esforços para compreender a formação da pele humana, um avanço significativo na busca por formas de retardar os sinais de envelhecimento, como as rugas.

Um dos principais achados do estudo foi a identificação do papel das células-tronco na criação da pele, incluindo seu desenvolvimento durante a gestação e a formação da pele na fase adulta. Essa descoberta não só abre possibilidades para combater o envelhecimento cutâneo, mas também pode ser aplicada na criação de pele artificial em laboratório, útil para transplantes e na prevenção de cicatrizes. Além disso, as pesquisas podem contribuir para o tratamento de doenças dermatológicas e para a manutenção da saúde da pele ao longo do tempo.

O PROJETO

O “Atlas das Células Humanas”, coordenado pelo Instituto Wellcome Sanger em Cambridge, Reino Unido, é um dos estudos mais ambiciosos da biologia contemporânea. Seu objetivo é entender o desenvolvimento do corpo humano, célula por célula, e como as diversas partes se formam ao longo do tempo. Em oito anos de pesquisa, já foram analisadas mais de 100 milhões de células, resultando em atlas detalhados de órgãos como cérebro e pulmões. Atualmente, o foco é a pele e outros órgãos.

PAPEL DAS CÉULAS-TRONCO NA FORMAÇÃO DA PELE

Os pesquisadores explicam que, após a fecundação do óvulo, as células humanas são inicialmente homogêneas, mas começam a se especializar durante o desenvolvimento fetal. A pesquisa revelou como as células-tronco se organizam para formar a pele, o maior órgão do corpo humano. Utilizando substâncias químicas para ativar e desativar genes específicos, os cientistas conseguiram recriar amostras de pele em laboratório, desvendando as instruções necessárias para gerar a pele humana e publicando suas descobertas na revista Nature.

PREVENINDO RUGAS E REJUVENESCENDO A PELE

Compreendendo como a pele se forma e se regenera, os cientistas acreditam que podem manipular essas células na vida adulta. Essa abordagem pode ajudar a prevenir o envelhecimento e o surgimento de rugas, controlando os processos celulares que contribuem para a deterioração da pele. A pesquisadora Muzlifah Haniffa, uma das líderes do estudo, destacou a possibilidade de manter órgãos e tecidos mais jovens, além de evitar rugas.

APLICAÇÕES POTENCIAIS DA NOVA TECNOLOGIA

Além de prevenir rugas, essa técnica pode ter várias aplicações práticas, como:

  • Tratamento de queimaduras: A pele gerada em laboratório pode ser utilizada para pacientes com queimaduras, oferecendo alternativas aos tratamentos tradicionais.
  • Prevenção de cicatrizes: A descoberta pode ajudar a evitar cicatrizes durante a regeneração da pele, aplicável também em cirurgias.
  • Crescimento de cabelo: A pesquisa pode possibilitar a criação de folículos capilares em laboratório, auxiliando no tratamento da calvície.
  • Estudo de doenças de pele hereditárias: Com a geração de pele em laboratório, os cientistas podem testar novos tratamentos para condições dermatológicas.

Embora a pesquisa ainda esteja em estágios iniciais, suas implicações são promissoras para o futuro da medicina.

** Informações com base no artigo da BBC.

Fonte: catracalivre

Harvard reconhece solução natural para retardar o envelhecimento

A Universidade de Harvard recentemente destacou a cúrcuma como um poderoso aliado natural no combate ao envelhecimento. Esta especiaria, conhecida por seu uso tanto na culinária quanto na medicina tradicional, tem se mostrado benéfica para a saúde devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

A cúrcuma contém curcumina, um composto polifenólico que combate os radicais livres responsáveis pelo dano celular e pelo envelhecimento precoce.

Segundo o site Harvard Health Publishing, do autor Robert H. Shmerling, o consumo diário de cúrcuma pode começar a mostrar efeitos benéficos após cerca de seis semanas. Harvard ressalta que a cúrcuma pode ajudar a prevenir a perda muscular, aliviar dores articulares e melhorar a memória, além de promover a saúde da pele como um cicatrizante e hidratante natural.

Uma combinação eficaz é a cúrcuma com suco de limão. Juntos, eles fornecem uma rica fonte de vitaminas e minerais, incluindo vitamina C, potássio, magnésio e zinco. Essa mistura ajuda a desintoxicar o organismo, melhorar a digestão e reduzir inchaços e gases. No entanto, ainda não há evidências científicas suficientes para confirmar que essa combinação contribui diretamente para a perda de peso.

A cúrcuma pode ser incorporada à dieta de várias maneiras: fresca, em pó, em cápsulas ou misturada em sucos e chás. Especialistas recomendam o consumo regular, mesmo em pequenas quantidades, para obter benefícios significativos. É importante seguir as orientações de um profissional de saúde para garantir um uso seguro e eficaz da cúrcuma.

Fonte: catracalivre.com

3 medicamentos elevam risco de demência, segundo nova pesquisa

Uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia-São Francisco, publicada no Journal of Alzheimer’s Disease, indica que o uso frequente de medicamentos para dormir pode elevar o risco de demência em até 79%. O estudo focou em medicamentos como zolpidem, clonazepam, diazepam e alguns antidepressivos. O aumento do risco é particularmente notável entre os indivíduos brancos, com o tipo e a dose do medicamento desempenhando um papel crucial.

O estudo, intitulado “Saúde, Envelhecimento e Composição Corporal”, acompanhou cerca de três mil idosos ao longo de nove anos. Dos participantes, 42% eram negros e 58% brancos. Cerca de 20% dos participantes desenvolveram demência durante o estudo. Aqueles que usavam medicamentos para dormir com frequência apresentaram um risco 79% maior de desenvolver a doença comparado aos que usavam esses medicamentos raramente.

Além disso, o estudo sugere que certos medicamentos para dormir podem ter um impacto mais significativo no risco de demência do que outros. Yue Leng, principal autor do estudo, recomendou que pacientes com problemas de sono considerem alternativas como a terapia cognitivo-comportamental para insônia antes de recorrer a medicamentos. A melatonina pode ser uma opção mais segura, mas mais pesquisas são necessárias para avaliar seus efeitos a longo prazo.

Estudos anteriores também haviam indicado um vínculo entre o uso de medicamentos para dormir e o desenvolvimento de demência. Um estudo de 2015, por exemplo, associou o uso de zolpidem ao aumento do risco de demência e Alzheimer, mesmo considerando outras condições de saúde como hipertensão e diabetes.

O zolpidem, um hipnótico não benzodiazepínico, é usado para tratar a insônia, ajudando a induzir e prolongar o sono. Contudo, seu uso prolongado pode levar à dependência. O clonazepam (Rivotril) e o diazepam, ambos benzodiazepínicos, também têm efeitos sedativos e são prescritos para ansiedade, distúrbios do sono e outras condições. No entanto, seu uso pode causar efeitos colaterais significativos, incluindo problemas de memória e coordenação.

Esses medicamentos agem no neurotransmissor GABA, que regula o sono e pode, em longo prazo, contribuir para problemas cognitivos. Portanto, é essencial considerar alternativas e monitorar cuidadosamente o uso desses medicamentos.

Informações: catracalivre.com

Estudos apontam vitamina que pode reduzir o risco de câncer de intestino

Pesquisas recentes indicam que a vitamina B9, também conhecida como folato, pode desempenhar um papel importante na prevenção do câncer de intestino. Um estudo publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition revela que o consumo adequado de folato está associado a uma menor probabilidade de desenvolver câncer colorretal.

A análise, que incluiu dados de mais de 70 mil pessoas, destaca a importância do folato para a saúde intestinal. Segundo os pesquisadores, cada 260 microgramas adicionais de folato consumidos diariamente podem reduzir o risco de câncer em 7%, evidenciando o impacto positivo desse nutriente.

FONTES ALIMENTARES RICAS EM FOLATO:

  • Vegetais de folhas verdes, como espinafre, couve e brócolis;
  • Sementes de girassol;
  • Grãos integrais;
  • Leguminosas.

Além das fontes naturais, o ácido fólico, uma forma suplementar do folato, também está disponível para apoiar a prevenção.

Essas descobertas reforçam a importância de incluir folato na dieta como uma estratégia promissora para reduzir o risco de câncer de intestino, sublinhando a conexão vital entre nutrição adequada e saúde a longo prazo.

Vacina contra Alzheimer? Entenda como a nova imunoterapia pode combater a doença

A AC Immune, uma startup suíça de biotecnologia, está desenvolvendo a ACI-24.060, uma imunoterapia projetada para retardar a progressão do Alzheimer. Essa terapia inovadora tem como alvo a proteína beta-amiloide, que se acumula no cérebro e é central no desenvolvimento da doença. Embora não seja uma vacina no sentido tradicional, a ACI-24.060 ensina o sistema imunológico a reconhecer e eliminar as formas tóxicas dessa proteína, funcionando de maneira semelhante a uma vacina.

Os testes da ACI-24.060 estão atualmente na fase 1a/2 ABATE, iniciados em 2022 e com previsão de conclusão em junho de 2026. Esta fase envolve múltiplas administrações intramusculares ao longo de 12 meses, com relatos preliminares de aplicação sem efeitos colaterais significativos, conforme mencionado por Andrea Pfeifer, cofundadora e presidente da AC Immune.

Os resultados dos primeiros seis meses dos testes são esperados para agosto, com expectativas elevadas para avanços significativos ao completar um ano de estudo.

Quanto à disponibilidade no Brasil, a fase 3 dos testes, conduzida pela biofarmacêutica Takeda, incluirá participantes brasileiros, entre outros países. Andrea Pfeifer indica que essa etapa poderá iniciar em 2026, dependendo dos resultados obtidos este ano.

A inclusão do Brasil é estratégica devido à sua vasta população e à experiência de seus centros de pesquisa em estudos clínicos de alta complexidade. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamentos que mitigam sintomas do Alzheimer, mas sem evolução significativa nas últimas décadas. Portanto, se a ACI-24.060 obtiver sucesso e for aprovada no Brasil, representará um avanço substancial no tratamento dessa condição neurodegenerativa.

Informações da Folha de S. Paulo.