O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta principalmente a memória, a linguagem e o comportamento, sendo mais comum em pessoas com mais de 65 anos. No entanto, em casos raros, os sintomas podem surgir mais cedo, por volta dos 50 anos. Esse tipo de Alzheimer é chamado de precoce e representa menos de 10% dos casos. Embora os sinais sejam semelhantes aos observados em pessoas mais velhas, eles podem se manifestar de forma diferente em indivíduos mais jovens.
1. Dificuldades na linguagem
No Alzheimer precoce, um dos primeiros sinais pode ser a dificuldade em encontrar palavras. A pessoa pode começar a ter problemas para se expressar, tornando a conversa mais lenta e, em alguns casos, podendo apresentar afasia, um distúrbio que afeta tanto a compreensão quanto a expressão verbal.
2. Mudanças de comportamento
Indivíduos com Alzheimer precoce podem passar a demonstrar maior irritabilidade, ansiedade ou até sintomas depressivos. Essas alterações no humor e na personalidade, embora nem sempre associadas imediatamente à demência, podem ser sinais de alerta para o início da doença.
3. Problemas de memória
Embora a perda de memória não seja sempre o primeiro sintoma, ela se torna um indicativo importante quando começa a afetar eventos recentes, como compromissos ou informações importantes. Com o avanço da doença, a memória vai se deteriorando mais rapidamente, comprometendo as atividades diárias e a capacidade de tomar decisões.
4. Dificuldades visuais e espaciais
Em alguns casos, o Alzheimer precoce pode afetar a percepção visual, dificultando o reconhecimento de objetos, rostos ou até mesmo a interpretação do espaço. Esse sintoma é menos comum, mas deve ser observado quando ocorre em conjunto com outras mudanças cognitivas.
Embora os sinais do Alzheimer precoce e do tardio sejam semelhantes, os efeitos no comportamento tendem a ser mais intensos em pessoas mais jovens, já que elas ainda estão em fases da vida com grandes responsabilidades profissionais e familiares.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
O diagnóstico do Alzheimer precoce envolve uma avaliação clínica detalhada, que inclui a análise dos sintomas, o histórico familiar e exames neurológicos, como tomografia ou ressonância magnética. Não há cura para a doença, mas tratamentos podem retardar sua progressão, com o uso de medicamentos e terapias de apoio, como a terapia cognitiva.
PREVENÇÃO
Adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a prevenir o Alzheimer precoce. Manter uma dieta equilibrada, praticar atividades físicas regularmente, evitar o tabagismo e controlar condições de saúde, como hipertensão e diabetes, são medidas recomendadas. Além disso, garantir uma boa qualidade de sono e tratar distúrbios como apneia do sono são fundamentais, já que o sono tem um papel importante na prevenção do acúmulo de proteínas no cérebro associadas ao Alzheimer.
Identificar os sinais precoces e procurar orientação médica pode fazer a diferença no tratamento da doença, ajudando a preservar a qualidade de vida do paciente.