Hoje, 22 de setembro, é comemorado o Dia Mundial Sem Carro, uma data de relevância que promove reflexões sobre a mobilidade urbana, especialmente no contexto brasileiro, onde a presença de automóveis é significativa. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade dos domicílios no Brasil possui um carro, e 25% têm motos. Essa estatística destaca a necessidade de aprimorar as opções de transporte público e sustentável no país.
O Dia Mundial Sem Carro convida a população a deixar seus veículos na garagem em prol de alternativas menos poluentes, como ônibus, metrôs e bicicletas. Além da dimensão ambiental, a data ressalta a importância de melhorar a mobilidade urbana nas cidades brasileiras, tornando essas práticas uma rotina no dia a dia.
A Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) enfatiza que um ônibus é significativamente mais sustentável do que um carro individual, emitindo 8 vezes menos poluentes por passageiro transportado. Além disso, um ônibus pode transportar o mesmo número de pessoas que 40 carros, ocupando apenas 5% do espaço viário, em comparação aos 840 m² que 40 carros ocupariam. Adicionalmente, os ônibus são considerados um dos meios de transporte mais seguros, com apenas 2% das vítimas fatais em acidentes de trânsito estando em ônibus.
Para aprimorar a mobilidade urbana e torná-la mais sustentável, os gestores públicos devem investir em melhorias, como a introdução de veículos elétricos, que são ambientalmente amigáveis. Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), o uso da energia elétrica nos transportes públicos pode reduzir os custos por quilômetro rodado em 73%, comparado ao diesel. Embora a eletrificação da frota exija investimentos significativos, os benefícios econômicos e ambientais são substanciais.
Exemplos internacionais, como Zurique, na Suíça, demonstram como é possível incentivar meios de transporte sustentáveis, investir em transporte público diversificado e adotar veículos elétricos. Além disso, a digitalização dos serviços, como o uso de aplicativos para pagamento de bilhetes e mapas para orientação dentro das cidades, pode aprimorar a qualidade e a previsibilidade do transporte público, contribuindo para uma mobilidade urbana mais eficiente e sustentável em todo o Brasil.