Nesta segunda-feira (23), Ribeirão Preto registrou a temperatura mais alta do ano, atingindo 38ºC, segundo medições da Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet). O calor intenso, somado à seca, tem elevado o risco de incêndios florestais na região, que já enfrenta focos desde agosto. A umidade do ar atingiu o índice mais baixo do ano, apenas 10%.
De acordo com a Climatempo, a onda de calor deve persistir ao longo da semana, com temperaturas variando entre 38ºC e 39ºC e umidade relativa do ar entre 16% e 18%. Há uma previsão de chuva isolada de apenas 2mm para o sábado (28).
A baixa umidade coloca a cidade em estado de alerta, conforme critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando os índices ficam abaixo de 20%, há risco para a saúde, e a situação se agrava com a alta temperatura. A Defesa Civil e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiram alerta laranja para a região.
Com o calor prolongado, a qualidade do ar também foi afetada. Desde domingo (22), o ar em Ribeirão Preto tem sido classificado como “moderado”, mas chegou a ser considerado “ruim” no final da semana anterior.
Além dos efeitos na saúde e no meio ambiente, a seca afeta diretamente a Lagoa do Saibro, uma importante área de recarga do Aquífero Guarani, que está quase seca. A prefeitura de Ribeirão Preto planeja captar água do Rio Pardo como alternativa para amenizar a situação de escassez hídrica.
As autoridades orientam a população a evitar atividades físicas nos horários mais quentes do dia e a manter a hidratação constante. O cenário de calor extremo deve continuar até o início de outubro, com temperaturas ainda acima de 35ºC.