Em uma operação de fiscalização de rotina no final de outubro, fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreenderam cerca de 10,5 toneladas de arroz em um supermercado em Araraquara, SP. A carga, composta por 2.119 pacotes de 5 quilos, foi encontrada fora dos padrões estabelecidos, sendo encaminhada para reprocessamento na indústria.
Embora as embalagens indicassem que o arroz era do tipo 1 e classe longo fino, uma análise dos fiscais revelou que o produto era, na verdade, do tipo 3. A inspeção também detectou um alto índice de grãos quebrados e quireras (grãos defeituosos), representando 24,59% do peso total. Esse valor é mais de três vezes superior ao limite permitido de 7,5% para o tipo 1, conforme regulamentação de 2009. Tal irregularidade configura uma fraude ao consumidor.
A responsabilidade pela adulteração recai sobre a empresa que embalou o arroz, uma companhia do Rio Grande do Sul, que já possui histórico de infrações registradas. O Mapa ainda não divulgou o nome da empresa, mas isso ocorrerá somente após o término do processo administrativo, no qual a empresa terá direito à defesa e poderá solicitar análise pericial.
Se a irregularidade for confirmada, a empresa será obrigada a substituir os lotes de arroz do tipo 3 pelos produtos do tipo 1, conforme exigido pela legislação. O Mapa orienta os consumidores que suspeitarem da qualidade de produtos agrícolas a fazer denúncias através da plataforma Fala BR, disponível no site oficial do governo (gov.br/agricultura).