No dia anterior, o dólar registrou alta de 0,66%, sendo negociado a R$ 5,7261. Por outro lado, o principal índice da bolsa fechou em queda de 0,95%, aos 127.309 pontos.
Nesta quinta-feira (20), o dólar segue em queda, com investidores avaliando as chances de um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.
Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que um novo acordo com a China “é possível”, mencionando também a possibilidade de uma visita de Xi Jinping aos EUA, sem, no entanto, fornecer mais detalhes sobre a agenda.
Essas declarações reforçam a percepção de que as recentes ameaças tarifárias feitas por Trump podem ser mais uma estratégia de negociação do que um plano concreto de ação.
No cenário econômico, os mercados acompanham com atenção novos dados sobre pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e a divulgação de balanços de grandes empresas brasileiras, referentes ao 4º trimestre de 2024.
Resumo dos Mercados
Dólar
Às 12h15, a moeda americana estava sendo negociada a R$ 5,6954, registrando uma queda de 0,54%.
No dia anterior, o dólar teve um aumento de 0,66%, fechando a R$ 5,7261.
O dólar acumula, até agora:
- Alta de 0,54% na semana;
- Queda de 1,90% no mês;
- Perda de 7,34% no ano.
Ibovespa
Nesse mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,29%, aos 127.680 pontos.
No dia anterior, o índice recuou 0,95%, fechando em 127.309 pontos.
O desempenho do Ibovespa acumulou:
- Queda de 0,71% na semana;
- Alta de 0,93% no mês;
- Crescimento de 5,84% no ano.
O que está movimentando os mercados?
As ameaças tarifárias do presidente Trump voltaram a ser destaque nesta quinta-feira (20). Apesar de Trump ter declarado a intenção de anunciar mais tarifas “no próximo mês ou antes”, a principal atenção está voltada para sua afirmação de que um novo acordo comercial com a China “é possível”.
Esse discurso trouxe a percepção de que as tarifas impostas por Trump são mais uma tática de negociação do que uma ação definitiva, o que trouxe alívio ao mercado, reduzindo as preocupações com uma possível inflação nos Estados Unidos. Isso fez o dólar perder força frente a outras moedas, representando uma correção após as recentes altas da moeda.
Vale destacar que as tarifas de 10% impostas por Trump sobre produtos importados da China continuam em vigor, embora outras medidas tenham sido suspensas ou ainda estejam longe de serem implementadas, deixando espaço para novas negociações.
O mercado segue atento a esses desdobramentos, especialmente após o Federal Reserve (Fed) divulgar a ata de sua última reunião, na qual optou por manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano. A ata apontou que as preocupações com o aumento da inflação nos EUA, causadas pelas tarifas, têm influenciado as expectativas do mercado.
A inflação nos EUA atingiu 3,0% em janeiro, ficando acima da meta do Fed de 2%, impulsionada pela alta demanda e um mercado de trabalho robusto.
Agenda Macroeconômica
Entre os destaques da agenda econômica, os novos dados sobre os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos chamam a atenção. A última semana registrou um aumento de 5 mil solicitações, totalizando 219 mil pedidos, superando a expectativa do mercado, mas ainda refletindo um mercado de trabalho sólido nos EUA, o que pode levar o Fed a manter os juros elevados por mais tempo.
No Brasil, o mercado também estava atento aos resultados corporativos. A Vale, por exemplo, reportou um prejuízo de US$ 694 milhões no 4º trimestre de 2024, comparado a um lucro de US$ 2,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Apesar do prejuízo, a empresa aprovou o pagamento de US$ 1,984 bilhão em dividendos, que serão pagos em março de 2025.
Com informações da Reuters