De acordo com o Presidente americano, as medidas são uma resposta à frequente entrada de drogas no país.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quinta-feira (27) que as tarifas sobre o México e o Canadá, programadas para entrar em vigor no dia 4 de março, serão implementadas conforme o cronograma. Ele explicou que essa medida se mantém devido à continuidade do fluxo de drogas provenientes desses países para os EUA. Trump também anunciou que, na mesma data, uma tarifa adicional de 10% será cobrada da China.
Em uma publicação em sua plataforma Truth Social, Trump enfatizou que a entrada de drogas nos Estados Unidos, especialmente o fentanil, continua em níveis “muito altos e inaceitáveis”. O presidente destacou a urgência em lidar com essa questão e afirmou que não pode permitir que esse problema persista. “Até que isso pare ou seja de forma significativa limitado, as tarifas previstas para entrar em vigor em 4 de março entrarão, sem alterações”, declarou.
Essa posição do presidente americano surgiu após uma certa confusão na quarta-feira (26), quando ele fez comentários em sua primeira reunião de gabinete sugerindo que poderia adiar o prazo das tarifas por um mês, até 4 de abril. No entanto, essa possibilidade foi esclarecida com a confirmação de que as tarifas entrariam em vigor na data previamente estipulada.
De acordo com autoridades da Casa Branca, o prazo de abril seria referente à implementação de “tarifas recíprocas”, e o presidente teria até o dia 1º de abril para avaliar os resultados de um estudo sobre a questão. Kevin Hassett, principal assessor econômico da Casa Branca, explicou à CNBC que, após a conclusão desse estudo, Trump decidiria sobre a continuidade ou ajustes nas tarifas impostas a países como México e Canadá.
Enquanto isso, as autoridades dos países afetados tentam evitar a implementação das tarifas. O ministro da Economia do México, Marcelo Ebrard, se reunirá com Jamieson Greer, o novo representante comercial dos EUA, nesta quinta-feira (27), e com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, na sexta-feira (28), para discutir formas de resolver a situação. O objetivo é encontrar soluções que atendam às preocupações dos EUA, especialmente no que diz respeito ao combate ao tráfico de drogas.
No Canadá, o ministro da Segurança Pública, David McGuinty, argumentou que os esforços do país no reforço da segurança ao longo da fronteira e no combate ao tráfico de drogas deveriam ser suficientes para agradar o governo Trump. Em resposta às tarifas, a China expressou, por meio de uma carta enviada ao representante comercial dos EUA, que tanto os Estados Unidos quanto a China devem resolver suas questões econômicas e comerciais por meio de um diálogo igualitário e consultivo.