É a quinta alta consecutiva, em 2023, contribuindo para um desempenho positivo no acumulado do primeiro semestre; Além da performance de vendas, empregabilidade e do Índice de Confiança, o CPV – Centro de Pesquisas do Varejo (SINCOVARP/CDL) também passa a apurar o faturamento do setor lojista em Ribeirão, que movimentou R$ 600 milhões no acumulado de janeiro a junho de 2023.
As vendas do Comércio de Ribeirão Preto tiveram crescimento médio de 3,21% em junho de 2023, na comparação com o mês anterior. É o que aponta levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV), mantido por SINCOVARP – Sindicato do Comércio Varejista, e CDL Ribeirão – Câmara de Dirigentes Lojistas. Trata-se da quinta alta de vendas consecutiva, nesse ano.
“O Dia dos Namorados trouxe um pico de vendas importante que contribuiu para manter a variação positiva em junho. O aquecimento do setor automobilístico/automotivo, por causa do programa de descontos para aquisição de veículos novos, também ajudou.”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
Acumulado do semestre
No primeiro semestre de 2023, as vendas do Varejo de Ribeirão Preto acumularam alta de 18,33%, já considerando a queda de -6,88% registrada em janeiro. No período, a média de crescimento das vendas no Comércio local ficou em 3,05%, ao mês, abaixo da média de crescimento apurada no primeiro semestre de 2022, que foi de 4,09%, ao mês, ocasião em que o acumulado do período foi de 24,54%.
“Por ser um grande polo regional de consumo, Ribeirão Preto acaba registrando desempenho de vendas acima das médias estadual e nacional. Grande parte da renda gerada pelo Agronegócio, nos municípios da macrorregião, acaba sendo direcionada para compras em Ribeirão, seja no Comércio Tradicional, shoppings, bares, restaurantes ou em eventos”, afirma o pesquisador.
Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV – Centro de Pesquisas do Varejo, do SINCOVARP e CDL.
Novo indicador do CPV
O CPV também apurou que o Comércio de Ribeirão Preto, movimentou R$ 600 milhões em vendas no primeiro semestre de 2023, média de R$ 100 milhões, ao mês, entre janeiro e junho.
Na comparação com o mesmo período de 2022, o faturamento do Comércio local teve queda de -9,33%, uma vez que no acumulado dos seis primeiros meses do ano passado o setor movimentou R$ 656 milhões, média de R$ 109 milhões, ao mês.
A projeção é feita com metodologia de cálculo desenvolvida pelo CPV com base em dados da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, Ministério da Fazenda, IBGE e Institutos que pesquisam o sistema tributário nacional.
“Com a metodologia que desenvolvemos, a partir de agora vamos apurar trimestralmente a projeção de faturamento do Comércio Varejista de Ribeirão e região.
Esse indicador é de extrema importância para a tomada de decisão dos nossos empreendedores, para um melhor entendimento dos rumos do setor e para demonstrar, com dados atualizados, a importância do Varejo para a economia local/regional”, explica Galli.
Empregabilidade
Em junho de 2023, a média de variação entre vagas de emprego abertas e fechadas, no Comércio Varejista de Ribeirão Preto, ficou estável. A mesma projeção é feita para julho. A retomada das contratações deve acontecer mais perto do fim do ano.
Índice de Confiança
Sobre a expectativa dos negócios para os próximos três meses (no curto prazo), considerando uma escala que vai de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança do Varejo SINCOVARP/CDL ficou em 3,4 pontos, em junho (ante 3,1 pontos, em maio), classificado como positivo.
Considerando a mesma escala, o Índice de Confiança do Varejo SINCOVARP/CDL para os próximos 12 meses (de longo prazo) ficou em 3,5 pontos (ante 3,6 pontos, em maio), também considerado positivo.
Na média do primeiro semestre, os dois indicadores registraram 3,2 pontos (curto prazo) e 3,5 pontos (longo prazo), avaliados como de regular para bom.
“Considerando o conjunto dos indicadores, por enquanto o desempenho de vendas de 2023 está abaixo do registrado no ano anterior, mas, ainda assim, é positivo. Os empreendedores do Varejo local ainda apresentam um bom nível de otimismo por conta de alguns fatores que apontam para um fim de ano mais promissor: a queda da inflação na medida em que o Brasil supera os efeitos da pandemia de Covid 19; A perspectiva de redução da taxa de juros, que deve reaquecer o consumo; A tendência de estabilidade nos preços dos combustíveis; A tendência de queda do dólar que reflete nos preços dos produtos importados e o recente programa que permite à população renegociar dívidas de forma a recuperar o crédito para novas compras. Por outro lado, a Reforma Tributária, em tramitação no Congresso Nacional, gerou certo receio entre os lojistas que temem por um aumento da carga de impostos para as micro e pequenas empresas, em especial as do setor de serviços. Ainda precisamos saber os impactos, na prática, para termos uma projeção mais clara do cenário, olhando para médio e longo prazos”, finaliza Diego Galli Alberto.