O Santos enfrentou uma madrugada de extrema tensão após o inédito rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, resultado da derrota por 2 a 1 para o Fortaleza na última quarta-feira, 6. O cenário pós-apito final foi marcado por manifestações intensas da torcida nas arquibancadas e cenas de vandalismo em vários pontos da cidade litorânea.
Após o gol decisivo do Fortaleza, foram ouvidos sons de bombas sendo lançadas e tentativas de invasão de campo. Os jogadores cearenses correram para os vestiários, enquanto o árbitro Leandro Vuaden encerrou a partida, também deixando o gramado com a equipe de arbitragem. No campo, os jogadores do Santos permaneceram desolados, alguns chorando, incapazes de assimilar completamente a magnitude do rebaixamento. O goleiro João Paulo, visivelmente abalado, encontrava-se no chão, incapaz de conter as lágrimas.
A atmosfera nas arquibancadas da Vila se esvaziou rapidamente, mas os que permaneceram expressaram seu descontentamento, marcando o momento com o grito “Time sem vergonha”. Os jogadores também enfrentaram o gás de pimenta usado pela PolÃcia Militar para conter distúrbios do lado de fora do estádio.
Na cidade de Santos, a madrugada se transformou em um cenário de guerra, com pelo menos três ônibus incendiados e alguns carros compartilhando o mesmo destino. Um dos veÃculos pertencia ao atacante Stiven Mendoza, encontrado próximo à Vila Belmiro com apenas as ferragens intactas. Apesar de o carro ser de um jogador, a queima não foi uma ação direcionada ao atleta. A PolÃcia Militar teve dificuldades para conter distúrbios nas proximidades do estádio, com os vestÃgios dessa noite triste ficando evidentes na história do Santos.
