Ilhas de calor são regiões urbanas que apresentam temperaturas médias mais elevadas do que as áreas ao redor; coeficiente de Ribeirão Preto é de 80,3.
Ribeirão Preto está entre as cidades paulistas mais vulneráveis aos efeitos das ilhas de calor, conforme revela a plataforma UrbVerde, em dados divulgados pelo Estadão. O fenômeno, que ocorre em áreas urbanizadas com temperaturas médias mais altas em comparação aos arredores, intensifica os impactos das ondas de calor, afetando principalmente as populações mais sensíveis, como idosos e crianças.
Um dos parâmetros analisados pela plataforma é o “coeficiente de ilha de calor”, que mensura a intensidade desse fenômeno nas cidades, levando em consideração a vulnerabilidade da população. Quanto maior o coeficiente, maior a porcentagem de habitantes expostos a condições extremas de calor. Em Ribeirão Preto, esse índice é de 80,3, o que indica uma exposição significativa de sua população ao calor excessivo.
A ferramenta ajuda a identificar áreas de risco dentro dos municípios, permitindo ações mais eficazes de mitigação. Isso é especialmente importante para que as autoridades possam adotar medidas direcionadas a proteger os grupos mais vulneráveis durante períodos de altas temperaturas.
Em relação à vegetação urbana, Ribeirão Preto possui uma cobertura vegetal de apenas 13%, um indicador preocupante considerando a relação direta entre áreas verdes e a qualidade de vida nas cidades. A quantidade de vegetação disponível por habitante é um fator crucial para o planejamento urbano, principalmente para reduzir os efeitos das ilhas de calor.
Veja o ranking das cidades mais vulneráveis a ilhas de calor no estado de São Paulo:
- São Paulo (2021) – 100/100
- São Bernardo do Campo (2021) – 86,8
- Guarulhos (2021) – 86,4
- Campinas (2021) – 84,8
- Carapicuíba (2021) – 83,8
- Santo André (2021) – 83,5
- Santos (2021) – 83,3
- São José dos Campos (2021) – 82,7
- Cotia (2021) – 82,5
- Mogi das Cruzes (2021) – 82,4
- Osasco (2021) – 82,2
- Mauá (2021) – 80,6
- Embu das Artes (2021) – 80,4
- Ribeirão Preto (2021) – 80,3
- Suzano (2021) – 79,8
Esses dados, fornecidos pela plataforma UrbVerde, são resultado de um trabalho conjunto de várias universidades, incluindo a USP São Carlos, UFSCar, UFBA e Universidade Lusófona, em parceria com prefeituras e outras entidades, com o objetivo de auxiliar na formulação de políticas públicas mais sustentáveis e eficientes para as cidades.