Jornal espanhol chama Igor Paixão de ‘descendente de escravos’

Antes do confronto entre Atlético de Madrid e Feyenoord, pela quinta rodada da fase de grupos da Champions League, o jornal espanhol “As” causou polêmica ao apresentar o atacante brasileiro Igor Paixão como “descendente de escravos”. A matéria, que inicialmente contava a história do jovem jogador, gerou intensas críticas nas redes sociais devido ao teor racista do título.

Igor Paixão, de 23 anos, tem origens quilombolas, pertencendo a um grupo étnico-racial formado por descendentes de escravos fugitivos durante o período da escravidão. Após a repercussão negativa e manifestações de torcedores espanhóis e brasileiros, o jornal “As” prontamente excluiu a publicação nas redes sociais e revisou o conteúdo da matéria.

O incidente reacende debates sobre racismo na Espanha, que já enfrentou recentemente críticas devido a ataques ao jogador Vinícius Júnior, do Real Madrid. Enquanto isso, Igor Paixão, que está em sua segunda temporada no Feyenoord, da Holanda, continua a trilhar sua carreira no futebol internacional, após se destacar nas categorias de base do Coritiba e ser vendido por 8 milhões de euros durante sua passagem pelo clube paranaense.

Vini Jr. herda a camisa 7 do Real Madrid e Rodrygo vestirá a 11 na próxima temporada

Ao final da temporada do futebol europeu, o Real Madrid atualizou a numeração de seus jogadores para o próximo ano nesta segunda-feira. Com as saídas de nomes importantes da equipe, como Eden Hazard e Karim Benzema, Vinícius Júnior e Rodrygo, os dois brasileiros do elenco, trocaram as suas camisas. A partir da próxima temporada, eles usarão os números 7 e 11, respectivamente.

Antes de 2023/2024, Vini Jr. fez história no Real Madrid com a camisa 20, mesmo número que utiliza na seleção brasileira e no início de sua carreira no Flamengo. Foi com a numeração que ele marcou o gol do 14º título do clube da Liga dos Campeões. Ele passará a usar a camisa 7 agora, que pertencia a Hazard, mas que viveu seu auge na última década com Cristiano Ronaldo. Tem muito peso para um brasileiro usar a numeração que já pertenceu ao atacante português. Vini sabe disso e vive seu melhor momento no futebol mundial.

Rodrygo, por sua vez, deixa o número 21 e herda a camisa 11 no clube espanhol. Será a primeira vez que o atacante utiliza a numeração em sua carreira profissional. Na Copa do Mundo do Catar, ele também utilizou a camisa 21 e, no último amistoso da seleção brasileira contra Marrocos, vestiu a 10, que é de Neymar. Antes dele, Marco Asensio usava a 11 no Real Madrid. Gareth Bale, tetracampeão da Liga dos Campeões League com o time de Madri, também utilizou o uniforme.

Rodrygo dá, assim, mais um passo no Real Madrid. Ele não é titular absoluto como é Vini Jr., mas é bastante aproveitado pelo técnico Carlo Ancelotti. E tem feito boas apresentações e gols importantes.

LENDÁRIA CAMISA 7

A camisa 7 do Real Madrid é a mais importante do clube. Desde a saída de Cristiano Ronaldo, em 2018, o número deixou de estar presente nas grandes conquistas do time. Ao herdar a numeração, Vini Jr. recoloca o uniforme em destaque no elenco, reassumindo seu protagonismo. Em abril deste ano, o jornal Sport já havia noticiado que era um plano do Real Madrid passar a camisa 7 ao atacante; à época, Vini Jr. chegou a recusar, afirmando que preferia manter o número 20 ou assumir a 11 – que passará a pertencer a Rodrygo.

Além de Cristiano Ronaldo, artilheiro máximo da história da Liga dos Campeões, o número ganhou força com Raúl Gonzalez, no fim da década de 1990 e ínício dos anos 2000. Tricampeão da competição continental, ele marcou uma era no clube merengue. Antes dele, Juanito e Butragueño, nas décadas de 1970 e 1980, também ajudaram a tornar o número em um dos mais importantes do futebol mundial.

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Foto – Site Oficial Real Madrid

Presidente da CBF considera ampliar prazo e esperar até junho para ter Ancelotti na seleção

Depois de dizer que pretendia ter uma “situação mais clara” sobre a definição do treinador da seleção brasileira até dia 25 de maio, data da próxima convocação, o presidente da CBFEdnaldo Rodrigues, já considera ampliar um pouco o prazo para realizar o sonho de contratar Carlo Ancelotti, do Real Madrid. De acordo com o dirigente, pode ser necessário aguardar o fim do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões, na primeira metade de junho, para conseguir uma resposta do técnico italiano.

“Gostaria de chegar ao final de maio falando que não está certo esse treinador ou aquele, mas não é assim. Temos duas datas Fifa em junho, mas também temos as finais de competições como o Campeonato Espanhol, dia 10 de junho temos a final da Champions. Temos acompanhado, o radar está ligado para não fazer qualquer abordagem em uma disputa de competição”, afirmou Ednaldo em entrevista à rede de televisão catariana Bein Sports.

AINDA SEM PROPOSTA

Sem nenhuma proposta formal nas mãos de Ancelotti, o presidente da CBF diz estar ciente da possibilidade de ter a oferta recusada quando o treinador aceitar conversar sobre o assunto, ao fim das competições. Caso a resposta seja negativa, já existe um plano B para ser executado.

“Procuro ser bastante ético. Não tenho como abordar nenhum treinador que tenha contrato com algum clube. Temos procurado ser pacientes, aguardando o tempo certo para fazermos uma conversa, uma reunião, participando também quem preside o clube e tem contrato diretamente, A partir do momento em que recebermos a sinalização de que é uma vontade dele também, partiremos para conversar, preparados para o que pode ser um sim ou não. A partir dali, vamos para um plano B”, disse Ednaldo.

ANCELOTTI FOCADO NO REAL MADRID

Em entrevista coletiva na segunda-feira, Ancelotti, que está focado na disputa das semifinais contra o Manchester City na Liga dos Campeões, respondeu um repórter sobre a primeira ‘data limite’ estabelecida pela CBF.

“Já disse que não falo do meu futuro. Mas, respondo que a data limite é uma bobagem. Mas não falo do meu futuro. Não há data limite porque não falei com ninguém. Novamente, não falo do meu futuro”, afirmou.

O italiano tem contrato com o Real Madrid até 2024 e não deve falar sobre o assunto até o término da temporada, como deixou claro muitas vezes em coletivas. As semifinais diante do Manchester City serão realizadas nos dias 9 e 17 de maio.

Caso avance, o time madrilenho joga a final contra o vencedor do dérbi entre Inter de Milão e Milan, no dia 10 de junho. A última rodada do Espanhol está prevista para dia 4 de junho.

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Foto – Rafael Ribeiro/CBF

Brasil cai duas posições e Argentina lidera ranking da Fifa

Fifa divulgou, nesta quinta-feira, a atualização do seu ranking de seleções, com a confirmação da queda do Brasil após a derrota por 1 a 0 em amistoso para o Marrocos, há duas semanas. Até então primeira colocada, a seleção pentacampeã foi ultrapassada pela Argentina, atual campeã mundial e nova líder, e pela França, vice-campeã do mundo e agora também vice-líder do ranking.

Na Data Fifa de março, período em que a seleção brasileira perdeu para os marroquinos, donos da 11ª colocação da classificação da Fifa, a Argentina fez dois amistosos. Goleou Curaçao por 7 a 0, com hat-trick de Lionel Messi, e fez 2 a 0 sobre o Panamá, em jogo no qual o camisa 10 marcou o gol número 800 de sua carreira. A seleção francesa, por sua vez, fez 4 a 0 na Holanda e 1 a 0 na Irlanda nas duas primeiras rodadas das Eliminatórias da Eurocopa.

TOP 10

O restante do top 10 do ranking segue formado, nesta ordem, por Bélgica, Inglaterra, Holanda, Croácia, Itália, Portugal e Espanha. A maior ascensão da classificação foi da República Centro-Africana, que subiu dez posições para alcançar o 122º lugar e está perto de se classificar para sua primeira Copa Africana das Nações.

Seleções de fora do primeiro escalão da Europa também conseguiram saltos grandes, caso da Sérvia, que subiu quatro lugares para alcançar a 25ª colocação, e da Romênia, 46ª colocada depois de ganhar seis posições. Os africanos Argélia e Egito subiram seis e quatro posições para ficarem em 34ª e 35º, respectivamente.

Na América do Sul, os melhores colocados depois de Brasil e Argentina são Uruguai, em 16ºl ugar, e Colômbia, em 17º. A tetracampeã Alemanha, que liderou o ranking pela última vez em 2018, continua fora do top 10, em 14º lugar.

Via Futebol Interior

Foto – Rafael Ribeiro/CBF

Rodrygo fala de revés para o Marrocos e revela sensação de vestir a camisa eternizada por Pelé

Brasil fez um bom jogo, mas acabou sendo superado pelo Marrocos por 2 a 1 em amistoso disputado em Tânger, neste sábado (25). O meia-atacante Rodrygo teve a honra de vestir a camisa 10 que ganhou notoriedade no mundo do futebol sendo usada pelo eterno Rei Pelé. Ele comentou sobre o sentimento dessa oportunidade.

“A sensação de vestir a camisa do Pelé é muito boa. Fico feliz com a responsabilidade de vestir a camisa 10. Claro, estou triste com a derrota. Foi um grande jogo com adversário difícil. Queríamos a vitória, mas não foi possível”, declarou.

O atacante fez a ressalva sobre o fato da Seleção estar com um novo treinador e o pouco tempo de trabalho. Rodrygo ainda elogiou a equipe marroquina.

“Esperávamos (a dificuldade do jogo), mas não podemos usar isso como desculpa. Temos jogadores de muita qualidade, apesar do pouco entrosamento, acho que podíamos ter feito melhor. Jogamos com uma seleção muito forte que foi bem na Copa do Mundo com esse mesmo grupo”, disse antes de completar.

“Muitos jogadores atuaram pela primeira vez pelo Brasil hoje e se juntaram aos que já estavam. Mas, como disse, isso não pode ser uma desculpa. Temos sempre que tentar ganhar, pois estamos defendendo a Seleção Brasileira. Vamos nos preparar agora para quando voltarmos conseguirmos as vitórias”, concluiu.

Foto – Rafael Ribeiro/CBF

Ramon ressalta utilização de novos jogadores e analisa derrota do Brasil para o Marrocos

Seleção Brasileira acabou sendo superada pelo Marrocos em amistoso disputado neste sábado (25), em Tânger (MAR), no Estádio Ibn Batouta. Ao fim do duelo, Ramon Menezes falou sobre a oportunidade de treinar a equipe principal neste enfrentamento.

“Foi uma semana muito boa de trabalho, falei isso com os jogadores. Lógico que não foi o resultado que esperávamos, ainda mais em se tratando de Seleção Brasileira, mas jogamos contra uma grande equipe e demos oportunidade para alguns jogadores e isso é muito importante”, disse.

O treinador ainda deu seu parecer sobre o jogo. Ele destacou que esperava um Marrocos atuando pelos lados de campo.

“Tivemos um pouco de dificuldade no começo do jogo, o que era até esperado. Pensamos, na primeira etapa, em reforçar um pouco mais o sistema defensivo, principalmente dos lados, já que Marrocos é muito forte pelos lados, sobretudo pela direita, com Hakimi e Zyiech”, analisou.

Ramon ainda revelou o que pensou no posicionamento dos atletas em campo. O comandante destacou as chances criadas.

“O Paquetá estava dando sustentação com o Telles, ora também o Casemiro ajudando ali, dando uma liberdade para o Vini Jr e o Rodrygo. Depois, ainda no primeiro tempo, tivemos oportunidades. Não vi bem o lance do Vinícius, não sou de falar muito da arbitragem. No segundo tempo, tivemos mais chances de gol, tomamos o gol em que acho que a bola pegou na mão do adversário”, disse antes de completar.

“Aquilo que nós pensamos do jogo aconteceu, a dificuldade e a atmosfera que envolviam esse jogo. Era um adversário com uma transição rápida, principalmente pelo lado direito. Por isso pensamos em trazer o Paquetá para dar essa sustentação pelo lado esquerdo e, com isso, liberar um pouco mais o Vini Jr. No segundo tempo colocamos o Veiga no jogo e, aí sim, o Vinicius na posição dele, de externo. Acho que tudo o que imaginávamos em relação ao jogo aconteceu. Criamos chances no segundo tempo, mas foi uma partida difícil”, afirmou.

Por fim, Ramon Menezes revelou a sensação de treinar a Seleção Principal. Para ele, o relacionamento que teve com o grupo no período foi muito satisfatório.

“É lógico que é tudo diferente, na minha própria coletiva eu disse isso. Atmosfera totalmente diferente do sub-20. Fui muito bem recebido pelos atletas, respeito, carinho e admiração que ficam. O objetivo aqui era vencer esse jogo, a gente trabalha para isso, a semana foi muito boa com esses atletas, entendimento muito bom de tudo que se passa da parte tática, mas não conseguimos o objetivo, que era a vitória, mas saio satisfeito com tudo que aconteceu”, falou o comandante.

Foto – Rafael Ribeiro/CBF

Vinicius Jr. reforça luta contra ataques racistas no futebol

O atacante Vinicius Jr. não é apenas um atleta de futebol. Campeão da Liga dos Campeões pelo Real Madrid, com direito a gol do título, o jogador brasileiro sabe da importância que possui fora dos gramados e não tem se omitido diante dos ataques racistas que tem sofrido no futebol espanhol. Antes da partida contra o Marrocos pela Seleção Brasileira, Vinicius protestou diante dos crimes na Europa e revelou um novo projeto social no combate ao racismo.

“É sempre muito complicado falar sobre o racismo. A cada dia que passa, estou amadurecendo mais para falar melhor sobre o assunto. Eu e minha família estamos pensando em fazer em breve um projeto antirracista para as crianças pretas do Brasil que sofrem com isso. E nem todos podem ter a cabeça que eu tenho. É muito triste em toda entrevista eu ter que falar sobre o assunto. A gente torce para ter cada vez menos casos de racismo e para que o mundo esteja melhor”, ressaltou.

A luta antirracista é um dos pilares do mandato do presidente Ednaldo Rodrigues, primeiro negro e nordestino a comandar a entidade máxima do futebol brasileiro. Ednaldo vem reiterando seu apoio a Vinicius Jr. e repudia veementemente todo tipo de discriminação. O Brasil foi o primeiro país a adotar uma pena esportiva em casos de preconceito nos estádios. A partir deste ano, os clubes poderão perder pontos em caso de atos discriminatórios cometidos até por torcedores nos estádios. A punição foi proposta por Ednaldo Rodrigues.

Na última Copa do Mundo, aos 22 anos, Vini foi titular em toda a trajetória brasileira na Mundial. Com a Seleção, o atacante soma 20 partidas e dois gols, e é essa experiência adquirida que ele busca passar aos estreantes com a camisa amarela.

“Nosso grupo é muito tranquilo. Todo mundo sabe que é o sonho de todo jogador chegar nesse momento, ainda mais com os jogadores que estão agora, que chegaram tão jovens à Seleção. Poder ter outros jogadores jovens que estão aqui há um pouco mais tempo, acredito que passa tranquilidade para eles, como os jogadores experientes quando eu cheguei, como Neymar, Casemiro e Marquinhos”, disse.

Para o amistoso com o Marrocos, no sábado (25), às 19 horas (horário de Brasília), a Seleção terá no comando da equipe o treinador Ramon Menezes, que convocou dez atletas estreantes para a partida. Vini é um dos atletas com maior bagagem na Seleção e procura evoluir para assumir papéis mais elevados na equipe.

“Venho trabalhando para estar preparado o quanto antes para qualquer responsabilidade que eu venha a ter dentro de campo, dentro do elenco, para ajudar minha equipe. Aqui tem muitos jogadores experientes, como Casemiro, Militão e Paquetá. São jogadores que estão comigo há muito tempo e a cada dia vamos nos fortalecendo para ajudar a Seleção e colocá-la no devido lugar, que é no topo”, afirmou.

Foto –  Rafael Ribeiro/CBF