Dólar atinge R$ 5,90, com “tarifaço” e mercados temem guerra comercial

O dólar atinge novos patamares e os mercados globais enfrentam uma queda acentuada devido às tensões comerciais entre EUA e outros países

O dólar continua em forte alta nesta segunda-feira (7), registrando um aumento significativo em meio ao clima de pânico nos mercados financeiros. A moeda americana atingiu a marca de R$ 5,9309, refletindo o crescente receio de uma guerra comercial global, especialmente após o anúncio do “tarifaço” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por volta das 13h, a cotação operava próxima aos R$ 5,92, com investidores preocupados com os impactos econômicos dessa escalada de tensões.

Esses temores começaram na quarta-feira (2), quando Trump revelou seu plano de tarifas recíprocas, aplicando taxas de 10% a 50% sobre as importações de mais de 180 países. Na sexta-feira (4), a situação se agravou, com a China anunciando uma retaliação ao aumentar suas tarifas sobre produtos americanos em 34%. Esse movimento elevou as tensões comerciais, e agora o mercado aguarda possíveis ações da União Europeia em resposta ao “tarifaço” dos Estados Unidos, o que tem levado muitos a temerem um conflito comercial global.

Além das preocupações com a guerra comercial, a alta das tarifas pode desencadear um aumento generalizado da inflação nos países envolvidos. O impacto disso seria o aumento dos preços de bens e serviços, reduzindo o consumo interno e a atividade econômica, com a possibilidade de uma desaceleração global ou até mesmo uma recessão. O mercado financeiro já reflete esse pessimismo, com as bolsas de valores globais em queda. Na Ásia, os índices sofreram quedas expressivas, com Hong Kong despencando 13,22% e o índice CSI 1000 da China caindo 11,39%. Na Europa, as bolsas também apresentam perdas significativas.

O mercado brasileiro não ficou imune aos efeitos desse clima de incerteza. O Ibovespa, principal índice da B3, abriu em queda e segue recuando, refletindo o pessimismo internacional. O dólar, por sua vez, manteve sua trajetória de alta, o que também afeta diretamente a economia brasileira, principalmente devido ao aumento dos custos de importação e aos efeitos da instabilidade externa. Até agora, o dólar acumula uma alta de 2,27% no mês, e o Ibovespa apresenta uma queda de 2,31% no mesmo período.

A escalada das tarifas foi uma das promessas de Trump durante sua campanha presidencial, e desde então, ele tem implementado uma série de taxas sobre países como México e Canadá, além de impostos sobre produtos específicos, como aço, alumínio e automóveis. Agora, a medida afeta de maneira mais ampla a economia global, com temores de uma crise maior, à medida que mais países podem se envolver em um ciclo de retaliações. A China, por exemplo, já anunciou a imposição de restrições à exportação de terras raras para os EUA, o que pode impactar ainda mais a produção de tecnologias como chips e outros componentes essenciais para o setor digital.

Dólar em alta e Ibovespa em queda após anúncio de retaliações comerciais pela China

A imposição de tarifas pelos EUA e a resposta da China geram incertezas globais, afetando mercados e elevando o risco de uma guerra comercial

O dólar apresentou forte alta nesta sexta-feira (4), alcançando a cotação de R$ 5,82, após o anúncio do governo chinês de que retaliaria as tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A reação do mercado foi imediata, com investidores buscando refúgio na moeda norte-americana, considerada mais segura diante da incerteza gerada pela intensificação da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Em contraste, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou uma queda significativa de mais de 3%, acompanhando o movimento global de aversão ao risco.

As tensões comerciais começaram a se intensificar após o anúncio de Trump, que, na última quarta-feira (2), detalhou a imposição de tarifas de importação adicionais, afetando principalmente a Ásia e o Oriente Médio. A China, por exemplo, foi atingida com tarifas extras de 34%, somando-se a 20% já aplicados anteriormente. Como resposta, Pequim anunciou que também aumentaria as tarifas sobre produtos norte-americanos para 34% e impôs restrições à exportação de terras raras para os EUA, um conjunto de minerais essenciais para a fabricação de chips e outros componentes tecnológicos.

O impacto das tarifas já é sentido no comércio global. O mercado teme que essa escalada de tarifas resulte em uma guerra comercial generalizada, o que poderia desacelerar a economia mundial. As tarifas impostas por Trump são vistas como um movimento para proteger a economia norte-americana, mas especialistas alertam que isso pode encarecer produtos e insumos, elevando a inflação nos EUA e em outros países, ao mesmo tempo em que reduz o consumo devido aos preços mais altos.

Com as tensões aumentando, o temor é que as tarifas provoquem uma desaceleração econômica global, com os preços subindo e a demanda caindo. A expectativa é que a inflação aumente, o que poderia levar os EUA a uma recessão econômica. Já na véspera, o dólar fechou em queda, atingindo o menor valor do ano até aquele momento, mas as reações aos novos anúncios fizeram com que a moeda norte-americana voltasse a subir consideravelmente.

No cenário de instabilidade econômica, as bolsas de valores globalmente sofreram quedas expressivas. Na Ásia, os mercados fecharam em baixa, com destaque para o Japão, onde o índice caiu quase 3%. A Europa seguiu tendência semelhante, com perdas variando entre 4% e 7%, e os índices norte-americanos também registraram quedas de cerca de 3%. O clima de incerteza nos mercados financeiros reflete a preocupação com o impacto das tarifas, não apenas nos EUA, mas em economias ao redor do mundo.

Em resposta à escalada das tensões comerciais, líderes internacionais também começaram a se manifestar. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, qualificou as tarifas de Trump como um “duro golpe” à economia global, e vários países europeus e asiáticos expressaram descontentamento, considerando as medidas prejudiciais à ordem comercial global. O Brasil, por sua vez, também se preparou para possíveis retaliações, com o Senado aprovando um projeto que autoriza o governo a retaliar países que imponham barreiras comerciais aos produtos brasileiros.

Esse cenário de incertezas e retaliações reforça o sentimento de que a economia global pode enfrentar um período difícil, com inflação crescente e menor crescimento econômico, o que já está impactando diretamente os mercados financeiros e a confiança dos investidores.

Dólar em alta: Temerosa recessão nos EUA afeta mercados globais

Dólar sobe nesta segunda-feira (10), influenciado por temores de recessão nos EUA e pelas políticas tarifárias de Donald Trump

Nesta segunda-feira (10), o dólar apresenta uma alta significativa, refletindo os temores globais de uma possível recessão nos Estados Unidos, especialmente após declarações de Donald Trump sobre suas políticas tarifárias. Durante uma entrevista à Fox News, o ex-presidente dos EUA sugeriu que o país poderia enfrentar uma recessão e aumentos de preços durante a implementação das tarifas comerciais, o que preocupa investidores e analistas.

O mercado financeiro tem se mostrado cauteloso, uma vez que o aumento das tarifas pode pressionar os preços nos EUA, forçando o Federal Reserve (Fed) a adotar novamente uma postura agressiva de aumento de juros. Isso poderia reduzir o consumo e desacelerar a economia, criando um cenário desafiador para o crescimento do país e seus parceiros comerciais.

No Brasil, o mercado aguarda a divulgação de dados econômicos cruciais, como os números de produção industrial e inflação de fevereiro. Além disso, o Banco Central do Brasil ajustou suas estimativas para a inflação de 2025, prevendo agora um índice de 5,68%, o que está acima do teto da meta estabelecida para o período. Isso contribui para uma sensação de incerteza entre os investidores.

O impacto das políticas tarifárias de Trump continua a ser um fator de volatilidade nos mercados. Enquanto o governo dos EUA emite sinais conflitantes sobre a imposição de tarifas, a União Europeia também se prepara para possíveis retaliações, com o chefe de comércio da UE, Maros Sefcovic, buscando um diálogo com Washington para evitar uma nova guerra comercial.

Além disso, os dados de inflação da China, que vieram abaixo das expectativas, indicam uma possível tendência deflacionária no país, o que também influencia o comportamento dos mercados globais. O cenário econômico internacional segue tenso, com a inflação nos EUA e o impacto das tarifas de Trump criando um ambiente de incerteza generalizada.

No Brasil, a preocupação com a economia também cresce, com medidas anunciadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin para reduzir o custo dos alimentos, incluindo a isenção de tarifas de importação para produtos como carne e café. Essa política gerou discussões sobre o impacto fiscal e levou os investidores a ficarem mais cautelosos quanto ao cenário fiscal do país. A possibilidade de um aumento nas despesas públicas preocupa analistas, que temem um efeito adverso nas contas do governo.

Dólar fica abaixo de R$5,80 em queda, após início de tarifaço de Trump

Na última sexta-feira, o dólar subiu 1,50%, sendo negociado a R$ 5,9162. Por outro lado, o índice principal da bolsa brasileira registrou uma queda de 1,60%, fechando aos 122.799 pontos.

O dólar iniciou a quarta-feira (5) em queda, com o mercado financeiro no Brasil operando de forma reduzida devido ao feriado de Quarta-Feira de Cinzas. As transações da moeda e do índice Ibovespa só começaram a partir das 13h, enquanto as atenções dos investidores se voltam para o cenário internacional. O destaque segue sendo o impacto do aumento de tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, principalmente sobre as importações provenientes de países como o Canadá, o México e a China.

Na terça-feira (4), entrou em vigor o aumento das tarifas de 25% sobre produtos que chegam aos EUA do Canadá e do México, além de uma taxa adicional de 10% sobre as importações da China. A medida gerou uma reação imediata desses países, que passaram a ameaçar aplicar tarifas de retaliação. A tensão com a possível guerra comercial gerou volatilidade nos mercados globais, afetando principalmente o comportamento das bolsas de valores e a cotação do dólar.

Contudo, nesta quarta-feira, as negociações começaram a refletir um otimismo cauteloso, após declarações do Secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick. Ele sugeriu que o governo norte-americano poderia anunciar um alívio nas tarifas para alguns setores, caso Canadá e México adotem medidas mais rígidas contra a imigração ilegal. Isso ajudou a suavizar os ânimos dos investidores, que passaram a enxergar uma possibilidade de diminuição das tensões comerciais.

Com a mudança no tom das negociações, os mercados financeiros reagiram positivamente. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrava uma leve alta de 0,27%, aos 123.130 pontos. Já o dólar, às 14h30, estava em queda de 1,94%, cotado a R$ 5,8012, após ter fechado a semana anterior com alta de 1,50%.

O aumento das tarifas, porém, segue sendo uma preocupação. O impacto inflacionário nos Estados Unidos pode forçar o Federal Reserve (Fed) a aumentar os juros para controlar a economia, o que afetaria o mercado global. Uma alta nas taxas de juros pode atrair investidores para os títulos públicos dos EUA, considerados os mais seguros do mundo, o que fortaleceria o dólar e causaria mais pressões inflacionárias no Brasil e em outras economias.

Em resposta às ações de Trump, o Canadá, a China e o México já começaram a aplicar suas próprias tarifas retaliatórias. O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, anunciou uma taxação de 25% sobre US$ 107 bilhões em produtos dos EUA, enquanto a China impôs taxas adicionais sobre produtos agrícolas. O México também se manifestou, prometendo ações contra as tarifas, citando a colaboração com os EUA em questões de segurança e migração como motivo para a retaliação. O cenário continua incerto e promete manter os mercados em constante vigilância nos próximos dias.

Dólar cai para R$ 5,69 após Trump afirmar que acordo com a China ‘é possível’;

No dia anterior, o dólar registrou alta de 0,66%, sendo negociado a R$ 5,7261. Por outro lado, o principal índice da bolsa fechou em queda de 0,95%, aos 127.309 pontos.

Nesta quinta-feira (20), o dólar segue em queda, com investidores avaliando as chances de um novo acordo comercial entre os Estados Unidos e a China.

Na véspera, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que um novo acordo com a China “é possível”, mencionando também a possibilidade de uma visita de Xi Jinping aos EUA, sem, no entanto, fornecer mais detalhes sobre a agenda.

Essas declarações reforçam a percepção de que as recentes ameaças tarifárias feitas por Trump podem ser mais uma estratégia de negociação do que um plano concreto de ação.

No cenário econômico, os mercados acompanham com atenção novos dados sobre pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e a divulgação de balanços de grandes empresas brasileiras, referentes ao 4º trimestre de 2024.

Resumo dos Mercados

Dólar
Às 12h15, a moeda americana estava sendo negociada a R$ 5,6954, registrando uma queda de 0,54%.
No dia anterior, o dólar teve um aumento de 0,66%, fechando a R$ 5,7261.
O dólar acumula, até agora:

  • Alta de 0,54% na semana;
  • Queda de 1,90% no mês;
  • Perda de 7,34% no ano.

Ibovespa
Nesse mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,29%, aos 127.680 pontos.
No dia anterior, o índice recuou 0,95%, fechando em 127.309 pontos.
O desempenho do Ibovespa acumulou:

  • Queda de 0,71% na semana;
  • Alta de 0,93% no mês;
  • Crescimento de 5,84% no ano.

O que está movimentando os mercados?

As ameaças tarifárias do presidente Trump voltaram a ser destaque nesta quinta-feira (20). Apesar de Trump ter declarado a intenção de anunciar mais tarifas “no próximo mês ou antes”, a principal atenção está voltada para sua afirmação de que um novo acordo comercial com a China “é possível”.

Esse discurso trouxe a percepção de que as tarifas impostas por Trump são mais uma tática de negociação do que uma ação definitiva, o que trouxe alívio ao mercado, reduzindo as preocupações com uma possível inflação nos Estados Unidos. Isso fez o dólar perder força frente a outras moedas, representando uma correção após as recentes altas da moeda.

Vale destacar que as tarifas de 10% impostas por Trump sobre produtos importados da China continuam em vigor, embora outras medidas tenham sido suspensas ou ainda estejam longe de serem implementadas, deixando espaço para novas negociações.

O mercado segue atento a esses desdobramentos, especialmente após o Federal Reserve (Fed) divulgar a ata de sua última reunião, na qual optou por manter a taxa de juros entre 4,25% e 4,50% ao ano. A ata apontou que as preocupações com o aumento da inflação nos EUA, causadas pelas tarifas, têm influenciado as expectativas do mercado.

A inflação nos EUA atingiu 3,0% em janeiro, ficando acima da meta do Fed de 2%, impulsionada pela alta demanda e um mercado de trabalho robusto.

Agenda Macroeconômica

Entre os destaques da agenda econômica, os novos dados sobre os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos chamam a atenção. A última semana registrou um aumento de 5 mil solicitações, totalizando 219 mil pedidos, superando a expectativa do mercado, mas ainda refletindo um mercado de trabalho sólido nos EUA, o que pode levar o Fed a manter os juros elevados por mais tempo.

No Brasil, o mercado também estava atento aos resultados corporativos. A Vale, por exemplo, reportou um prejuízo de US$ 694 milhões no 4º trimestre de 2024, comparado a um lucro de US$ 2,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. Apesar do prejuízo, a empresa aprovou o pagamento de US$ 1,984 bilhão em dividendos, que serão pagos em março de 2025.

Com informações da Reuters

Dólar em queda: Mercado reage ao enfraquecimento do “Tarifaço” de Trump

bovespa Cai 0,46% e Acumula Ganho de 4,73% no Ano: Impactos da Guerra Comercial e Expectativas Econômicas

O dólar iniciou a terça-feira (4) em queda, alcançando R$ 5,75 na mínima do dia, após os investidores reagirem ao enfraquecimento do “tarifaço” proposto por Donald Trump. Apesar da China ter respondido às tarifas dos EUA com novas taxas sobre produtos norte-americanos, o mercado ainda acredita que as ameaças tarifárias do presidente dos Estados Unidos estão perdendo força. Isso ocorre após acordos entre os EUA, México e Canadá, que suspenderam as tarifas por um mês, enquanto os países comprometeram-se a reforçar a proteção de suas fronteiras.

Com o foco nos desenvolvimentos econômicos globais, os mercados também acompanharam de perto os dados de atividade dos Estados Unidos e a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. O Copom projetou uma inflação acima da meta até junho deste ano e destacou a alta dos preços dos alimentos como um fator de preocupação. A instituição também indicou que um novo aumento da taxa Selic, de 1 ponto percentual, pode ocorrer em sua próxima reunião, elevando a taxa a 14,25% ao ano.

Às 13h30, o dólar caía 0,98%, cotado a R$ 5,7584, com uma mínima de R$ 5,7569. O valor da moeda norte-americana acumulou queda de 0,38% na semana e no mês, e recuo de 5,90% no ano. Por outro lado, o índice Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, registrava uma queda de 0,46%, acumulando um ganho de 4,73% no ano, mas recuando 0,13% na semana e no mês.

Entre os fatores que impactam os mercados, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China segue influenciando a volatilidade das moedas e dos índices financeiros. Nesta terça-feira, a China anunciou novas tarifas sobre produtos importados dos EUA, como carvão, gás natural liquefeito (GNL), petróleo bruto e equipamentos agrícolas. As tarifas, que entram em vigor na próxima segunda-feira (10), são uma resposta ao aumento das taxações por parte dos norte-americanos.

Enquanto isso, os dados econômicos dos EUA continuam a ser monitorados de perto. O Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou uma queda nas novas encomendas de produtos manufaturados em dezembro, principalmente devido à baixa demanda por aeronaves civis. Além disso, o número de vagas de emprego disponíveis também diminuiu no último mês de 2024, indicando uma desaceleração moderada no mercado de trabalho norte-americano. Esses dados ajudam a moldar as expectativas sobre o comportamento futuro da economia global e do mercado cambial.

Dólar cai pelo 6º dia consecutivo

Com essa queda a moeda renova o menor valor desde novembro

O dólar registrou sua sexta queda consecutiva nesta segunda-feira (27), fechando a R$ 5,91. Esse movimento reflete, em parte, a expectativa de que as políticas tarifárias do novo presidente dos EUA, Donald Trump, possam ser mais moderadas do que o inicialmente previsto. A recuperação também ocorre após a Colômbia e os Estados Unidos chegarem a um acordo sobre os voos de deportação, afastando a possibilidade de uma escalada nas tensões comerciais.

Os mercados continuam atentos às decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, previstas para quarta-feira (29). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que deve chegar a 13,25% ao ano. Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed) é esperado para manter as taxas entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um cenário de inflação controlada, mas com muitas incertezas econômicas.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentou alta no final da sessão, refletindo o otimismo do mercado com as expectativas de juros mais altos e o controle da inflação no Brasil. No entanto, a cautela ainda prevalece, especialmente diante das possíveis políticas de tarifas comerciais de Trump, que podem afetar a economia global e a inflação nos Estados Unidos.

Além disso, o mercado segue monitorando o setor de tecnologia, com o recente sucesso do assistente de IA da startup chinesa DeepSeek, que superou o ChatGPT em downloads, atraindo atenção e mudando as expectativas sobre o setor. A perda de valor de mercado das gigantes de tecnologia também é um tema relevante.

Por fim, as expectativas para o futuro da economia brasileira também são influenciadas pelas projeções de inflação, que aumentaram para 5,50% em 2025, e o impacto de possíveis juros mais altos, que podem ajudar a controlar a inflação, mas também afetar o crescimento econômico. As próximas semanas serão decisivas para os mercados internacionais e locais.

Mercado financeiro projeta inflação de 5% em 2025

O mercado financeiro aumentou ligeiramente a projeção da inflação para 2025. O Boletim Focus desta segunda-feira (13) estima uma inflação de 5% medida pelo IPCA, um aumento em relação aos 4,99% projetados na semana passada. Para 2026, a previsão também subiu para 4,05%, ante os 4,03% anteriores. Em 2024, o IPCA ficou em 4,83%, acima da meta de 4,5%.

Desde que o Brasil adotou o regime de metas de inflação, em 1999, o IPCA ultrapassou o limite máximo da meta em oito ocasiões, sendo a última delas no ano passado. Para 2027 e 2028, as projeções de inflação são de 3,9% e 3,56%, respectivamente.

Em relação ao PIB, a projeção de crescimento para 2025 foi mantida em 2,02%, e para 2026, é de 1,8%. Já para 2027 e 2028, a expansão esperada é de 2% em ambos os anos.

A previsão para a taxa básica de juros, a Selic, foi mantida em 15% para 2025, com expectativa de redução para 12% em 2026 e para 10% nos anos seguintes. O Comitê de Política Monetária (Copom) já aumentou a Selic em 1 ponto percentual no fim de 2024, devido a reações negativas ao pacote fiscal do governo.

O câmbio também sofreu ajustes nas projeções. O dólar deve fechar 2025 a R$ 6,00, com a previsão para 2026 de R$ 5,40. Em 2027 e 2028, o dólar é estimado em R$ 5,82 e R$ 5,88, respectivamente.

Fonte: Agência Brasil

Mercado eleva para 3,49% projeção de expansão da economia em 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2024 subiu de 3,42% para 3,49%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC). O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre, acumulando alta de 3,3% no ano até setembro. Para 2025, espera-se um crescimento de 2,02%.

A cotação do dólar é projetada em R$ 6 no fim de 2024 e R$ 5,90 em 2025. Já a inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 4,91% em 2024, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2025, a estimativa subiu para 4,84%.

A taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, deve subir para 14,75% até o fim de 2025, segundo o BC. A medida visa conter a inflação, mas pode desacelerar a economia ao encarecer o crédito.

Entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a Selic permaneceu em 13,75%, com cortes graduais até atingir 10,5% em julho deste ano. No entanto, as incertezas globais e a alta do dólar levaram o BC a retomar aumentos na taxa.

O Boletim Focus reflete as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos, destacando o desafio de equilibrar o controle inflacionário com o crescimento sustentável da economia.

Fonte: Agência Brasil

Atividade econômica cresce 0,1% em outubro

A atividade econômica do Brasil registrou um crescimento de 0,1% em outubro, na comparação com setembro, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (13). Esse é o quarto mês consecutivo de expansão, com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) alcançando 154,4 pontos. Quando comparado a outubro de 2023, o índice apresentou um aumento de 7,3%, e, no acumulado de 12 meses, a alta foi de 3,4%.

O IBC-Br é utilizado para monitorar a evolução da economia brasileira e auxilia o Comitê de Política Monetária (Copom) nas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 12,25% ao ano. O índice leva em consideração o desempenho de diversos setores, como indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos.

A Selic desempenha um papel crucial na política monetária, pois influencia diretamente a inflação. Quando o Copom eleva a taxa de juros, o objetivo é reduzir o consumo e os investimentos, ajudando a controlar a alta dos preços. Por outro lado, a redução da Selic torna o crédito mais barato, incentivando a produção e o consumo, mas pode resultar em uma pressão maior sobre os preços.

Em relação à inflação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma desaceleração de 0,56% em outubro para 0,39% em novembro. Contudo, no acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 4,87%, acima do teto da meta, que é de 3%, com uma tolerância de 1,5 pontos percentuais. O aumento recente do dólar e as incertezas econômicas globais levaram o Banco Central a intensificar o aumento da Selic.

Na última reunião, em 11 de dezembro, o BC decidiu elevar a Selic em 1 ponto percentual, o que deverá se repetir nas reuniões de janeiro e março de 2024, caso os cenários se mantenham. Essa foi a terceira alta consecutiva da taxa, que retornou ao nível de 12,25% ao ano, consolidando um ciclo de aperto monetário iniciado em setembro.

Embora o IBC-Br seja uma ferramenta importante para a definição da política monetária, ele não deve ser confundido com o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira.

O PIB é divulgado trimestralmente e no terceiro trimestre de 2024, o Brasil teve um crescimento de 0,9% em relação ao segundo trimestre. O crescimento acumulado no ano, de janeiro a setembro, foi de 3,3%, superando as projeções. Em 2023, o PIB brasileiro cresceu 3,2%.