Ribeirão Preto não ampliará imunização de dengue para certas idades; Confira

O Ministério da Saúde divulgou nesta quinta-feira, 18, a ampliação da vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos, com a possibilidade de estender a faixa etária até os 59 anos. No entanto, essa medida é aplicável apenas aos municípios que ainda possuem um grande número de doses prestes a expirar até 30 de abril.

Em contrapartida, em Ribeirão Preto, a ampliação da imunização não será realizada, mantendo-se a vacinação apenas para adolescentes de 10 a 14 anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a cidade não possui lotes com vencimento próximo ao final de abril, o que justifica a manutenção da faixa etária atual. Essa informação também foi confirmada pela secretaria estadual.

A aplicação da primeira dose da vacina contra a dengue para adolescentes de 10 a 14 anos foi ampliada pela Prefeitura de Ribeirão Preto na terça-feira, 16, disponibilizando a imunização em 35 postos de vacinação, sem necessidade de agendamento prévio.

Boletim:

O boletim epidemiológico mais recente indica que a cidade registra 14.402 casos confirmados e 27.209 casos suspeitos de dengue. Além disso, foram confirmadas seis mortes pela doença, enquanto outras quatro estão em fase de investigação.

Brasil passa a adotar esquema de dose única contra o HPV

Nesta segunda-feira, 1, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou uma alteração significativa na vacinação contra o HPV no Brasil: a partir de agora, a imunização será realizada em dose única. Anteriormente, o país adotava um esquema de duas doses para combater essa infecção, que é a principal causadora do câncer de colo de útero.

A decisão foi comunicada pela ministra através de suas redes sociais, onde destacou a importância dessa mudança para proteger crianças e jovens contra os riscos associados ao HPV ao longo da vida. Nísia também fez um apelo aos estados e municípios para realizarem uma busca ativa por jovens de até 19 anos que ainda não receberam nenhuma dose da vacina, ressaltando que em 2023 foram aplicadas 5,6 milhões de doses, representando um aumento significativo em relação aos anos anteriores.

A mudança para a dose única foi embasada em estudos científicos e segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). A vacinação no Brasil é direcionada a meninos e meninas de 9 a 14 anos, vítimas de abuso sexual entre 15 e 45 anos que não foram previamente imunizadas, pessoas vivendo com HIV, transplantados e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos.

Além dessa mudança na vacinação, o Ministério da Saúde também incorporou ao Sistema Único de Saúde (SUS) um teste inovador para detecção do HPV em mulheres. Essa nova tecnologia permite o rastreamento do câncer do colo do útero a cada cinco anos, sendo mais preciso do que o método atualmente utilizado, o Papanicolau, que exige testes a cada três anos.

O HPV é considerado a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e é o principal causador do câncer de colo de útero. Estima-se que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil anualmente. A mudança na vacinação e a incorporação desse novo teste representam importantes avanços na prevenção e no combate a essa doença, que continua afetando principalmente mulheres negras, pobres e com baixa escolaridade.