A defesa do ex-jogador de futebol Robinho, atualmente preso no Complexo Penitenciário de Tremembé, São Paulo, entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para solicitar a soltura do ex-atleta. Ele cumpre pena no Brasil após ser condenado na Itália por envolvimento em um estupro coletivo ocorrido em 2013, em Milão. A informação foi confirmada pela Agência Brasil.
Robinho foi sentenciado a nove anos de prisão na Itália pelo crime de estupro, e a sentença foi homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para que ele cumprisse a pena no Brasil. O ex-jogador está encarcerado desde março de 2024, após a decisão do STF de confirmar a homologação.
O recurso foi apresentado nesta segunda-feira (4) pelo advogado José Eduardo Alckmin, que argumenta que houve omissão por parte dos ministros do STF no julgamento de um habeas corpus anteriormente solicitado. Por conta disso, ele pede a suspensão da pena de Robinho, que segue cumprindo sua pena na Penitenciária 2, em Tremembé.
A defesa de Robinho se apoia principalmente no fato de que o crime ocorreu antes da sanção da Lei de Imigração, em 2017. Segundo os advogados, a aplicação da nova lei à sentença do ex-jogador é irregular, pois a norma não poderia retroagir para prejudicar Robinho, com base nos princípios constitucionais. A defesa contesta a retroatividade da Lei nº 13.445/2017, que permitiu a homologação da sentença estrangeira.
O recurso, que contém sete páginas, será analisado pelo relator, ministro Luiz Fux, que pode solicitar manifestação do Ministério Público antes de decidir sobre o pedido de soltura do ex-jogador.