O novo presidente do Botafogo FC, Alessander De Martin, concedeu entrevista exclusiva à Jovem Pan News Ribeirão Preto 107,5 FM e à WSports e detalhou o momento delicado do clube, abordando o futuro da empresa, a parte jurídica, a situação financeira e o futebol, que tem decisão importante no domingo.
Ele destacou que a gestão precisa agir com extrema responsabilidade, já que trabalha com um time centenário, de uma cidade próxima de um milhão de habitantes, e com enorme relevância regional e nacional. “A hora que a chave virar — se é que vai virar — precisamos ter um plano muito claro. O Botafogo é gigante e exige decisões corretas”, afirmou.
Alexander reforçou que as dificuldades atuais do Botafogo são profundas e se arrastam desde a criação da empresa. Ele explicou que a promessa inicial de que a SAF resolveria dívidas e colocaria o clube em patamar elevado não se concretizou. Nos últimos sete anos, segundo ele, houve endividamento excessivo, contratações equivocadas, mudanças constantes de treinador e uma diretoria de futebol que “não contribuiu o suficiente para o sucesso esportivo”. A Arena Nicnet Eurobike, que deveria ser fonte de receita, também não gerou movimentação suficiente: “Uma arena com dois, três, quatro shows por ano se torna um elefante branco. Tudo aquilo virou despesa”, completou.
Apesar das dificuldades, Alexander destacou que o Botafogo tem conquistado avanços importantes fora de campo, sobretudo na esfera jurídica. Ele lembrou que a lei da SAF determina que o clube-associação deve receber 20% da receita bruta da empresa — um valor que, se tivesse sido cumprido desde o início, já teria quitado praticamente toda a dívida do Botafogo. “É lei. Sempre esteve no papel. A SAF tem redução de impostos justamente porque deve destinar 20%, o avanço na Brasil Canadá que foi uma vitória também, secretaria em São Paulo, agradecer a vaquinha também que nos ajudou muito a construir o Botafogo no passado e agora no presente e no futuro do clube” explicou o presidente.
Na parte financeira e administrativa, Alexander contou que o ex-presidente Eduardo Esteves — agora vice — tem sido peça fundamental e está “tocando o dia a dia do clube”. O presidente destacou que a atual diretoria tem feito “milagre” diante do acúmulo de dívidas herdadas. Ele mencionou despesas altas com escritórios de advocacia em São Paulo, além dos custos para manter a participação no programa Brasil-Canadá. Sobre esse projeto, disse acreditar que dificilmente dará errado, mas garantiu que, mesmo se não avançar, o Botafogo continuará como sócio da empresa, preservando seus direitos e participação no modelo.
Alexander também falou sobre o patrimônio do clube e foi enfático ao afirmar que o Botafogo “nunca deixará de ser dono do estádio”. Segundo ele, qualquer concessão futura — seja à empresa ou a parceiros — é administrativa, não envolve a venda da propriedade e só se coloca em risco caso o clube venda suas ações. “Só perde tudo se vender as ações. Fora isso, o Botafogo segue sendo dono da sua história e do seu patrimônio”, reforçou.
No futebol, com uma decisão marcada para domingo contra o Avaí, no estádio Santa Cruz, às 16h30 com transmissão na Jovem Pan e Wsports, Alexander disse acreditar na permanência do clube na Serie B, apelidou como o “jogo da vida” para o futuro do clube incluindo todas as partes, tanto futebolística como receitas, cotas da CBF, cotas de patrocínios, etc, “solicitar o torcedor no estadio apoiar como sempre apoiou as vezes mesmo de longe devido a motivos dentro de campo e fora dele” concluiu o atual presidente do BFC






