Ribeirão Preto lança Pronto Atendimento Digital para usuários da saúde pública

O “Conecta SUS Ribeirão”, Serviço de Pronto Atendimento Digital (PAD), foi oficialmente lançado na manhã desta segunda-feira (18) na sede da Prefeitura de Ribeirão Preto. O novo serviço irá oferecer, gratuitamente, atendimentos de telessaúde em telemedicina, telenfermagem e psicologia digital para usuários do SUS na cidade.

Composto por equipe médica, de enfermagem e psicologia, devidamente capacitada para atendimentos de PAD, o serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados e pontos facultativos. O acesso pode ser feito por telefone (ligação gratuita – 0800 888 7812) ou por videochamada na plataforma ou aplicativo “Saúde 24h”, disponível para download nas lojas virtuais.

O prefeito Duarte Nogueira afirmou que o “Conecta SUS Ribeirão” é mais um passo da administração pública no uso eficaz da tecnologia em benefício da população.

“São 24 horas por dia, sem parar. A qualquer momento, seja de madrugada, de dia ou até durante uma viagem, o usuário terá acesso a um serviço médico de qualidade, com praticidade. É um salto espetacular para quem utiliza a saúde pública de nossa cidade.”

O atendimento online ocorrerá da mesma forma que o presencial, mas sem a necessidade de ir a uma unidade de saúde.

COMO FUNCIONA

Utilizando a tecnologia de comunicação e informação, a primeira fase do contato com o usuário é a identificação segura, o tempo máximo do início do atendimento é de 60 segundos, independente do meio utilizado. O médico atendente pode realizar o atendimento, enviar receitas médicas e até mesmo emitir atestados.

Para isso, os pacientes passam por um processo de triagem remota que estabelece como deverá ser o seu atendimento.

De acordo com a gravidade, a solução pode ser o encaminhamento para uma unidade física de pronto atendimento, emergência ou a sequência da consulta de modo online.

Nos casos em que não há necessidade de atendimento presencial, a consulta online pode seguir normalmente e o paciente consegue enviar imagens e documentos para explicar melhor a sua condição de saúde.

ATENDIMENTO DE PSICOLOGIA DIGITAL

O mesmo acontece no atendimento de psicologia online, que será realizado por psicólogo, tendo como principal objetivo acolher e orientar demandas relacionadas ao sofrimento mental.

O atendimento psicológico online, realizado após o acolhimento pela enfermagem, inclui o atendimento inicial e a orientação pelo psicólogo. Nesses casos, o tempo de espera na fila de atendimento deverá ser, no máximo, de 20 minutos.

Serviço
Conecta SUS Ribeirão

Ligação gratuita – 0800-8887812
Aplicativo disponível nas lojas virtuais “Saúde 24h”
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Pão faz mal à saúde? Mitos e verdades sobre seu impacto na alimentação

O pãozinho, uma verdadeira paixão nacional, está presente no café da manhã de muitos brasileiros, seja em sua versão tradicional, o famoso francês (que é, na verdade, brasileiro), ou nas versões doces e recheadas. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), o consumo anual de pão no Brasil chega a impressionantes 2,3 milhões de toneladas.

Nos últimos tempos, muitos mitos têm circulado sobre o pão. É comum ouvir que ele engorda, causa problemas de saúde e deve ser evitado a todo custo. Porém, é hora de desvendar essas informações e entender qual o papel real do pão em uma dieta saudável. A especialista Dra. Sylvia Ramuth, diretora técnica do Emagrecentro, esclarece os principais questionamentos sobre esse alimento tão presente no nosso dia a dia.

PÃO ENGORDA?

Muitas pessoas associam o pão ao ganho de peso, mas, segundo Dra. Sylvia, “por si só, não é o único responsável pelo ganho de peso”. Ela explica que o sobrepeso e a obesidade ocorrem quando o consumo de calorias é superior ao gasto energético ao longo do tempo. “Pães brancos são ricos em carboidratos refinados e açúcar, além de pobres em fibras e nutrientes. Portanto, quando ingeridos em maiores quantidades, podem, sim, atrapalhar o processo de emagrecimento”. Ou seja, o problema está mais na quantidade e no tipo de pão consumido.

PÃO CAUSA INCHAÇO EM TODAS AS PESSOAS?

Outro mito que circula é o de que o pão causa inchaço em todas as pessoas. Dra. Sylvia explica que, embora algumas pessoas tenham sensibilidade ao glúten, a maioria pode consumir pão sem problemas. “Para quem tem essa sensibilidade, existem opções sem glúten que podem ser uma alternativa viável”, orienta.

PÃO É NUTRITIVO?

Quando se trata de valor nutricional, os pães integrais são uma escolha mais saudável do que os feitos com farinha branca. Dra. Sylvia afirma: “Os integrais, por exemplo, são geralmente mais saudáveis do que os feitos de farinha branca, pois são feitos com grãos inteiros e contêm mais fibras, vitaminas e minerais. Optar também por artesanais ou com menos aditivos pode ser uma escolha mais assertiva se esta a procura de um pão mais nutritivo”.

PÃO DEVE SER EVITADO À NOITE?

Há também uma crença de que o pão não deve ser consumido à noite. No entanto, Dra. Sylvia esclarece que essa decisão depende dos objetivos individuais de cada pessoa.

“Não precisa necessariamente ser evitado à noite, mas é importante escolher o tipo certo (preferir integrais) e consumir com moderação, combinando com fontes de proteína e fibras para uma refeição mais equilibrada. Se o objetivo for controlar o peso ou a glicemia (açúcar no sangue, no caso de pacientes diabéticos), pode ser interessante reduzir os carboidratos no jantar. No entanto, o mais importante é o balanço da alimentação durante todo o dia, e é recomendável consultar um profissional de saúde para obter orientações adequadas”.

SUGESTÕES PARA REFEIÇÕES EQUILIBRADAS COM PÃO:

Para quem quer um prato saboroso e nutritivo, Dra. Sylvia recomenda combinar o pão com alimentos saudáveis, como peito de peru ou frango grelhado, folhas verdes e vegetais como tomate, pepino e cenoura. Outra opção deliciosa são os ovos, seja cozidos ou mexidos, que são uma excelente fonte de proteína e ficam irresistíveis quando acompanhados de pão.

Em resumo, o pão pode fazer parte de uma dieta equilibrada, desde que consumido com moderação e nas versões mais nutritivas, como os integrais. O segredo está em como e com o que você o combina, garantindo que ele seja um aliado na busca por uma alimentação saudável.

Fonte: catracalivre

Perda de visão, formigamento e dificuldade na fala podem indicar risco de AVC; saiba o que fazer

Os acidentes vasculares cerebrais (AVC) muitas vezes ocorrem de forma inesperada, mas existem alguns sinais prévios que podem indicar risco de um AVC iminente. Reconhecer esses sinais com antecedência pode ser crucial para reduzir as possíveis consequências do evento.

Quanto mais cedo os sintomas iniciais forem identificados, menores podem ser os danos resultantes. Confira os principais sinais que podem ser prenúncios de um AVC:

Sinais de alerta para AVC:

  • Alterações na visão: Distúrbios visuais repentinos, como visão dupla, perda temporária da visão ou cegueira súbita de um olho.
  • Mudanças nas habilidades motoras: Sintomas como paralisia de um lado do corpo, formigamento ou dormência em áreas como mãos, pernas, braços ou até mesmo em um lado do rosto, além de tontura, problemas de equilíbrio e marcha instável.
  • Dificuldades na fala: Alterações na capacidade de falar, como dificuldade para encontrar palavras, fala arrastada ou incompreensível.

O que fazer se os sintomas desaparecerem rapidamente?

Se esses sinais desaparecerem em até 24 horas, pode tratar-se de um ataque isquêmico transitório (AIT), também conhecido como miniAVC. Embora os sintomas de um AIT sejam semelhantes aos de um AVC grave, a diferença está na duração. Enquanto os sinais de um AVC completo permanecem por mais tempo, os sintomas de um AIT geralmente desaparecem dentro de minutos a poucas horas.

O miniAVC pode ser um sinal de alerta para um AVC grave

Um AIT ocorre quando há uma interrupção temporária do fluxo sanguíneo para o cérebro, geralmente causada por um coágulo ou uma placa de gordura que bloqueia uma artéria cerebral por um curto período. Embora não cause danos permanentes, o miniAVC pode ser um indicativo de risco elevado para um AVC maior e mais grave no futuro.

Pesquisas sugerem que um AIT pode até funcionar como um alerta para o cérebro, ajudando-o a se preparar para um AVC mais severo. Isso reforça a importância de prestar atenção a qualquer sinal de distúrbios temporários, como perda de visão ou formigamento súbito em uma parte do corpo.

Procurar ajuda médica imediatamente

Se você ou alguém próximo apresentar algum desses sinais, mesmo que desapareçam rapidamente, é fundamental procurar atendimento médico imediatamente. Um diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem prevenir danos mais graves. Lembre-se: qualquer sintoma de AVC, leve ou grave, exige uma avaliação médica urgente.

Fonte: catracalivre

Novembro Azul: saiba como prevenir e identificar o câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens no Brasil, com mais de 70 mil novos casos previstos para 2025, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Um estudo da revista The Lancet prevê que os diagnósticos globais dobrem até 2040, impulsionados pelo aumento da expectativa de vida.

O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade, com a maioria dos casos ocorrendo em homens acima dos 50 anos. No entanto, pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que menos de 40% dos brasileiros com mais de 50 anos realizam exames preventivos, como o toque retal, essencial para a detecção precoce.

Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e detecção precoce, o Dr. Rodolfo Bandeira, urologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, respondeu a algumas das principais dúvidas relacionadas ao tema.

Quais sintomas costumam ser comuns?

Na fase inicial, o câncer de próstata pode ser assintomático, ou seja, não apresentar sintomas visíveis. No entanto, quando os sinais começam a aparecer, os mais comuns incluem dificuldade para urinar, demora para iniciar e terminar a micção, presença de sangue na urina, diminuição do jato urinário e uma necessidade maior de urinar ao longo do dia. É importante ficar atento a esses sinais!

Quais são os impactos na qualidade de vida?

O câncer de próstata e seu tratamento podem ter consequências graves na qualidade de vida do homem, afetando aspectos físicos como incontinência urinária, disfunção erétil, fadiga e sintomas urinários. Também podem surgir impactos psicológicos, incluindo ansiedade, depressão e baixa autoestima, além de interferências em relacionamentos e atividades sociais. Esses efeitos variam conforme o estágio da doença no momento da detecção, o tipo de tratamento escolhido e o suporte disponível.

Quando um homem deve começar a consultar um urologista? É necessário um acompanhamento regular, assim como as mulheres fazem com o ginecologista?

Os homens devem procurar um urologista ao longo de toda a vida, tornando-se essencial após o início da atividade sexual. Essas consultas regulares possibilitam um monitoramento abrangente da saúde, minimizando os riscos de doenças e permitindo a detecção precoce de quaisquer problemas.

Pensando especificamente no câncer de próstata, quando o homem deve começar a considerar cuidados preventivos?

Costumo dizer que quanto mais cedo esses hábitos forem adotados, maiores serão as chances de uma vida longa e saudável. O cuidado preventivo deve começar já na adolescência e continuar na fase adulta jovem, enfatizando também, principalmente nesse período, a adoção de hábitos de vida saudáveis, prática regular de exercícios físicos e alimentação balanceada, além de evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Após os 40 anos, além do acompanhamento com o urologista, é preciso também entender possíveis quadros como hipertensão, diabetes, doenças coronarianas e câncer, que também podem interferir na qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico?

A investigação do câncer de próstata envolve inicialmente dois exames fundamentais: o primeiro é o exame de toque retal, em que o médico avalia a forma e textura da próstata. A partir dele, é possível palpar as partes posterior e lateral da próstata, locais em que a maioria dos tumores desse tipo inicia.

O segundo é o exame de PSA, um teste sanguíneo que mede a quantidade de Antígeno Prostático Específico – uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados dessa proteína podem indicar câncer ou doenças benignas da próstata.

Outra forma para confirmar o diagnóstico de câncer de próstata é pela biópsia, em que pequenas amostras da próstata são coletadas para análise laboratorial. Ela é indicada caso haja alguma alteração bloqueada no exame de PSA ou no toque retal.

Existem fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento do câncer de próstata ao longo da vida?

Sim, vários fatores podem potencializar o aparecimento do câncer de próstata. A idade é um dos principais fatores, com a maioria dos casos ocorrendo em homens com mais de 50 anos e o risco aumentando significativamente após os 65 anos.

O histórico familiar também desempenha um papel importante. Ter um pai ou irmão diagnosticado eleva consideravelmente o risco, especialmente se o diagnóstico ocorreu antes dos 60 anos. Além disso, a etnia apresenta risco, já que os homens negros apresentam uma maior incidência e tendem a ter um comportamento mais agressivo da doença em comparação com homens de outras etnias.

Fatores genéticos, como alterações específicas em genes como BRCA1 e BRCA2, também estão associados a um risco maior de câncer de próstata. E a alimentação ainda pode ser um fator de influência, se for rica em gorduras saturadas e carnes vermelhas, combinadas com baixo consumo de frutas e vegetais, por exemplo.

Por fim, a obesidade é outro ponto que merece ser citado, pois estudos indicam que homens obesos podem ter um risco maior de desenvolver câncer de próstata.

É possível que homens jovens desenvolvam câncer de próstata?

Embora raro, o câncer de próstata pode, sim, ocorrer em homens jovens, geralmente abaixo dos 50 anos, e sua incidência tem aumentado ligeiramente nos últimos anos.

A maioria dos casos ocorre em homens mais velhos. No entanto, é importante salientar que, quando ocorre em indivíduos mais jovens, a doença tende a ser mais agressiva e pode se desenvolver de forma mais rápida.

Poliomielite: gotinha é substituída por vacina injetável

O Ministério da Saúde anunciou mudanças na aplicação da vacina contra a poliomielite. A famosa imunização por “gotinhas” foi substituída por uma única dose injetável em todo o Brasil. A mudança entrou em vigor definitivamente a partir do dia 4 de novembro, em todo o território nacional.

A poliomielite é causada por um vírus da família dos poliovírus, que ataca o trato intestinal, principalmente de crianças, por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados. Em sua forma mais grave, a doença pode causar paralisia progressiva, resultando em sequelas motoras permanentes. A vacinação na primeira infância é uma forma de prevenção.

“Mesmo com essa mudança, vacinar é fundamental para garantir uma proteção eficaz, com até 99% de imunidade após o ciclo completo. Além disso, a vacinação evita a circulação do vírus, reduzindo o risco de mutações e novas infecções em pessoas que possam ser vulneráveis”, afirma o Dr. Paulo Antônio Friggi de Carvalho, infectologista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”.

O esquema de vacinação contra a poliomielite com as “gotinhas” funciona com três doses, aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de vida, feitas com a vacina injetável, e os reforços ocorrem com a vacina oral, aos 15 meses e aos 4 anos. Com a nova diretriz, o esquema será simplificado: as três doses injetáveis permanecem, mas o reforço será dado apenas aos 15 meses, também com a vacina injetável, eliminando a dose aos 4 anos.

De acordo com o médico, a principal diferença entre as vacinas é o tipo de vírus utilizado. “A vacina oral contém cepas de vírus vivos atenuados, enquanto a injetável utiliza vírus inativados. Apesar disso, ambas oferecem o mesmo nível de proteção”, afirma.

A alteração segue recomendações científicas recentes, tanto que outros países já adotaram a prática. Segundo o Dr. Paulo, além de garantir eficácia máxima com menor número de doses, o uso exclusivo da vacina injetável elimina o pequeno, mas existente, risco de mutação das cepas atenuadas, presentes na vacina oral, que poderiam circular no ambiente e infectar pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Em 2023, a cobertura vacinal do país contra poliomielite atingiu 84,63%, mas a meta anual é vacinar, no mínimo, 95% do público-alvo, que abrange cerca de 13 milhões de crianças menores de cinco anos, segundo o Ministério da Saúde.

“É importante destacar que a vacinação segue sendo o método mais eficaz para prevenção e até erradicação de doenças em todo mundo. Ela está disponível de forma gratuita e segura nas unidades básicas de saúde e devem fazer parte da rotina de cuidados de todos”, finaliza o profissional.

Higiene bucal: você sabe como fazer corretamente?

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que cerca de 90% da população brasileira escova os dentes até duas vezes por dia, sendo que 63% utilizam fio dental. Os números indicam um avanço considerável na conscientização sobre a higiene bucal, mas, apesar disso, ainda existem falhas na maneira como esse cuidado é realizado no dia a dia.

Em celebração ao Dia Nacional da Saúde Bucal (25), o Dr. Marcelo Fonseca, periodontista do CEJAM – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, ressalta a importância da escovação ser realizada adequadamente: “O ideal é escovar os dentes, em média, três vezes ao dia, especialmente após as principais refeições e evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em carboidratos e açúcares. No entanto, é fundamental esperar pelo menos 30 minutos após as refeições, sobretudo se forem ingeridos alimentos ácidos. Essa tática ajuda a evitar o desgaste do esmalte do dente”.

“A escovação deve durar entre dois e três minutos para ser eficaz. Menos tempo pode não ser suficiente para remover o biofilme adequadamente dos dentes”, afirma.

Quando a escovação não é feita corretamente, as chances de problemas como cárie, gengivite e periodontite, além de mau hálito, aumentam consideravelmente. “Esses são só alguns dos impactos. Estudos também mostram que uma higiene bucal apropriada está associada a uma menor incidência de doenças sistêmicas, como doenças cardiovasculares e diabetes, devido à relação entre a inflamação dos tecidos bucais e o aumento de marcadores inflamatórios no organismo”, ressalta Dr. Marcelo.

Por isso, adotar uma rotina adequada de higiene bucal é essencial não apenas para evitar problemas na região da boca, mas também para prevenir complicações de saúde em geral. No entanto, o profissional enfatiza que essa higiene precisa ser feita com cautela e na periodicidade correta.

“Escovar os dentes mais vezes do que o recomendado pode ser prejudicial, principalmente quando se aplica muita força, podendo causar abrasão do esmalte e retração gengival”, alerta.

Mas afinal, como escovar os dentes corretamente?

O cirurgião dentista esclarece que a “técnica de bass modificada” é a forma de escovação mais recomendada para garantir uma limpeza bucal de qualidade, removendo a placa bacteriana de maneira mais eficiente.

  • Posicione a escova em um ângulo de 45 graus em relação à linha da gengiva. As cerdas devem tocar tanto a superfície do dente como a gengiva;
  • Execute movimentos suaves e curtos de vai-e-vem, por cerca de 10 a 20 segundos em cada grupo de dentes. O ideal é focar em 2-3 dentes por vez;
  • Lembre-se de escovar todas as superfícies dos dentes: as externas, internas e as superfícies de mastigação;
  • Para as superfícies internas dos dentes da frente, posicione a escova na vertical e faça movimentos de cima para baixo e de baixo para cima com a ponta das cerdas;
  • Por último, mas não menos importante, não esqueça de higienizar a língua. Você pode usar a escova ou um raspador de língua para remover bactérias e manter o hálito fresco.

Escolhendo a escova ideal

Outro fator crucial que influencia diretamente o resultado da escovação é a própria escova de dentes. Portanto, fazer a escolha correta é extremamente importante. Com isso, o Dr. Marcelo enfatiza que é fundamental considerar alguns aspectos para garantir uma limpeza eficaz e segura:

O tamanho da cabeça da escova: Deve ser pequeno o suficiente para alcançar todas as áreas da boca, especialmente os dentes posteriores.

As cerdas: Escovas com cerdas macias são geralmente mais recomendadas, pois removem a placa bacteriana sem causar desgaste no esmalte dos dentes ou retração na gengiva.

O formato do cabo: O cabo da escova deve ser confortável para segurar e manusear, proporcionando controle adequado durante a escovação..

Outro ponto que faz toda a diferença é a troca de escovas no período adequado. “É importante trocá-las a cada quatro meses ou quando as cerdas começarem a se desgastar, já que esse desgaste reduz a eficiência na remoção da placa.”

Potencializando a higiene bucal

Além da escova correta e da técnica bem executada, existem outros cuidados que podem ser incorporados à rotina e que, de acordo com o periodontista, podem reforçar a saúde bucal:

  • Usar fio dental é fundamental para a remoção da placa bacteriana que se acumula entre os dentes, lugar que, normalmente, a escova não alcança;
  • O uso de enxaguante bucal pode ser um forte aliado no controle da placa bacteriana e na manutenção da saúde gengival. Ele atua como um complemento à limpeza, proporcionada pela escovação e pelo uso do fio dental;
  • O recomendado é fazer o uso de creme dental com flúor, pois essa substância fortalece o esmalte dos dentes e auxilia na prevenção de cáries;
  • Lembre-se, manter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo excessivo de açúcares contribuem para a saúde dos dentes;
  • O fumo é extremamente prejudicial à saúde bucal, podendo causar desde o amarelamento dos dentes até doenças mais graves como câncer de boca. Por isso, deve ser evitado;
  • Por fim, é imprescindível visitar o dentista regularmente para a realização de limpezas profissionais e check-ups.

Uso excessivo de colírios pode levar a doenças oculares graves

Na primavera, é comum o surgimento de alergias oculares, já que, nessa época do ano, há uma alta concentração de pólen no ar, o que desencadeia problemas na pele, vias aéreas e olhos. Com isso, os colírios são uma alternativa para aliviar a irritação ocular, mas é necessário ter prescrição médica, pois o mau uso do medicamento pode levar a doenças irreversíveis e, dependendo do estágio, até à cegueira.

“O colírio é um medicamento e, como qualquer outro, não deve ser utilizado sem indicação médica. O uso excessivo contribui para doenças oculares, principalmente porque o alívio imediato ajuda a mascarar algumas condições que, ao longo do tempo, costumam agravar-se, sendo diagnosticadas em estágio avançado”, diz a Dra. Thayana Darab, oftalmologista especialista em Catarata, do H.Olhos – Hospital de Olhos.

A médica explica que o uso inadequado de colírios pode causar uma série de doenças:

“O uso excessivo de colírios pode levar ao desenvolvimento de diversas condições, como glaucoma, catarata, úlcera de córnea e até problemas cardiovasculares. Por exemplo, colírios com corticoides podem alterar a pressão ocular, que pode levar ao desenvolvimento de glaucoma (quando usados de forma inadequada e sem orientação médica). O glaucoma é uma doença caracterizada pelo aumento da pressão intraocular, que, quando elevada o suficiente, causa danos ao nervo óptico, estrutura que liga o olho ao cérebro para formar a visão, e pode levar anos para os primeiros sintomas serem percebidos pelo paciente. A catarata também pode aparecer de forma precoce quando há o uso prolongado desta medicação (a catarata é caracterizada pela opacificação do cristalino do olho, e é uma das principais causas de cegueira reversível no mundo)”, afirma a Dra. Thayana.

“A úlcera na córnea (ferida que se forma na córnea por diversos motivos) também pode ter como agravante o uso incorreto de colírios antibióticos, pois a utilização permanente desse medicamento aumenta a resistência a infecções. Por último, podem surgir problemas cardiovasculares e respiratórios, porque existem colírios que possuem ação vasoconstritora e beta bloqueadora, que podem causar problemas cardíacos e pulmonares quando usados sem a devida orientação e acompanhamento médico. Todos os colírios possuem uma absorção sistêmica, e podem causar efeitos adversos, assim como os medicamentos ingeridos por via oral”, complementa a médica.

A médica do H.Olhos reforça que, diante de qualquer desconforto ocular, deve-se procurar um oftalmologista. O uso de colírios é indicado para casos pontuais, mas existem doenças que é necessária uma investigação minuciosa. O uso excessivo ou indevido de medicamentos sem prescrição médica pode causar danos irreversíveis à saúde.

Descoberta científica ensina a evitar o surgimento de rugas

Um grupo de pesquisadores de um projeto internacional está dedicando esforços para compreender a formação da pele humana, um avanço significativo na busca por formas de retardar os sinais de envelhecimento, como as rugas.

Um dos principais achados do estudo foi a identificação do papel das células-tronco na criação da pele, incluindo seu desenvolvimento durante a gestação e a formação da pele na fase adulta. Essa descoberta não só abre possibilidades para combater o envelhecimento cutâneo, mas também pode ser aplicada na criação de pele artificial em laboratório, útil para transplantes e na prevenção de cicatrizes. Além disso, as pesquisas podem contribuir para o tratamento de doenças dermatológicas e para a manutenção da saúde da pele ao longo do tempo.

O PROJETO

O “Atlas das Células Humanas”, coordenado pelo Instituto Wellcome Sanger em Cambridge, Reino Unido, é um dos estudos mais ambiciosos da biologia contemporânea. Seu objetivo é entender o desenvolvimento do corpo humano, célula por célula, e como as diversas partes se formam ao longo do tempo. Em oito anos de pesquisa, já foram analisadas mais de 100 milhões de células, resultando em atlas detalhados de órgãos como cérebro e pulmões. Atualmente, o foco é a pele e outros órgãos.

PAPEL DAS CÉULAS-TRONCO NA FORMAÇÃO DA PELE

Os pesquisadores explicam que, após a fecundação do óvulo, as células humanas são inicialmente homogêneas, mas começam a se especializar durante o desenvolvimento fetal. A pesquisa revelou como as células-tronco se organizam para formar a pele, o maior órgão do corpo humano. Utilizando substâncias químicas para ativar e desativar genes específicos, os cientistas conseguiram recriar amostras de pele em laboratório, desvendando as instruções necessárias para gerar a pele humana e publicando suas descobertas na revista Nature.

PREVENINDO RUGAS E REJUVENESCENDO A PELE

Compreendendo como a pele se forma e se regenera, os cientistas acreditam que podem manipular essas células na vida adulta. Essa abordagem pode ajudar a prevenir o envelhecimento e o surgimento de rugas, controlando os processos celulares que contribuem para a deterioração da pele. A pesquisadora Muzlifah Haniffa, uma das líderes do estudo, destacou a possibilidade de manter órgãos e tecidos mais jovens, além de evitar rugas.

APLICAÇÕES POTENCIAIS DA NOVA TECNOLOGIA

Além de prevenir rugas, essa técnica pode ter várias aplicações práticas, como:

  • Tratamento de queimaduras: A pele gerada em laboratório pode ser utilizada para pacientes com queimaduras, oferecendo alternativas aos tratamentos tradicionais.
  • Prevenção de cicatrizes: A descoberta pode ajudar a evitar cicatrizes durante a regeneração da pele, aplicável também em cirurgias.
  • Crescimento de cabelo: A pesquisa pode possibilitar a criação de folículos capilares em laboratório, auxiliando no tratamento da calvície.
  • Estudo de doenças de pele hereditárias: Com a geração de pele em laboratório, os cientistas podem testar novos tratamentos para condições dermatológicas.

Embora a pesquisa ainda esteja em estágios iniciais, suas implicações são promissoras para o futuro da medicina.

** Informações com base no artigo da BBC.

Fonte: catracalivre

Estratégias práticas para controlar o açúcar no sangue e melhorar a saúde

Controlar os níveis de açúcar no sangue é fundamental para pessoas com diabetes tipo 2 ou para aqueles que desejam evitar problemas de saúde. Pequenas alterações na rotina, como uma alimentação saudável e a prática de exercícios, podem fazer uma grande diferença.

ALIMENTAÇÃO BALANCEADA E MONITORAMENTO

O primeiro passo para manter o açúcar no sangue sob controle é uma dieta equilibrada. Alimentos ricos em fibras, como vegetais e grãos integrais, são altamente recomendados. Optar por itens com baixo índice glicêmico ajuda a estabilizar os níveis de glicose, evitando picos indesejados. Além disso, é importante reduzir a ingestão de açúcares adicionados e gorduras saturadas. Monitorar os níveis de glicose regularmente é essencial para entender como o corpo reage à alimentação e ajustar os hábitos conforme necessário.

A IMPORTÂNCIA DA ATIVIDADE FÍSICA E HIDRATAÇÃO

A prática de exercícios físicos é crucial para ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue. Atividades como caminhada, ciclismo e natação ajudam na queima de calorias e aumentam a sensibilidade à insulina, o que favorece a regulação da glicose. A hidratação adequada também desempenha um papel importante; beber água regularmente ajuda a diluir a concentração de açúcar no sangue e facilita sua eliminação pelos rins. Trocar bebidas açucaradas por água é uma excelente estratégia para o controle da glicemia.

ESTRESSE E SONO: FATORES INFLUENTES NA GLICEMIA

O estresse pode impactar diretamente os níveis de glicose, pois aumenta a produção de hormônios que elevam a glicemia. Práticas de relaxamento, como mindfulness e meditação, são úteis para manter o equilíbrio mental e físico. Além disso, uma boa qualidade de sono é vital para o controle do açúcar no sangue. Criar uma rotina noturna, evitar eletrônicos antes de dormir e ter um ambiente propício para o descanso pode melhorar a saúde metabólica.

MANUTENÇÃO DA SAÚDE A LONGO PRAZO

Com essas mudanças simples no estilo de vida, é possível manter os níveis de açúcar no sangue sob controle e promover uma saúde melhor a longo prazo.

Fonte: catracalivre

Cinco dicas para saborear doces sem comprometer a saúde bucal

Em outubro o consumo de doces está em alta pela comemoração de duas datas especiais: o Dia das Crianças e o Halloween. Com isso, tanto a saúde bucal das crianças quanto dos adultos pode ser prejudicada, sendo o surgimento de cáries um dos principais riscos durante esse período. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 12 milhões de brasileiros procuram dentistas anualmente, destacando a importância de cuidados preventivos com a saúde bucal.

A dentista Fernanda Marur, coordenadora técnica da Oral Sin, orienta que a prevenção é sempre o melhor tratamento, e que é possível manter uma alimentação doce sem abrir mão da saúde bucal. Abaixo seguem cinco dicas da especialista para que essas datas possam ser comemoradas com tranquilidade e sorrisos saudáveis.

1- Atenção aos tipos de doces: O açúcar presente nos doces industrializados é praticamente o mesmo em todos, mas o alerta maior vai para os doces mais pegajosos, como balas, chicletes e pirulitos. Esses doces tendem a ficar mais aderidos à superfície dentária, dificultando sua remoção e aumentando o risco de cáries. Ao optar por guloseimas, prefira aquelas que são menos propensas a grudar nos dentes.

2- Hidrate-se após o consumo: Uma dica simples e eficiente é beber bastante água após a ingestão de doces. Além de hidratar, a água auxilia na remoção dos resíduos de açúcar que ficam nos dentes. A ingestão de água é uma aliada importante para minimizar os danos causados pelo açúcar, especialmente quando a escovação imediata não é possível.

3- Higienização frequente e eficaz: A escovação dos dentes deve ser feita sempre após as refeições e, em especial, após o consumo de doces. Os dentes das crianças são mais frágeis, e a anatomia dos dentes de leite favorece a retenção de resíduos, exigindo maior cuidado dos responsáveis. O ideal é que os pais supervisionem ou ajudem na escovação, principalmente à noite, antes de dormir. Durante o sono, a produção de saliva diminui, tornando o ambiente bucal mais propenso à desmineralização, ponto de partida para a cárie.

4- Escovação, fio dental e enxaguante bucal: Além da escovação, o uso do fio dental e enxaguante bucal são fundamentais para uma higiene completa. Esses aliados complementam a ação da escova, garantindo que os resíduos de açúcar não fiquem presos entre os dentes e que as áreas de difícil acesso sejam adequadamente limpas.

5- Mantenha as visitas regulares ao dentista: A frequência de consultas ao dentista não precisa ser aumentada durante os meses de maior consumo de doces, mas é fundamental que os pais não relaxem nos cuidados diários. Mais importante do que aumentar as idas ao consultório é garantir a correta higienização em casa. Além disso, durante as consultas regulares, o dentista pode indicar a aplicação de flúor ou selantes, que ajudam a prevenir cáries.