Incêndio atinge galpão de indústria na região de Ribeirão Preto

Um incêndio ocorreu na tarde desta terça-feira (29) em um galpão de armazenamento de grãos da indústria Coplana, localizado às margens da rodovia Carlos Tonani, em Jaboticabal, na área de Ribeirão Preto.

Segundo a assessoria da empresa, o fogo começou em um barracão antigo e foi rapidamente controlado por brigadistas da própria Coplana. Felizmente, não houve feridos, mas a causa do incêndio ainda está sendo investigada.

NOTA:

“Informamos que o incêndio ocorrido hoje, por volta das 13 horas, na Unidade de Grãos da Coplana de Jaboticabal/SP, foi prontamente controlado.

O incêndio ocorreu em uma área restrita de processamento e foi rapidamente contido, sem comprometer as operações.

Felizmente, não houve vítimas. Dois colaboradores tiveram inalação leve de fumaça, foram atendidos e não correm riscos.

O fogo foi rapidamente controlado pela equipe de brigadistas da Cooperativa e Corpo de Bombeiros local, com apoio das usinas São Martinho, Santa Adélia e Raízen, além da Reusa, Prefeitura de Jaboticabal e Concessionária Econoroeste.

Agradecemos aos profissionais envolvidos pela eficiência e agilidade na resposta, assim como aos colaboradores e cooperados da Coplana”.

Cetesb aplica multa milionária em indústria química após explosão em Sertãozinho

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) anunciou nesta segunda-feira (21) a aplicação de uma multa de R$ 16,75 milhões contra a Innove, indústria química envolvida na explosão ocorrida no dia 11 de outubro em Sertãozinho. O incidente resultou em feridos, três mortes e forçou o deslocamento de moradores da área.

Segundo a CETESB, a penalidade foi imposta devido aos danos ambientais provocados pela explosão, além das graves consequências para a comunidade local. Em nota, a entidade destacou que as vítimas e o desalojamento de residentes na região foram fatores agravantes na decisão.

“Considerou-se como agravante para aplicação da penalidade as vítimas do acontecido, bem como o desalojamento da comunidade no entorno da área, que foi diretamente afetada pela poluição do ar e pelo fogo causado”, comunicou.

A Innove, por sua vez, afirmou não ter sido notificada sobre a autuação até o momento. A CETESB já havia identificado irregularidades na unidade, como a falta de autorização para o depósito de materiais químicos, e a empresa também enfrentou uma multa anterior de R$ 10,1 mil por descarte inadequado de produtos químicos entre outubro de 2023 e julho deste ano.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil. Três pessoas, incluindo dois funcionários da empresa e um empregado terceirizado, perderam a vida em decorrência do acidente.

A explosão começou por volta das 13h30 do dia 11, na Vila Industrial, quando um caminhão carregado com clorito de sódio explodiu, possivelmente em contato com substâncias como ureia e ácido fosfórico armazenados na fábrica.

O fogo se espalhou, afetando imóveis vizinhos e obrigando a evacuação de um quarteirão inteiro. No dia do incidente, pelo menos 30 pessoas foram atendidas, incluindo uma mulher e quatro crianças que sofreram ferimentos.

PIB cresce 1,4% no segundo trimestre e supera previsões; veja números

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou na manhã desta terça-feira (03), que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação ao primeiro trimestre. Esse crescimento também representa um aumento de 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A riqueza produzida no país totalizou R$ 2,9 trilhões, sendo R$ 2,5 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 387,6 bilhões provenientes de impostos sobre produtos.

O setor industrial foi o principal destaque, com uma expansão de 1,8% no segundo trimestre, enquanto o setor de serviços avançou 1%. Em contraste, a agropecuária registrou um recuo de 2,3% em relação ao trimestre anterior e uma queda de 2,9% em comparação ao segundo trimestre de 2023. A taxa de investimento também subiu, alcançando 16,8% do PIB, superando os 16,4% do mesmo período do ano passado.

Dentro da indústria, os maiores avanços foram observados nos setores de eletricidade e gás, água e esgoto, que cresceram 4,2%, seguidos pela construção, com alta de 3,5%, e pelas indústrias de transformação, que tiveram um aumento de 1,8%. No entanto, as indústrias extrativas enfrentaram uma queda de 4,4%.

No setor de serviços, destacaram-se as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, que cresceram 2%. Outras áreas, como informática e comunicação, registraram um aumento de 1,7%, e o comércio avançou 1,4%. O transporte, armazenagem e correio cresceram 1,3%, enquanto a administração pública, saúde e educação tiveram um crescimento de 1%.

No comércio exterior, as exportações de bens e serviços subiram 1,4% no segundo trimestre, enquanto as importações cresceram 7,6%. O desempenho positivo da Nova Indústria Brasil foi notável, com uma alta de 3,9% no setor industrial, impulsionada por um aumento no consumo de energia e no setor da construção.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), um indicador importante para o futuro econômico, cresceu 5,7%, refletindo o aumento na produção doméstica e na importação de bens de capital, como máquinas e equipamentos. Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas), comemorou o resultado e disse que os números superaram as expectativas do mercado.

“A economia brasileira teve um crescimento puxado especialmente pela ótica da oferta, pela indústria, que tem apresentado recuperação bastante significativa e robusta, especialmente com o câmbio que gera uma certa proteção à nossa indústria local frente a alguns competidores internacionais e também o setor de serviços” disse.

Para Carlos Lopes, economista do banco BV, o resultado do PIB no segundo trimestre, de 1,4%, foi surpreendente porque esperava-se um percentual de crescimento de 0,9%. Esse desempenho teve forte contribuição da demanda doméstica.

“Do lado dado da indústria e serviços, o resultado foi muito positivo, compensando o recuo na atividade da agropecuária, que foi sazonal. Quando olhamos para o lado da demanda, o desempenho foi favorável pelo consumo das famílias, do investimento e das compras governamentais e esses indicadores são relevantes para os próximos meses, a despeito de uma expectativa de alta dos juros. O crescimento da mão de obra com carteira assinada sustenta o aumento do consumo por conta da poupança gerada pelo trabalho”, afirmou. 

Fonte: Agência Brasil

Brasil registra mais de 306 mil empregos formais em fevereiro

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgou os dados referentes ao mês de fevereiro, revelando um saldo positivo de 306.111 empregos com carteira assinada no Brasil. Esse resultado é fruto de 2.249.070 admissões e 1.942.959 desligamentos.

Os principais setores da economia contribuíram para esse saldo positivo, com destaque para os serviços, que geraram 193.127 novos postos de trabalho, seguido pela indústria, com 54.448 postos, e construção, com 35.053 postos.

Ao analisar as unidades da Federação, 24 registraram saldo positivo de empregos, com São Paulo liderando com 101.163 postos, seguido por Minas Gerais, com 35.980, e Paraná, com 33.043 postos. Por outro lado, alguns estados apresentaram saldo negativo, como Alagoas, Maranhão e Paraíba.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, expressou satisfação com os números, destacando que superaram as expectativas do governo. Ele também ressaltou a importância da continuidade da redução da taxa básica de juros para estimular ainda mais o crescimento econômico e a geração de empregos.

*Com informações de Agência Brasil

Fórum Econômico Mundial acende alerta vermelho contra os alimentos ultraprocessados

Davos, na Suíça, torna-se palco de discussões cruciais durante o Fórum Econômico Mundial de 2024, onde líderes políticos e empresariais exploram questões prementes. Um estudo apresentado destaca a necessidade urgente de transformações profundas na qualidade alimentar, especialmente no que diz respeito aos alimentos ultraprocessados. Alertas também são emitidos sobre a falta de comprometimento das gigantes agropecuárias com práticas regenerativas.

O professor Ricardo Abramovay, titular da Cátedra Josué de Castro na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), discute mudanças no sistema agropecuário para promover transformações significativas na alimentação da sociedade, destacando a importância do FEM em acender o alerta para esse tema.

Desafios e Mudanças no Sistema Alimentar Global:

Abramovay ressalta que o antigo método, resultado da Revolução Verde nos anos 1960, não é mais viável diante da crise climática. Com eventos climáticos extremos cada vez mais recorrentes, o modelo precisa ser repensado. O Brasil, sendo pioneiro na pesquisa científica em Nutrição, destaca-se internacionalmente com abordagens inovadoras que priorizam não apenas os nutrientes, mas a forma como os alimentos são processados.

Existem quatro tipos de alimentos: naturais, minimamente processados, industrializados e ultraprocessados. Estes últimos, manipulados pela indústria para criar sabor, textura e aparência, representam um grave problema global. Países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, enfrentam altos índices de obesidade devido ao alto custo de manter uma dieta saudável, levando as pessoas a recorrerem a alimentos ultraprocessados.

Mais de 2 bilhões de pessoas enfrentam obesidade e deficiências nutricionais, contribuindo para doenças graves, incluindo cardiovasculares e câncer. O Fórum Econômico Mundial destaca a urgência de diversificar o sistema agroalimentar para enfrentar esses desafios.

Brasil no G20 e Desafios Futuros:

Como líder do G20 desde dezembro de 2023, o Brasil, representado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destaca a luta contra a pobreza, a desigualdade e as preocupações climáticas. A transformação do sistema agroalimentar torna-se essencial para avançar na luta contra a fome e as desigualdades.

Abramovay destaca a necessidade de a conferência do G20, prevista para setembro no Brasil, focar nessa temática. A participação ativa da USP na reunião ministerial do G20, agendada para fevereiro, destaca a urgência de superar a monotonia do sistema agroalimentar global em busca de um desenvolvimento sustentável.

Reunião interministerial discute estratégias para integrar ações entre agricultura e indústria

Vincular o desenvolvimento industrial com a produção agropecuária foi o tema da reunião entre representantes da Casa Civil e dos ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MCDIC) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), na sede do Mapa, nesta segunda-feira (7), para discutir as estratégias do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), reestruturado recentemente.

Com foco no desenvolvimento das cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar e nutricional, a ideia do CNDI é unir esforços para que o agricultor brasileiro, independente da sua capacidade produtiva, tenha acesso a maquinário, novas tecnologias, conectividade e a sistemas de logística que permitam agregar valor a seu produto e ampliar os espaços de comercialização obtendo, com isso, mais renda.

Para a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI) do Mapa, Renata Miranda, esse novo modelo de desenvolvimento da agricultura, que prioriza a sustentabilidade ambiental, precisa fomentar a agregação de valor aos produtos. “Faz-se necessária uma apropriação da biodiversidade brasileira para que possamos transformá-la, a partir da agroindustrialização e de recursos inovadores, em atividade rentável para o agricultor. É fundamental, quando se discute desenvolvimento territorial e de cadeias produtivas, que seja considerada a perspectiva das pessoas que estão nesses territórios, bem como suas necessidades”, completou.

Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Felipe Augusto Machado destaca que a reunião teve papel relevante para acabar com a falsa dicotomia que existe entre agricultura e indústria. “Esses dois setores são bastante importantes para o desenvolvimento econômico, e é fundamental que as políticas públicas dos dois lados sejam integradas”.

Ministério da Agricultura e Pecuária