Ribeirão Preto registra maior surto de dengue da história com mais de 42 mil casos em 2024

O Brasil alcançou 6,5 milhões de casos confirmados de dengue e ultrapassou a marca de 5.800 óbitos devido à doença. De acordo com o painel do Ministério da Saúde, foram registrados até o momento 6.568.831 casos e 5.832 mortes, com outros 1.176 óbitos ainda em investigação.

O coeficiente de incidência da doença no país é de 3.234,9 casos para cada 100 mil habitantes, indicando que a situação já se caracteriza como uma epidemia, visto que números superiores a 300 casos por 100 mil já são considerados um surto.

No Estado de São Paulo, o número de casos confirmados de dengue ultrapassou 2,1 milhões, com 26.336 casos graves com sinais de alerta. O número de mortes no estado chegou a 1.917, com um leve aumento em relação ao balanço anterior. O governo estadual decretou emergência após o número de casos por 100 mil habitantes ultrapassar 300. Importante destacar que cerca de 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, estão dentro das residências.

Em Ribeirão Preto, o número de casos de dengue em 2024 já atinge 42.516, o maior da história da cidade, superando em 21,33% o recorde de 35.043 casos registrados em 2016. O aumento é de 245,6% em relação a 2023, quando foram registrados 12.302 casos. Até o momento, foram 21 mortes, com outras três em investigação, representando um aumento de 133,33% em comparação com 2023, quando houve nove óbitos.

A maioria das pessoas infectadas em Ribeirão Preto este ano está na faixa etária de 20 a 39 anos (15.599 casos), seguida por pessoas entre 40 e 59 anos (10.378 casos) e crianças de 5 a 9 anos (2.987 casos). O número de casos é maior na Zona Leste (12.310), seguida pela Zona Oeste (10.447), Norte (8.528), Sul (6.215) e Central (5.002), com 14 casos ainda sem identificação de distrito.

As autoridades de saúde continuam monitorando a evolução da epidemia e reforçam a importância de medidas de prevenção e combate ao mosquito transmissor da doença.

Mosquito é o animal que mais mata no mundo; veja cuidados e prevenção

No dia 20 de agosto de 1897, o médico britânico Ronald Ross confirmou que as fêmeas do mosquito Anopheles eram responsáveis pela transmissão da malária em humanos, um feito que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1902. Esta data agora é lembrada como o Dia Mundial do Mosquito, celebrado na última terça-feira (20), para destacar a importância da descoberta e aumentar a conscientização sobre doenças transmitidas por mosquitos.

O objetivo do Dia Mundial do Mosquito é reconhecer a contribuição de Ross no combate à malária e destacar outras doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, febre do Oropouche, chikungunya, zika e febre amarela, conforme indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS enfatiza que doenças transmitidas por mosquitos afetam a vida de bilhões de pessoas, mas a maioria pode ser prevenida. Como muitas dessas doenças não têm vacina disponível, as principais recomendações incluem a prevenção de picadas de mosquito.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção dos Estados Unidos (CDC), os mosquitos são responsáveis por mais doenças e mortes do que qualquer outro animal. Para prevenir infecções, é aconselhado o uso de repelentes, roupas que cubram o corpo e o controle de mosquitos tanto em ambientes internos quanto externos.

Os repelentes, quando usados corretamente, são seguros para crianças e gestantes. Para bebês e crianças pequenas, é recomendável consultar um pediatra antes de usar repelentes e adotar medidas como vestir roupas que cubram braços e pernas e usar mosquiteiros sobre berços e carrinhos. Além disso, os repelentes devem ser reaplicados conforme as instruções do rótulo, e devem ser aplicados após o protetor solar, se ambos forem utilizados.

Para controlar mosquitos em ambientes fechados, o CDC sugere o uso de telas em janelas e portas, além de aparelhos de ar condicionado, que ajudam a reduzir a umidade e a tornar o ambiente menos favorável para os mosquitos. Também é crucial eliminar focos de água parada, como vasos de plantas, pneus e baldes, e limpar regularmente esses locais.

Os sintomas de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue, zika e chikungunya, incluem febre alta, dores musculares e nas articulações, manchas vermelhas, dor de cabeça, diarreia, pressão baixa, náuseas, vômitos, agitação, sangramento espontâneo, diminuição da urina e extremidades frias. Em caso de sintomas, é importante buscar atendimento médico e evitar automedicação, especialmente para pessoas com doenças crônicas, gestantes, crianças pequenas e idosos, que são mais vulneráveis a complicações.

Informações: Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Brasil se aproxima de 6 milhões de casos e 4 mil mortes por dengue

O painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde contabiliza 5.968.224 casos prováveis de dengue e 3.910 mortes confirmadas pela doença ao longo de 2024. Há, ainda, 2.970 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 2.939 casos para cada 100 mil habitantes.

Jovens com idade entre 20 e 29 anos seguem respondendo pela maior parte dos casos de dengue. Em seguida estão as faixas etárias de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; e de 50 a 59 anos. Já as faixas etárias que respondem pelos menores percentuais de casos da doença são menores de um ano; 80 anos ou mais; e de um a quatro anos.

Em números absolutos, o estado de São Paulo lidera o ranking – 1.813.282 casos – seguido por Minas Gerais – 1.607.043 vítimas e pelo Paraná, com 614.713 casos. Quando se leva em consideração o coeficiente de incidência, o Distrito Federal responde pelo maior índice, 9.547 casos para cada 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (7.824) e Paraná (5.371).

Chikungunya

O painel contabiliza, ainda, 220.828 casos prováveis de chikungunya, arbovirose também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Em 2024, a doença responde por 121 mortes confirmadas. Há, ainda, 139 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência de chikungunya no Brasil, neste momento, é de 108,8 casos para cada 100 mil habitantes.

Zika

Em relação à zika, os dados do painel contabilizam 8.466 casos prováveis em 2024, sem mortes confirmadas ou em investigação pela doença. O coeficiente de incidência no Brasil, neste momento, é de 4,2 casos para cada 100 mil habitantes.

*Texto de Agência Brasil

Autoridades sanitárias alertam para alta nos casos de dengue na Europa

Em 2023, a Europa registrou um alarmante aumento nos casos de transmissão local de dengue, com 130 casos, quase o dobro em comparação aos 71 registrados no ano anterior. Esse número é especialmente preocupante se considerarmos que, ao longo dos dez anos anteriores (2010 a 2021), foram registrados apenas 73 casos de transmissão local, segundo dados do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

Além dos casos locais, o continente também viu um aumento acentuado nos casos importados de dengue. O número de casos trazidos por viajantes provenientes de regiões com surtos da doença saltou de 1.572 em 2022 para mais de 4.900 em 2023 – o maior número desde o início do monitoramento em 2008. A diretora do ECDC, Andrea Ammon, destacou que as mudanças climáticas estão criando condições favoráveis para a expansão de espécies invasivas de mosquitos, como o Aedes albopictus e o Aedes aegypti, que agora se espalham por novas áreas da Europa, aumentando o risco de transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika.

O ECDC sublinha a necessidade de medidas rigorosas, como controle de vetores e vigilância em tempo real, para combater a disseminação desses mosquitos. O Aedes albopictus, em particular, já estabeleceu populações autossustentáveis em pelo menos 13 países europeus, enquanto o Aedes aegypti tornou-se endêmico em Chipre. A presença crescente desses vetores em novas regiões europeias reforça a urgência em adotar estratégias eficazes de prevenção e controle para mitigar o impacto das doenças transmitidas por mosquitos na Europa.2

Ribeirão Preto registra mais de 1,5 mil casos de dengue em 7 dias

A Secretaria Municipal de Ribeirão Preto divulgou hoje os dados atualizados sobre os casos de dengue na cidade. Os números revelam um aumento preocupante, com 6.400 casos confirmados da doença até o momento. Em apenas uma semana, foram registrados 1.595 novos casos, representando um crescimento de 33,17%.

De acordo com o boletim semanal, há ainda 15.303 pessoas aguardando a confirmação se estão ou não infectadas com o vírus da dengue. Além disso, este ano já foram registrados dois óbitos decorrentes da doença na região.

As regiões da cidade mais afetadas pelos casos confirmados de dengue são a zona Leste, com 1.874 registros, seguida pela zona Norte, com 1.389 casos, e pela zona Sul, com 1.141. As regiões Oeste e Centro registram, respectivamente, 1.012 e 882 casos confirmados.

A faixa etária mais atingida pela doença em todas as regiões da cidade é a de 20 a 39 anos de idade, segundo os dados divulgados pela Secretaria Municipal. A situação preocupa as autoridades de saúde e a população, que buscam medidas para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

Ribeirão Preto enfrenta epidemia de dengue

O ano novo trouxe consigo um grave alerta para diversas regiões do Brasil: a epidemia de dengue. Causada pela picada do mosquito Aedes aegypti, a doença, que apresenta quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), preocupa autoridades de saúde em todo o país.

O médico infectologista Ulysses Strogoff destaca que, apesar da variação de tipos, os sintomas permanecem semelhantes, o que dificulta a diferenciação entre os sorotipos. Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dores no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Em casos mais graves, a doença pode evoluir para sintomas como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa e aumento progressivo do hematócrito.

Em Ribeirão Preto, a situação é alarmante. A Secretaria da Saúde confirmou uma epidemia de nível 2 na cidade, o que demanda ações emergenciais. Os tipos 1 e 2 da dengue estão em circulação por todas as regiões da cidade, o que requer medidas ampliadas de combate e prevenção. “O número é alto. Não é uma doença simples. É uma doença que mata”, afirma Jane Aparecida Cristina, da Secretaria da Saúde. A Prefeitura está intensificando capacitações de equipes, preparando unidades de saúde para o aumento de pacientes e adotando outras medidas para conter o avanço da epidemia.

Mutirão recolhe 2,5 toneladas de criadouros do mosquito da dengue

A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde, realizou neste sábado, dia 6 de janeiro, mais um arrastão de combate à dengue nos bairros Jardim Maria Goretti, Vila Guiomar e Parque Ribeirão Preto.

As equipes de campo visitaram 3.600 imóveis, de onde foram retirados 2.640 quilos de criadouros potenciais do mosquito Aedes aegypti, entre eles, 250 pneus que forma transportados em oito caminhões.

Todos esses materiais encontravam-se jogados a céu aberto onde foram encontrados mais de 25 focos de larvas do Aedes, transmissor da dengue, além da retirada de materiais que servem de abrigo para escorpiões e outros animais peçonhentos.

De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde, mutirões como este têm o objetivo de garantir a retirada de criadouros das residências, com a finalidade de prevenir a transmissão da dengue, zika e febre chikungunya.

Participaram da ação, 105 agentes de combate às endemias da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde com o apoio de caminhões e viaturas oficiais.

Saúde alerta aumento de casos de dengue em Ribeirão Preto

A Secretaria Municipal da Saúde em Ribeirão Preto faz um alerta à população sobre o aumento significativo nos casos de dengue na cidade. Mais de 11.061 casos da doença foram confirmados, com o registro de oito mortes até o dia 1º de novembro, além de mais de 22 mil casos suspeitos. Os números representam um aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, indicando a necessidade de medidas urgentes.

De acordo com a Divisão de Vigilância Epidemiológica, o levantamento do índice de larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, revelou focos em três a cada 100 casas vistoriadas, um número considerado alto para a época do ano. A chefe da divisão de Vigilância Ambiental, Maria Lucia Biagini, destaca a importância da conscientização e colaboração da população para eliminar criadouros do mosquito.

Diante do cenário crítico, a população é convocada a adotar medidas de controle, como a remoção, adequação ou tratamento de recipientes que possam acumular água. A colaboração de todos é essencial para conter a propagação do Aedes aegypti e evitar a proliferação da dengue. Medidas simples, como a limpeza de caixas d’água, o descarte adequado de lixo e a eliminação de água parada, são fundamentais para combater o mosquito transmissor da doença. A população deve estar atenta e agir, contribuindo ativamente para a redução dos casos de dengue na cidade.