O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá publicar nos próximos dias o decreto que reajusta o salário mínimo para 2025. A previsão é que o valor suba dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.518, um aumento de R$ 106 (7,5%), válido a partir de janeiro e pago em fevereiro.
O reajuste segue a nova fórmula de cálculo aprovada no pacote de cortes de gastos. O aumento considera a inflação acumulada até novembro (4,84%) e o crescimento do PIB de dois anos atrás, limitado a 2,5%. Pela regra anterior, que usava o PIB completo (3,2%), o mínimo chegaria a R$ 1.528, resultando em uma perda de R$ 10 mensais para os trabalhadores.
Essa nova fórmula deverá reduzir o impacto nos cofres públicos, economizando cerca de R$ 4 bilhões em 2025. O governo estima que cada real de aumento no salário mínimo gera R$ 392 milhões em despesas adicionais com aposentadorias e benefícios sociais.
O salário mínimo é referência para 59,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores, aposentados, pensionistas e beneficiários do BPC. A nova regra, no entanto, projeta uma economia de R$ 110 bilhões até 2030, equivalente a um terço do total esperado de R$ 327,1 bilhões com o pacote fiscal.