Lula destaca importância da parceria com a China

Presidente brasileiro reafirma laços estratégicos e econômicos durante visita oficial a Pequim

Relações bilaterais em alta
Durante encontro com o presidente chinês Xi Jinping em Pequim nesta terça-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o momento atual marca uma das fases mais relevantes da relação entre Brasil e China. Segundo Lula, a parceria entre os dois países “nunca foi tão necessária”, especialmente diante do cenário internacional instável. A afirmação ocorre na esteira do anúncio de aproximadamente R$ 27 bilhões em novos investimentos chineses no Brasil, voltados a áreas como energia limpa, veículos elétricos e infraestrutura.

Críticas ao protecionismo e apoio ao livre comércio
Em seu discurso, Lula condenou o unilateralismo nas relações comerciais e alertou para os efeitos negativos de guerras tarifárias. Ele e Xi Jinping defenderam a preservação de um comércio global justo, dentro das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC). Lula também destacou que disputas comerciais elevam preços e afetam desproporcionalmente os mais pobres. As falas ocorrem após o anúncio de uma trégua de 90 dias na guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Investimentos chineses no Brasil
A visita rendeu a assinatura de 20 acordos e protocolos entre os dois países, abrangendo agricultura, tecnologia, aeroespacial, energia e outros setores. Entre os destaques dos investimentos estão R$ 6 bilhões da montadora GAC para expandir sua operação no Brasil e R$ 5 bilhões da plataforma Meituan para atuar no mercado de delivery. Outras empresas chinesas, como a CGN, Envision e Mixue, também anunciaram projetos com potencial de gerar milhares de empregos e promover inovação em áreas sustentáveis.

Posição conjunta sobre conflitos globais
Tanto Lula quanto Xi Jinping usaram os discursos para defender resoluções pacíficas para os conflitos internacionais. Lula condenou a guerra na Ucrânia e os ataques em Gaza, reforçando que o fim das hostilidades é essencial para o desenvolvimento global. O presidente brasileiro voltou a apoiar a criação de um Estado palestino e defendeu a necessidade de reforma da ONU para que a entidade possa cumprir seu papel na promoção da paz.

Alinhamento diplomático e territorial
Na nota conjunta divulgada após a reunião, Brasil e China reiteraram pontos centrais da parceria. O Brasil reafirmou seu apoio ao princípio de “Uma Só China”, reconhecendo Taiwan como parte do território chinês. Além disso, os dois países reforçaram a oposição a guerras comerciais, a defesa do multilateralismo e o compromisso com a reforma de instituições globais como a ONU e a OMC.

Missão oficial e expansão comercial
A visita de Lula à China incluiu uma comitiva robusta, com 11 ministros, parlamentares e cerca de 200 empresários. A agenda foi fortemente voltada à ampliação do comércio bilateral, com destaque para o agronegócio. A ApexBrasil mapeou cerca de 400 oportunidades de negócios com os chineses, e empresários brasileiros inauguraram um novo escritório em Pequim para facilitar exportações. Antes da passagem por Pequim, Lula esteve na Rússia, onde reforçou seu apelo por um cessar-fogo imediato na Ucrânia.

Márcia Lopes assume Ministério das Mulheres no lugar de Cida Gonçalves

Troca já era esperada e mantém o comando da pasta com uma integrante histórica do PT

O governo federal confirmou nesta segunda-feira (5) a substituição no comando do Ministério das Mulheres. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou Cida Gonçalves, que ocupava o cargo desde o início da atual gestão, e nomeou a assistente social Márcia Lopes como nova ministra. A nomeação e posse ocorreram na manhã de hoje, com a publicação oficial prevista para edição extra do Diário Oficial da União.

Márcia Lopes, que já havia adiantado à imprensa que tomaria posse ainda nesta segunda, participou do encontro no Palácio do Planalto ao lado do presidente Lula, da ex-ministra Cida Gonçalves e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em rede social, Lula destacou o histórico de Márcia no partido e sua experiência como ex-ministra do Desenvolvimento Social, cargo que ocupou em 2010, no segundo mandato do petista.

A mudança no Ministério das Mulheres já era aguardada nos bastidores e preserva a pasta sob o comando do Partido dos Trabalhadores. Cida Gonçalves, apesar de ter contado com apoio e presença frequente da primeira-dama Janja Lula da Silva em sua gestão, vinha enfrentando críticas internas. A recriação do ministério foi uma das promessas de campanha de Lula, após a área ter sido fundida com outras pastas durante o governo de Jair Bolsonaro.

Márcia Lopes, natural do Paraná, é formada em Serviço Social pela Universidade Estadual de Londrina, tem mestrado pela PUC-SP e uma trajetória consolidada dentro do PT. Além de já ter sido ministra, foi também secretária de Assistência Social em Londrina, vereadora na cidade e ocupou cargos importantes no MDS entre 2004 e 2008. Sua chegada representa um reforço político e técnico à equipe de governo.

Com essa nomeação, já são 12 mudanças ministeriais desde o início do atual mandato de Lula. Na última sexta-feira (2), o Ministério da Previdência Social também teve troca de comando, com a saída de Carlos Lupi e a chegada de Wolney Queiroz. A tendência é que o presidente continue promovendo ajustes em sua equipe para reforçar a articulação política e dar mais visibilidade a áreas estratégicas do governo.

Frederico Siqueira assume Ministério das Comunicações no governo Lula

Engenheiro substitui Juscelino Filho após crise política no União Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou nesta quinta-feira (24) a nomeação e posse de Frederico Siqueira como novo ministro das Comunicações. Siqueira é engenheiro civil e, até então, presidia a Telebras, empresa pública ligada ao próprio ministério. Sua indicação partiu do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após semanas de impasse na escolha do novo titular da pasta.

A cadeira estava vaga desde o dia 8 de abril, quando o ex-ministro Juscelino Filho (União-MA) foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), por supostas irregularidades envolvendo emendas parlamentares. A saída de Juscelino gerou uma disputa interna no União Brasil, partido ao qual o ministério ainda está politicamente vinculado.

Inicialmente, o nome mais cotado para o cargo era o do deputado Pedro Lucas (União-MA), líder do partido na Câmara. Ele chegou a ser convidado por Lula, participou de um jantar com a ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e chegou a ser anunciado como futuro ministro. No entanto, recuou dois dias antes da posse, alegando motivos pessoais e partidários para não aceitar a função.

Segundo bastidores, a desistência de Pedro Lucas ocorreu por receio de perder espaço dentro da própria bancada do União Brasil na Câmara. O grupo político ligado ao presidente do partido, Antônio Rueda, e ao próprio Pedro Lucas, temia perder influência caso ele deixasse o mandato parlamentar para assumir o ministério. Para preservar essa base, optou-se por manter o deputado na Câmara e apoiar um nome técnico para o ministério.

A decisão foi consolidada em uma reunião no Palácio do Planalto na quarta-feira (23), que contou com a presença de Lula, Alcolumbre, Pedro Lucas, Juscelino Filho e Gleisi Hoffmann. Nesse encontro, o nome de Frederico Siqueira foi apresentado e aprovado pelo presidente, selando a escolha de um perfil técnico e alinhado ao partido para comandar a pasta estratégica das Comunicações.

Frederico Siqueira é formado em Engenharia Civil pela Universidade de Pernambuco e possui mais de 26 anos de experiência no setor de telecomunicações, sendo 21 deles na empresa Oi, onde ocupou cargos de liderança em áreas como operações, planejamento e relações institucionais. Ele também possui conhecimento em administração, ciência política e gestão, áreas que devem contribuir para sua atuação à frente do ministério.

Brasil e China fortalecem parceria estratégica na saúde para a construção do primeiro hospital inteligente do país

Projeto prevê modernização do SUS, desenvolvimento conjunto de vacinas e produção nacional de medicamentos a partir de 2025

O Governo Federal deu mais um passo para fortalecer a cooperação estratégica com a China nas áreas de saúde e tecnologia. Em reunião realizada na última quarta-feira (16), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu o embaixador chinês Zhu Qingqiao para discutir ações conjuntas voltadas à inovação no Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos principais projetos debatidos foi a construção do primeiro hospital digital do Brasil, que será instalado em São Paulo e contará com mais de 800 leitos.

A proposta é transformar a infraestrutura da saúde pública com o uso de inteligência artificial e soluções digitais. O hospital será financiado com apoio do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos BRICS, e funcionará como modelo de gestão hospitalar moderna e eficiente. Além disso, Padilha destacou que a digitalização do SUS deve gerar impactos sociais amplos, como o combate à fome e à pobreza.

A parceria sino-brasileira também prevê a produção nacional de 20 milhões de frascos de insulina Glargina até 2025, em colaboração com empresas como Biomanguinhos (Fiocruz), Biomm e Gan&Lee. A insulina será destinada a pacientes com diabetes tipo 2, que representam a maioria dos casos da doença no Brasil. Segundo o ministro, essa produção interna reforça a soberania do país no acesso a medicamentos essenciais.

Outro destaque do encontro foi a cooperação para o desenvolvimento de vacinas, incluindo uma nova vacina contra a dengue, produzida pelo Instituto Butantã em parceria com a empresa chinesa Uchi Biologics. A ampliação da escala de produção deve acelerar o fornecimento do imunizante para a população brasileira.

Ao final da reunião, o embaixador Zhu Qingqiao destacou que a relação entre Brasil e China está sendo consolidada como uma base estratégica para os próximos 50 anos, com foco em desenvolvimento sustentável, inovação e justiça social. Para o ministro Padilha, “essa aliança é fundamental para garantir um futuro mais justo, sustentável e com saúde de qualidade para todos”.

Senado aprova projeto de Lei para retaliação comercial contra taxações de Trump

Governo poderá adotar contramedidas contra países ou blocos que impuserem restrições aos produtos brasileiros

Na terça-feira (1º), a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um projeto de lei que autoriza o governo federal a adotar contramedidas contra países ou blocos econômicos que imponham barreiras comerciais aos produtos brasileiros. O objetivo é proteger a balança comercial do Brasil e garantir que acordos internacionais sejam cumpridos de forma justa. O projeto visa combater medidas que prejudicam os interesses brasileiros, como a imposição de sobretaxas ou regras ambientais mais rigorosas para os produtos brasileiros.

A proposta ganhou apoio significativo do governo e da bancada do agronegócio, especialmente em resposta a medidas da União Europeia, que têm afetado a agropecuária brasileira devido a questões ambientais. Além disso, o projeto busca lidar com a pressão exercida pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que frequentemente ameaçava impor tarifas sobre produtos importados. De acordo com a relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), a proposta não se trata de uma retaliação, mas sim de uma proteção contra práticas prejudiciais ao comércio exterior do Brasil.

O projeto propõe que o Brasil possa adotar diversas formas de retaliação, como a aplicação de sobretaxas em importações de produtos de países que adotem medidas prejudiciais ou até suspender acordos comerciais com essas nações. Em casos mais extremos, o governo poderá até suspender direitos de propriedade intelectual, como royalties e registros de patentes, a empresas do país ou bloco retaliador. No entanto, essa medida só seria adotada caso outras contramedidas se mostrassem ineficazes. As ações de retaliação poderão ser temporárias ou durar enquanto durar o impasse comercial.

Atualmente, o Brasil não adota tarifas discriminatórias contra países específicos, pois segue as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), que defende o princípio da “nação mais favorecida”. Isso significa que o Brasil não pode aplicar tarifas diferentes para diferentes países sem justificativas comerciais claras. No entanto, a aprovação desse projeto no Senado representa uma mudança significativa, permitindo ao governo brasileiro responder de forma mais assertiva a ações que prejudiquem seus interesses econômicos.

Agora, o projeto seguirá para análise na Câmara dos Deputados, onde deve ser discutido com urgência. O presidente da CAE, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que esforços serão feitos para garantir que a proposta seja apreciada rapidamente pela Câmara. O governo espera que, se aprovado, o projeto traga mais equilíbrio para as relações comerciais internacionais do Brasil, permitindo que o país se defenda de barreiras que possam afetar sua economia.

Lula ameaça taxar produtos americanos em retaliação às tarifas de Trump

Presidente brasileiro critica medidas e afirma que usará reciprocidade caso negociação não avance

Em entrevista concedida nesta quarta-feira (26) durante sua visita oficial ao Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump sobre o aço e o alumínio brasileiros. Lula afirmou que, caso o recurso do Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC) não traga resultados, o país adotará medidas de retaliação, utilizando a reciprocidade para taxar produtos americanos.

O presidente brasileiro, que está na Ásia buscando expandir a presença dos produtos brasileiros no continente, destacou que a medida de Trump afeta diretamente o Brasil, um dos maiores exportadores desses materiais para os Estados Unidos. “Se não tiver resultado na OMC, vamos utilizar os instrumentos que temos, que é a reciprocidade, e taxar os produtos americanos. É isso que vamos fazer”, afirmou Lula, ressaltando que o Japão também poderia seguir um caminho semelhante.

Atualmente, o governo brasileiro não adotou nenhuma medida de retaliação, preferindo iniciar um diálogo com as autoridades americanas. As negociações estão sendo coordenadas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro da Indústria, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores. No entanto, a manifestação do Brasil, já enviada ao governo dos Estados Unidos, alerta sobre os impactos negativos das tarifas, que poderiam afetar gravemente as relações comerciais entre os dois países.

Lula também mencionou a “Lei da Reciprocidade”, enfatizando que o Brasil não pode permanecer inativo diante das tarifas impostas unilateralmente. “Não dá para ficar quieto achando que só eles podem taxar outros produtos”, disse, reforçando a ideia de que o Brasil deve se defender. No entanto, ainda não há uma data definida para formalizar o recurso à OMC.

Nos bastidores, diplomatas brasileiros estão céticos quanto à eficácia da OMC, alegando que a organização está “paralisada” e sem poder para intervir devido à falta de juízes no órgão de solução de controvérsias, uma situação que foi provocada pela falta de indicações dos Estados Unidos. Diante disso, a alternativa considerada mais viável é uma negociação direta entre autoridades brasileiras e americanas, já que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil.

Governo lança novo empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado

Novidade facilita acesso ao crédito com uso do FGTS como garantia para celetistas

O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (21), a liberação de uma nova linha de crédito consignado voltada para trabalhadores do setor privado com carteira assinada. Agora, esses trabalhadores poderão utilizar parte do saldo de seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para obter empréstimos, com parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento. A novidade promete tornar o crédito mais acessível e com taxas de juros mais baixas, já que a utilização do FGTS reduz o risco das instituições financeiras.

A modalidade permitirá que os trabalhadores utilizem até 10% do saldo de seu FGTS, além de 100% da multa rescisória no caso de demissão sem justa causa, como forma de garantia. Essa medida deve beneficiar um grande número de trabalhadores formais, incluindo empregados rurais, domésticos e microempreendedores individuais (MEIs), que anteriormente estavam excluídos dessa forma de crédito. O empréstimo pode ser solicitado por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, com a promessa de facilitar a análise e concessão de crédito.

A redução das taxas de juros é uma das principais vantagens dessa modalidade de crédito. Segundo o governo, a expectativa é de uma redução de cerca de 40% nas taxas, se comparadas aos empréstimos tradicionais. Com isso, os trabalhadores poderão obter condições mais vantajosas em relação a linhas de crédito mais caras, como o cheque especial e o crédito pessoal. Além disso, quem já possui um empréstimo consignado ativo poderá migrar para essa nova linha a partir do dia 25 de abril.

O processo de adesão ao novo crédito será simplificado, permitindo que o trabalhador compare as ofertas de diversas instituições financeiras em um prazo de até 24 horas após a solicitação. A plataforma estará disponível a partir de hoje, e os bancos começarão a operar com a nova modalidade imediatamente. No entanto, é importante destacar que a regulamentação formal, incluindo a aprovação do Conselho Curador do FGTS, está prevista para ocorrer até 15 de junho deste ano, embora o governo trabalhe para antecipar esse prazo.

A medida traz benefícios significativos para os trabalhadores que buscam crédito mais acessível, mas também levanta questões sobre a adaptação dos sistemas bancários. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou que, embora o processo de contratação do novo crédito seja mais fluido, os primeiros dias de operação podem ser desafiadores devido à adaptação dos processos. Contudo, acredita-se que a medida ajudará a expandir o acesso ao crédito para milhões de trabalhadores.

Outro ponto importante é a possibilidade de portabilidade do empréstimo entre os bancos, que começará em 6 de junho. Isso permitirá que os trabalhadores possam transferir suas dívidas para instituições financeiras que ofereçam melhores condições, se desejado. Em caso de mudança de emprego, o desconto continuará sendo feito diretamente na folha de pagamento do novo empregador, garantindo a continuidade do pagamento das parcelas.

Em suma, a nova linha de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada representa uma grande oportunidade para milhões de brasileiros acessarem crédito com juros mais baixos e prazos mais acessíveis. Com a garantia do FGTS, a modalidade se torna uma alternativa interessante para aqueles que precisam de um impulso financeiro, com condições bem mais vantajosas em comparação com outras linhas de crédito disponíveis no mercado.

Governo envia projeto de isenção de IR para rendas de até R$ 5 Mil

Nova lei pode entrar em vigor já em 2026, caso seja aprovada. Além disso, haverá um aumento na tributação para pessoas com renda mensal superior a R$ 50 mil

Título: Governo Envia ao Congresso Projeto de Isenção do Imposto de Renda para Rendas de Até R$ 5 Mil

Subtítulo: Se aprovado, o projeto promete beneficiar milhões de brasileiros, reduzindo impostos para a classe média e aumentando a tributação sobre os super-ricos a partir de 2026.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês e descontos parciais para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais. As mudanças, se aprovadas, começarão a valer em 2026, proporcionando alívio fiscal para grande parte da população.

Além das mudanças para 2026, o governo também prevê um aumento imediato na faixa de isenção do IR, que atualmente está em R$ 2.824. A proposta é que esse limite suba para R$ 3.036, o equivalente a dois salários mínimos, ainda neste ano. Essa medida também precisa da aprovação do Congresso para ser implementada.

Com a nova proposta, cerca de 10 milhões de pessoas poderiam deixar de pagar o Imposto de Renda a partir de 2026. Para quem recebe até R$ 5 mil, a isenção seria total, e para rendas mais altas, entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, haveria uma redução gradual nos valores a pagar. Por exemplo, quem ganha R$ 5,5 mil teria um desconto de 75%, pagando R$ 203,13 ao invés de R$ 436,79. Já quem ganha R$ 7 mil não teria direito a nenhum desconto e pagaria o valor integral do imposto, de aproximadamente R$ 849,29.

Para os brasileiros com rendimentos superiores a R$ 7 mil, a proposta mantém a tabela atual do Imposto de Renda. No entanto, a novidade está na tributação de grandes rendimentos, com o governo propondo taxas progressivas para quem recebe mais de R$ 50 mil mensais. A alíquota poderá variar até 10%, para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano.

A proposta de aumentar a carga tributária para os mais ricos tem gerado controvérsias no Congresso. A ideia é compensar a perda de arrecadação com a isenção das faixas mais baixas de rendimento, estimada em R$ 27 bilhões em 2026. A alíquota progressiva sobre grandes rendimentos pode gerar resistência entre parlamentares, mas o governo espera que a medida traga maior justiça fiscal, beneficiando especialmente a classe média.

A proposta é vista pelo governo como uma forma de aumentar a popularidade de Lula, especialmente entre a classe média, após a queda de popularidade do presidente. O projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, e, se tudo ocorrer conforme o planejado, as novas regras estarão em vigor em 2026

Brasil cai para a 10° maior economia do mundo

O Brasil caiu para a 10ª posição no ranking das maiores economias do mundo, com um PIB de US$ 2,18 trilhões em 2024, perdendo a 9ª posição para o Canadá, segundo a agência de risco Austin Rating.

O Brasil encerrou o ano de 2024 como a 10ª maior economia global, segundo a agência de risco Austin Rating. Com isso, o país perdeu a 9ª posição para o Canadá, comparado ao ranking de 2023. O PIB (Produto Interno Bruto) é um indicador essencial para medir o desempenho econômico de uma nação, representando a soma de todos os bens e serviços produzidos em um determinado período.

Em termos de crescimento, o Brasil registrou um aumento de 3,4% no PIB em 2024, refletindo uma recuperação econômica significativa após os desafios enfrentados nos anos anteriores. Esse crescimento, em valores nominais, demonstra uma dinâmica econômica relativamente positiva, embora o país tenha caído uma posição no ranking global de economias.

O Produto Interno Bruto é um dos principais termômetros para avaliar a saúde de uma economia. Um crescimento contínuo do PIB indica que a economia está se expandindo, o que, por sua vez, pode sugerir uma maior demanda por produtos e serviços, gerando mais empregos e movimentando os mercados internos e externos.

Apesar de a economia brasileira ter mostrado sinais de recuperação em 2024, a perda de posição no ranking mundial reflete desafios estruturais que o Brasil ainda enfrenta. A disputa pela posição entre as maiores economias é acirrada, e fatores como a inflação, taxas de juros e os impactos da economia global podem influenciar diretamente esses resultados.

O crescimento do PIB, embora positivo, não foi suficiente para garantir que o Brasil mantivesse sua posição anterior entre as dez maiores economias do mundo. O Canadá, que assumiu a 9ª posição, obteve um desempenho mais robusto no mesmo período.

Em resumo, o Brasil continua sendo uma das maiores economias do planeta, mas as flutuações econômicas globais e internos refletem em sua posição no ranking. O PIB, como um indicador-chave, continua a ser uma ferramenta essencial para entender a evolução da economia brasileira e seu impacto no cenário mundial.

Lula escolhe Gleisi Hoffmann para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência

A Ministra substituirá Alexandre Padilha, que irá para o Ministério da Saúde, a posse acontece no dia 10 de março.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta sexta-feira (28), o convite à deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência. Gleisi, que atualmente preside o Partido dos Trabalhadores, substituirá Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde, em substituição a Nísia Trindade. A cerimônia de posse está prevista para o dia 10 de março.

Embora tenha sido cogitada para a Secretaria-Geral da Presidência, Lula optou por nomeá-la para a pasta de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo. Aliados do presidente haviam sugerido que ele escolhesse um nome ligado aos partidos do Centrão para facilitar o relacionamento com o Congresso, mas Lula preferiu manter a pasta sob a liderança do PT.

Em suas redes sociais, o presidente comentou a nomeação de Gleisi, afirmando que ela “vem para somar” na interação entre o Executivo e o Legislativo, além de fortalecer os vínculos com os demais entes federados. Lula também destacou que Alexandre Padilha assumirá o Ministério da Saúde, desejando sucesso a ambos em suas novas funções.

Gleisi Hoffmann tem uma longa trajetória política, sendo uma das figuras mais respeitadas dentro do PT. Ela presidiu o partido em um dos períodos mais desafiadores da história da legenda, marcados pela Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff, a vitória de Jair Bolsonaro e a prisão de Lula. Nos últimos anos, Gleisi foi uma interlocutora frequente de Lula, especialmente em momentos cruciais para o partido.

Com a nomeação de Gleisi, Lula fortalece seu governo com uma líder que representa uma posição mais à esquerda e crítica da agenda do mercado financeiro. Sua trajetória política inclui a presidência do PT, além de passagens como senadora e ministra da Casa Civil durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff. Com a nova função, ela assume um papel central na articulação política do governo.