O sorotipo 3 da dengue voltou a circular no Brasil, com aumento de casos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná, especialmente nas últimas quatro semanas de dezembro. Esse sorotipo não era predominante no país desde 2008, o que preocupa as autoridades sanitárias, pois grande parte da população está suscetível ao vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, o sorotipo 1 foi o mais comum durante 2024, presente em 73,4% das amostras positivas de dengue. No entanto, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, alertou para a mudança significativa, com o sorotipo 3 ganhando destaque, o que aumenta a preocupação com a saúde pública.
Projeções para 2025 indicam que estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Tocantins e Mato Grosso do Sul terão uma incidência de casos acima da registrada em 2024. Fatores como o efeito do El Niño, altas temperaturas, seca e o armazenamento inadequado de água contribuem para a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Embora a incidência do sorotipo 3 ainda não tenha sido prevista nas projeções, o Ministério da Saúde está monitorando sua circulação. Nos últimos dias de 2024, a maior parte dos casos de dengue foi concentrada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo.
Além da dengue, o Brasil também enfrenta surtos de outras doenças transmitidas pelo mosquito, como Zika e Chikungunya. Nos últimos dias de 2024, 82% dos casos de Zika ocorreram no Espírito Santo, Tocantins e Acre, enquanto 76,3% dos casos de Chikungunya se concentraram em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.