Com essa queda a moeda renova o menor valor desde novembro
O dólar registrou sua sexta queda consecutiva nesta segunda-feira (27), fechando a R$ 5,91. Esse movimento reflete, em parte, a expectativa de que as políticas tarifárias do novo presidente dos EUA, Donald Trump, possam ser mais moderadas do que o inicialmente previsto. A recuperação também ocorre após a Colômbia e os Estados Unidos chegarem a um acordo sobre os voos de deportação, afastando a possibilidade de uma escalada nas tensões comerciais.
Os mercados continuam atentos às decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, previstas para quarta-feira (29). No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve anunciar um aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic, que deve chegar a 13,25% ao ano. Já nos EUA, o Federal Reserve (Fed) é esperado para manter as taxas entre 4,25% e 4,50% ao ano, em um cenário de inflação controlada, mas com muitas incertezas econômicas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, apresentou alta no final da sessão, refletindo o otimismo do mercado com as expectativas de juros mais altos e o controle da inflação no Brasil. No entanto, a cautela ainda prevalece, especialmente diante das possíveis políticas de tarifas comerciais de Trump, que podem afetar a economia global e a inflação nos Estados Unidos.
Além disso, o mercado segue monitorando o setor de tecnologia, com o recente sucesso do assistente de IA da startup chinesa DeepSeek, que superou o ChatGPT em downloads, atraindo atenção e mudando as expectativas sobre o setor. A perda de valor de mercado das gigantes de tecnologia também é um tema relevante.
Por fim, as expectativas para o futuro da economia brasileira também são influenciadas pelas projeções de inflação, que aumentaram para 5,50% em 2025, e o impacto de possíveis juros mais altos, que podem ajudar a controlar a inflação, mas também afetar o crescimento econômico. As próximas semanas serão decisivas para os mercados internacionais e locais.